terça-feira, 30 de setembro de 2008

O rabino

Certo rabino era adorado por sua comunidade. Todos ficavam encantados com o que ele dizia, menos Isaac que não perdia uma chance de contradizer as interpretações do rabino e apontar suas falhas.
Os outros membros da comunidade ficavam revoltados com Isaac, mas não podiam fazer nada. Um dia, Isaac morreu. Durante o enterro, a comunidade notou que o rabino estava triste.
- Por que tanta tristeza? - comentou alguém. Isaac vivia colocando defeito em tudo que o senhor dizia!
- Não lamento por meu amigo que hoje está no céu - respondeu o rabino. Lamento por mim mesmo. Enquanto todos me reverenciavam, ele me desafiava e eu era obrigado a melhorar. Agora, tenho medo de parar de crescer...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Lenda oriental

Conta uma popular lenda do Oriente Próximo, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e aproximando-se de um velho perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoa vive neste lugar?
- Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? - perguntou por sua vez o ancião.
- Oh, um grupo de egoístas e malvados - respondeu o rapaz. - Estou feliz de ter saído de lá.
O velho então replicou:
- A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.
No mesmo dia, um outro jovem chegou ao oásis para beber água e, vendo o ancião, perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu:
- Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
- O mesmo encontrará por aqui - respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu:
- Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos lá, também os encontrará aqui.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Um homem e uma lanterna

Aquele homem simples que nem sequer sabia falar, tinha uma luz naquela hora e naquele lugar.
E você não tinha.
Seu carro enguiçou e, se não fosse por ele, você teria que dormir na estrada perigosa.
Mas ele veio todo humilde, falando errado, mas agindo certo, com sua luz salvadora.
Levou você a quem podia consertar seu carro e devolver você ao caminho.
Não fez nenhum discurso: só iluminou sua estrada.
Você era o doutor e ele o iletrado e o inculto.
Mas quem ficou sem luz foi você, não ele.
Quem ficou nas trevas foi você, não ele.
Quem precisou foi você, não ele.
A luz dele salvou você.
Da próxima vez que achar que só você é um iluminado lembre-se daquele homem simples.
Ele também, na hora certa e do jeito certo, iluminou você.
A nosso modo todos temos as nossas trevas, e à modo deles, os outros têm as suas luzes.
Por isso, dialogue a aprenda sempre.
Você nunca sabe quando vai precisar da luz dos outros.
Quem acha que já tem em casa todas as luzes de que precisa, não entendeu a vida.
Nunca seremos iluminadores se não nos deixarmos iluminar.

(Pe. Zezinho, scj)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Como ler e interpretar a Bíblia?

É certo que a Bíblia não é um livro fácil de ler. Existem muitos textos fáceis, mas outros textos são muito difíceis de serem entendidos e interpretados. Por isso é preciso saber encontrar os textos melhores. Anotar os textos nas páginas brancas no final da Bíblia ou escrever numa folha em branco.
Cada momento exige um texto apropriado. Para as horas difíceis, devemos encontrar um texto de conforto, um texto que nos dê coragem e esperança. Para as horas alegres, temos os textos de louvor e agradecimento. Ou seja, como diz a canção do Pe. Zezinho “Dai-me a palavra certa, na hora certa, do jeito certo e pra pessoa certa”.
Muitas vezes não entendemos o sentido do texto e por isso é melhor passar adiante, escolher outra passagem mais fácil. Ou então pedir ajuda. Certas passagens da Escrituras são difíceis de entender e é preciso ajuda, estudo, para compreender o exato sentido dos textos sagrados.
Hoje encontramos várias propostas de esquemas para ler a Bíblia. A maioria deles insiste para que, em um determinado tempo, se leia toda a Bíblia. Porém, pode-se seguir outro método - que não prioriza a quantidade, mas a qualidade: cada dia ler um texto e daí tirar uma mensagem, meditá-la, rezá-la, vivê-la...
Outra boa proposta é seguir o esquema litúrgico da Igreja, as leituras que são determinadas para as missas e celebrações de cada dia. Com isso, em três anos se lêem os textos mais importantes da Bíblia.
Outra proposta é a busca e escolha de um texto novo e diferente a cada dia, de acordo com aquilo que se está vivendo.
O mais importante na Leitura Bíblica não é o método, mas os frutos que esta leitura produz na nossa vida.

(adaptado de texto de frei Ildo Perondi, OFM; veja o texto completo aqui)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Por que ler a Bíblia?

1. Para conhecer: queremos conhecer a Palavra que o Senhor nos revelou, saber qual o conteúdo da sua mensagem, ouvir o que o Espírito tem a nos dizer.
2. Para conviver: queremos viver de acordo com aquilo que o Senhor nos ensina. Queremos formar comunidades, viver como seus filhos... Foi assim que viveram os primeiros cristãos.
3. Para servir: queremos nos colocar a serviço. Assim como Jesus que veio para “servir e não para ser servido”, também nós queremos assumir a tarefa de sermos servos a serviço do Reino que Jesus anunciou.

(adaptado de texto de frei Ildo Perondi, OFM; veja o texto completo aqui)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mãos que falam de Deus

Mãos que tecem a vida
Mãos escondidas, mãos cheias de amor
Mãos calejadas, sagradas
Mãos crucificadas, para aliviar a dor
Mãos empunhadas na luta
Mãos na labuta e na luta do irmão
Mãos que acenam e consolam
que agradam e tocam no meu coração.
Toma Senhor, tudo é teu.

Estas mãos me falam de Deus.
Mãos que acalentam crianças
Cheias de esperança, se juntam em preces
Mãos que esperam, alcançam
que tocam e sentem e muito agradecem
Mãos que estão sempre abertas
que rasgam a terra e matam a fome do irmão.

Mãos que escrevem, acolhem
Mãos santificadas, amassam o pão
Mãos que muito abençoam
Mãos que perdoam e colhem a flor
Mãos que acariciam e curam
que buscam socorro e alívio na dor
Mãos que levantam caídos
Acolhem feridos, dizem: Deus é amor
Mãos cheias de ternura
Caminho seguro, ninho acolhedor

(Frei Jurandir Caetano Bezerra, ofm, “Tempo de Deus”)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Chegou a Primavera!!

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Primavera tem início hoje, às 12h44. Tipicamente associada ao reflorescimento e à reprodução de diversas espécies, a Primavera ocorre, aproximadamente, de 21 de setembro a 21 de dezembro no hemisfério sul (primavera austral) e de 20 de março a 21 de junho no hemisfério norte (primavera boreal).
Segundo a astronomia, o início da primavera austral ocorre quando o dia e a noite têm exatamente a mesma duração (equinócio de setembro). E a estação termina com o dia mais duradouro e a noite mais breve do ano (solstício de dezembro).
Com a chegada da nova estação, há uma mudança no regime de chuvas e temperaturas na maior parte do Brasil. Os dias são mais compridos e a luminosidade é muito maior. Todas estas mudanças climáticas afetam também a vida de todos os seres na terra. É nesta época que a maioria das espécies procriam. As flores se fazem mais presentes neste período: desabrocham, crescem, enfeitam e perfumam tudo a nossa volta.
A Primavera é uma estação especial porque dá à vida um clima de otimismo, de renovação. Traz a sensação de que as coisas boas acontecem e, principalmente, de que o amor está no ar. No canto dos pássaros, na beleza dos jardins, em cada pessoa, em cada sorriso.
Por isso, aproveite a nova estação que chegou: o sol no rosto, o vento nos cabelos, o perfume e a beleza das flores. Curta o clima nas ruas e parques, pise na grama e sinta a natureza ao seu redor.
E pense nisso: “Há duas maneiras de estudar as borboletas: persegui-las com redes e inspecionar os organismos mortos, ou sentarmos em silêncio e observá-las dançando entre as flores.”

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O lago especial

Em certo lugar do Oriente, um Rei resolveu criar um lago diferente para as pessoas do seu povoado: um lago de leite! Mandou fazer um grande buraco e pediu para que cada um de seus súditos levasse apenas um copo de leite. Com a cooperação de todos, o lago seria preenchido.
O Rei, muito entusiasmado, esperou até a manhã seguinte para ver o seu lago de leite. Mas, qual não foi a sua surpresa no outro dia pela manhã, quando viu o lago cheio de água e não de leite.
Consultou o seu conselheiro que o informou que as pessoas do povoado tiveram todas o mesmo pensamento: “No meio de tantos copos de leite, se só o meu for de água, ninguém vai notar...”

(mensagem para o dia 19/09/08)

A flor da honestidade

Conta-se que por volta do ano 250 A.C, na China antiga, um príncipe estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:
- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça; eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu:
- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe. Isto já me tornará feliz.
À noite, quando a jovem chegou ao palácio, lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio:
- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades ou relacionamentos. O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou sua mãe que, independente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: a flor da honestidade. Pois todas as sementes que entreguei eram estéreis, não poderiam produzir flor alguma.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Bíblia: espelho para nós

Toda pessoa gosta de se olhar no espelho. A gente faz isso para dar uma conferida e melhorar o visual. Antes de sair de casa, todo mundo dá uma conferidinha no espelho e há quem não saia de casa sem levar um espelhinho. É que o espelho tem o poder de refletir nossa imagem e nós queremos sempre passar uma boa imagem da gente para os outros. Porém, dizemos que quando o espelho “perde o aço”, ele perde o poder de refletir a nossa imagem. Ele volta a ser vidro liso e a gente enxerga o outro lado.
A Palavra de Deus é um espelho para nós. A Bíblia é o livro da vida do povo de Deus e nela nós podemos conferir a nossa vida. A Palavra de Deus tem o poder de refletir a nossa vida. É nela que podemos ver se estamos agindo de acordo com o Plano de Deus. É nela que conferimos se estamos sendo verdadeiramente imagem de Deus. O problema é que, nem sempre, nos dedicamos a dar uma paradinha diante da Bíblia para refletir nossa imagem. E acabamos saindo por aí de qualquer jeito...
Por isso, é preciso recordar que a conferidinha no espelho é coisa de todo dia. Também a nossa vida deve ser conferida todos os dias no espelho da Bíblia. Não basta ler ou acompanhar a leitura da Bíblia só nas missas e nos cultos dominicais. A leitura da Bíblia é coisa de todo dia. Ela não pode faltar em nossa vida.

(adaptado de texto do Movimento da Boa Nova – MOBON; veja o texto completo aqui)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O poder da suavidade

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornando um rio maior. O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.
De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:
"Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir."

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Bíblia: Palavra que faz arder o coração

Nós devemos escutar a Palavra de Deus, sobretudo quando estamos desanimados na caminhada, quando nos vem o medo, quando parece que a única saída é mesmo fugir e ir embora. É nessas horas que a Palavra nos “faz arder o coração” (Lc 24,32) e então temos sempre coragem para recomeçar o caminho. É a palavra de Deus que nos dá a certeza que não estamos sozinhos e que não devemos ter medo “Não tenhas medo, porque Eu estou contigo. Eu te protegerei” (Is 43,5; Gn 28,15; Ex 3,12). Ainda que às vezes nos sintamos pequenos, esquecidos e sem importância, é o Senhor mesmo que nos chama, porque nos conhece e sabe o nosso nome: “Chamei-te pelo nome... Tu és precioso aos meus olhos... eu te amo!” (Is 43,1-6).
Jesus nos deixou um conselho muito bonito. A Palavra de Deus nos leva à felicidade que tanto buscamos e queremos. Vivendo em meio a este mundo de crises e competições, onde todo dia idéias novas tentam nos enganar, somos confortados pelo Mestre que nos ensina que: “Felizes os que ouvem a Palavra de Deus e a colocam em prática” (Lucas 11,28). A mesma coisa diz o Apóstolo Tiago: “Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganado-vos a vós mesmos!” (Tg 1,22). Faz bem experimentar a “beleza da Palavra de Deus!” (cf. Hb 6,5).

(adaptado de texto de frei Ildo Perondi, OFM; veja o texto completo aqui)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Nós podemos fazer mais do que isso!

A mãe parou ao lado do leito de seu filhinho de 6 anos, que estava morrendo de leucemia. Embora o coração dela estivesse pleno de tristeza e angústia, ela também tinha um forte sentimento de determinação. Como qualquer outra mãe, ela gostaria que seu filho crescesse e realizasse seus sonhos. Agora, isso não seria mais possível, por causa da leucemia terminal. Mas, mesmo assim, ela ainda queria que o sonho de seu filho se transformasse realidade.
Ela tomou a mão de seu filho e perguntou: “Billy, você alguma vez pensou o que você gostaria de ser quando crescer? Você já sonhou o que gostaria de fazer em sua vida?”
- ”Mamãe, eu sempre quis ser um bombeiro quando eu crescer.”
A mãe sorriu e disse: - “Vamos ver se podemos transformar esse sonho em realidade.”
Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao corpo de bombeiros local, onde se encontrou com um bombeiro de enorme coração, chamado Bob. Ela explicou a situação de seu filho, seu último desejo e perguntou se seria possível ao seu filhinho dar uma volta no carro dos bombeiros em torno do quarteirão.
O bombeiro Bob disse: - “Veja, NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! Se você estiver com seu filho pronto às sete horas da manhã, na próxima quarta-feira, nós o faremos um bombeiro honorário por todo o dia. Ele poderá vir para o quartel, comer conosco, sair para atender as chamadas de incêndio! E se você nos der as medidas dele, nós conseguiremos um uniforme verdadeiro para ele, com chapéu, com o emblema de nosso batalhão, um casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também.”
Três dias depois, o bombeiro Bob pegou o garoto Billy, vestiu-o em seu uniforme de bombeiro e escoltou-o do leito do hospital até o caminhão dos bombeiros. Billy ficou sentado na parte de trás do caminhão, e foi levado até o quartel central.
Ele estava no céu. Ocorreram três chamados naquele dia na cidade e Billy acompanhou todos os três. Em cada chamada ele foi em veículos diferentes: no caminhão tanque, na van dos paramédicos e até no carro especial do chefe do corpo de bombeiros. Ele também foi filmado pelo programa de televisão local.
Tendo seu sonho realizado, todo o amor e atenção que foram dispensadas a ele acabaram por tocar Billy tão profundamente que ele viveu três meses mais que todos os médicos haviam previsto.
Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a enfermeira-chefe, que acreditava no conceito de que ninguém deveria morrer sozinho, começou a chamar ao hospital toda a família.
Então, ela lembrou do dia que Billy tinha passado como um bombeiro, e ligou para o chefe e perguntou se seria possível enviar algum bombeiro para o hospital naquele momento de passagem, para ficar com Billy.
O chefe dos bombeiros respondeu “NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! Nós estaremos aí em cinco minutos. E faça-me um favor: quando você ouvir as sirenes e ver as luzes de nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio. É apenas o corpo de bombeiros vindo visitar, mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes. E você poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado!”
Cinco minutos depois, uma van e um caminhão chegaram no hospital, estenderam a escada até o andar onde estava Billy e 16 bombeiros subiram pela escada até o quarto de Billy. Com a permissão da mãe, eles o abraçaram e disseram a ele o quanto eles o amavam.
Com um sopro final, Billy olhou para o chefe e perguntou: - “Chefe, eu sou mesmo um bombeiro?”
- ”Billy, você é um dos melhores”, disse o chefe.
Com estas palavras, Billy sorriu e fechou seus olhos pela última vez.

E você, diante do pedido de seus amigos, filhos e parentes, tem respondido EU POSSO FAZER MAIS DO QUE ISSO?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Bíblia: Palavra de Deus presente em nossas vidas

A Palavra de Deus chegou até nós e hoje temos a graça de ter acesso a ela, de poder conhecê-la, estudá-la, e abastecer a nossa vida neste poço, onde beberam os nossos pais e mães da fé. Nunca a Palavra de Deus foi tão usada e abusada como nos nossos tempos. Ela está traduzida em praticamente todas as línguas conhecidas do mundo, está em programas de computadores, internet, rádios, TVs, etc.
“A Palavra de Deus é viva e eficaz” (Hb 4,12a). É Palavra viva porque é palavra do Deus da Vida, do Deus Criador, do Deus de Jesus Cristo. É Palavra viva porque produz vida, porque melhora a vida, porque dá sentido e sustento à vida. É palavra viva porque mesmo passando os séculos continua sendo atual, continua viva e eficaz no meio do povo. E é Palavra viva e eficaz igual à chuva que cai no deserto seco: ela não passa por nós sem deixar seus sinais (Is 55,10-11).
Quem vive e se alimenta da Palavra de Deus faz caminho, vive melhor e prossegue fiel na sua busca, porque sabe que é guiado pela potente mão de Deus. Quem tem Deus por guia não se afogará, ainda que tenha que passar pelos perigos do rio e nem será queimado ao passar pelo fogo (Is 43,2).

(adaptado de texto de frei Ildo Perondi, OFM; veja o texto completo aqui)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Oração da Manhã

No silêncio deste dia que amanhece,
Quero pedir-te a paz, a sabedoria, a força.
Quero ser manso e humilde.
Quero ver teus filhos além das aparências, como tu mesmo os vês
E, assim, não ver senão o bem em cada um.
Cerra meu ouvido a toda calúnia.
Guarda minha boca de toda maldade.
Que só de bênçãos se encha o meu coração.
Quero ser tão bondoso e tão alegre,
Que todos que se aproximarem de mim, sintam a tua presença.
Reveste-me de tua beleza, Senhor,
E que, no decurso deste dia, eu te revele a todos.
Amém.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Bíblia: Palavra de Deus revelada ao povo

A Bíblia é a Palavra de Deus revelada ao seu povo. É fruto de uma longa história. É a história de Deus que caminhou com o seu povo. E a história do povo que caminhou com o seu Deus. O projeto de salvação para a humanidade foi sendo anunciado por Deus aos poucos. Deus escolheu um povo (Israel) e devagarzinho foi revelando o conteúdo, a proposta e a mensagem do seu Plano. Deus foi revelando também seu Nome e seu Rosto. O povo foi acolhendo, acertando e errando, crescendo, buscando, voltando atrás – às vezes.
Segundo Santo Agostinho, a Bíblia foi o segundo livro que Deus escreveu. O primeiro livro foi a vida. A Bíblia veio para ajudar a vida a ser de acordo com os planos de Deus Criador, pois “A glória de Deus é que o povo tenha vida” (S. Irineu). A Bíblia é fonte de vida e “bebe” da fonte da vida do povo e do Deus que é fonte de Vida e Criador da Vida.
Esta Palavra, que levou mais de mil anos para se tornar a Bíblia escrita que temos hoje, serviu de alimento espiritual e guia para as gerações que continuaram a levar adiante o projeto de Deus. A Palavra de Deus foi sendo vivida, estudada, rezada... até ser escrita e depois traduzida para chegar aos nossos dias. Hoje, mais do que nunca, temos que continuar a escutar o que o Espírito tem a dizer às suas Igrejas.
E você? Tem escutado a Palavra de Deus através da Bíblia?

(adaptado de texto de frei Ildo Perondi, OFM; veja o texto completo aqui)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Os dois homens que viram Deus

Num povoado que surgia aos pés de uma alta montanha viviam dois vizinhos. Brigavam da manhã à noite: provocações, vinganças, revides... O dia inteiro! Ninguém mais os suportava. Por causa deles acabara a paz na vila.
Um senhor de respeito decidiu pôr fim ao desentendimento. Chamou um deles e disse:
- Vá ao alto da montanha ver a Deus.
O homem foi. Não foi fácil: chegou lá em cima todo quebrado... Mas Deus estava lá esperando. Para o homem foi uma verdadeira surpresa... Esfregou os olhos, mas em vão. Não havia dúvidas: Deus tinha mesmo o rosto de seu antipático e briguento vizinho. O que Deus lhe disse ninguém ficou sabendo...
Quando voltou à aldeia era outra pessoa. O outro vizinho, entretanto, fazia de tudo para continuar as brigas. Tanto que os mais velhos da vila decidiram: - "É melhor que ele também vá ver a Deus".
Surpreendentemente, ele também aceitou: subiu a montanha. Descobriu que o Senhor Deus tinha o rosto de seu vizinho...
Desde aquele dia tudo mudou no povoado. E a paz continua até hoje.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Lutemos sempre!

Há homens que lutam um dia e são bons; há outros que lutam um ano e são melhores; há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, há os que lutam por toda a vida, estes são imprescindíveis... (Bertolt Brecht)

Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o trabalho, que dê futuro à juventude e segurança à velhice. (Charles Chaplin)

O segredo da eterna juventude da alma é ter uma causa a que dedicar a vida. (Dom Helder Câmara)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A decisão está em suas mãos

Havia um viúvo que morava com suas duas filhas, curiosas e inteligentes. As meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não. Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.
O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar. Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder. Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.
- O que você vai fazer? - perguntou a irmã
- Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!
As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando.
- Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
- Depende de você. Ela está em suas mãos.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Mês da Bíblia

Setembro é o mês da Bíblia. Este mês foi escolhido pela Igreja católica porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu no ano de 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande biblista (um estudioso da Bíblia) e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja.
A Igreja católica no Brasil escolheu o tema “A caridade sustenta a comunidade” para o mês da Bíblia deste ano. Uma frase escrita por São Paulo na 1ª carta aos Coríntios será o centro de nossa reflexão: “O amor jamais acabará” (1Cor 13, 8).
Na verdade, todo mês devia ser Mês da Bíblia; todo dia devia ser Dia da Bíblia. Ela é a grande “Carta de Amor” de Deus à Humanidade. Ela revela o projeto de Deus para o mundo; serve para que todos possamos crescer na fé e levar uma vida de acordo com o projeto de Deus. Por isso, a Bíblia não pode ser apenas um ornamento em nossa casa. A Palavra de Deus deve ser o nosso alimento de cada dia e devemos buscar nela o sustento para a nossa vida.
E você? Conhece a Bíblia?

(adaptado de texto de frei Ildo Perondi, OFM; veja o texto completo aqui)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Semana da Pátria

Nesta semana, comemoramos a Semana da Pátria, antecedendo ao Dia da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro. Ela foi criada com o objetivo de celebrarmos o patriotismo e o civismo. Mas o que vem a ser isso?
Desde pequeno, ouço falar da Pátria e das Semanas da Pátria... sem atinar bem com o significado profundo de ambas. Por vezes, intrigava-me – quando criança e adolescente – o ter que participar de paradas, desfiles, parecidos com os dos batalhões militares: fardas, rufar de tambores, passo cadenciado, clarins, fanfarras, competições... No meio de tudo isso gritava-se bem alto a ordem de Olavo Bilac: “Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!”. No que consistia esse amor e orgulho, essa fé? “Nunca verás um país como este”, argumentava-se... Nada disso me satisfazia.
Ser patriota ultrapassa o sentimentalismo de determinadas celebrações. É preciso procurar o sentido do civismo no respeito e devotamento ao que, efetiva e criativamente, promove o bem-comum, a educação integral, o respeito, a moralidade objetiva, o respeito pela linda natureza “da terra em que nasceste”.
O civismo inclui e pede, a cada momento e de cada cidadão, o esforço em se dedicar ao progresso e engrandecimento da Pátria. Esse progresso e engrandecimento não podem ser considerados unilateralmente do ponto de vista material, como avanço na riqueza, na economia, na tecnologia, na soberania e no poder.
Vivemos em um período da história onde, talvez mais do que nunca, o que importa é o bem-estar particular, individual. Perde-se o conceito chave do coletivo, do bem-comum a todos.
Uma das formas mais eficazes para chegar ao civismo é o interesse e a participação ativa nos problemas da própria comunidade. É no sentir e sofrer comum, no partilhar do dia-a-dia de cada irmão, é que desponta o civismo. É co-participação.
Que o meu patriotismo seja o rufar dos tambores da consciência: do dever a cumprir, da melhoria a propiciar, da busca do mais certo e justo, do abraço da verdade, do devotamento à causa comum, da identidade cultural, da sensibilidade por quem sofre, da fé nos valores morais e espirituais, do passo decidido em prol dos caídos e desanimados, da promoção dos menos favorecidos, da memória dos que nos desbravaram o caminho da igualdade, colocando um freio à ganância, à disparidade, às desigualdades.

(adaptado de textos de Dom Eusébio Oscar Scheid, arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro; veja os textos completos aqui e aqui)