terça-feira, 31 de março de 2009

Acende a tua luz

Acende a Luz do Amor na tua alma e espanta as trevas do egoísmo que pouco a pouco busca degenerar a humanidade.
Acende a Luz do Perdão e deixa que a da tua alma irradie doces ondas reconciliatórias, desarticulando planos hediondos de desestruturação daqueles que devem marchar unidos na construção do bem na Terra.
Acende a Luz da Caridade em teu Espírito, de forma a brilharem as estrelas da esperança na densa noite dos tempos.
Recorda sempre, principalmente nos momentos de testemunhos e lutas, de abrir-te à luz de Deus, que é o único combustível capaz de manter sempre acesa a luz da tua fé.
Segue, pois, confiante, na certeza de que Deus te guia.
Se acenderes a tua Luz Interior, verás que não segues a sós, nem tão pouco na escuridão.

(autor desconhecido)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Prece para um mundo de paz (1) (CF 2009 / 08)

SABEDORIA: Permita, Senhor, que os idosos assumam a direção do planeta Terra com sua experiência. Não apenas sejam respeitados pelo poder que exercem, mas principalmente pela sabedoria que transmitem aos mais jovens, recolocando as coisas nos devidos lugares.

JUSTIÇA: Que a justiça desça sobre todos indistintamente e que possamos nos tornar iguais na compaixão e na misericórdia! Permita uma terra sem fome, onde todos sejam tratados com dignidade. Que tenham trabalho e possam desfrutar os recursos naturais com respeito, em que mulheres, crianças e idosos sejam amparados em suas necessidades.

VERDADE: Tenho fé que um dia a verdade prevalecerá, como um raio de sol que ilumina para sempre as trevas. A verdade que ainda está além de nossa possibilidade de compreensão porque não soubemos transformar conhecimento em sabedoria. A verdade pura e cristalina que um dia nos permitirá abraçar a própria morte como irmã, como a continuidade da vida.

SIMPLICIDADE: Que todos recebam o dom da simplicidade e, com ele, a certeza de viverem mais leves, mais felizes. Senhor, ilumine o conhecimento científico com a sabedoria da simplicidade para que não haja ambiguidade e que cientistas passem a venerar a criação em vez de tentar exterminá-la.

(Margareth Fiorini)

sexta-feira, 27 de março de 2009

A bomba d'água

Contam que certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Foi quando ele chegou a uma casinha velha - uma cabana desmoronando - sem janelas, sem teto, batida pelo tempo. O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico.
Olhando ao redor, viu uma bomba a alguns metros de distância, bem velha e enferrujada. Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela e começou a bombear sem parar. Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado para trás e notou que ao lado da bomba havia uma garrafa. Olhou-a, limpou-a removendo a sujeira e o pó, e leu o seguinte recado: "Você precisa primeiro preparar a bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir."
O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. A garrafa estava quase cheia de água! De repente, ele se viu em um dilema: se bebesse aquela água poderia sobreviver, mas se despejasse toda a água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá do fundo do poço, toda a água que quisesse e poderia deixar a garrafa cheia para a próxima pessoa! Mas talvez isso não desse certo. Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar sua vida? Deveria perder toda a água que tinha na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia quando?
Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear, e a bomba começou a chiar. E nada aconteceu! E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água, depois um pequeno fluxo e finalmente a água jorrou com abundância! A bomba velha e enferrujada fez jorrar muita, mas muita água fresca e cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela até se fartar. Encheu-a outra vez para o próximo que por ali poderia passar, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota ao bilhete preso nela: "Creia-me, funciona! Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta!"
Saiba olhar adiante e compartilhar! Aquele homem poderia ter se fartado e se esquecido de que outras pessoas pudessem passar por ali precisando da água. Ele não se esqueceu de encher a garrafa e ainda por cima soube dar uma palavra de incentivo. Preocupe-se com quem está próximo de você. Cultive seus relacionamentos, dê o melhor de si!

(autor desconhecido)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Justiça e privilégios (CF 2009 / 07)

A criminalidade espalha-se por nossa sociedade e manifesta-se de diferentes formas em todas as classes sociais. No entanto, o cidadão pobre é mais vulnerável às conseqüências da criminalidade.
Uma sociedade que supervaloriza o patrimônio acaba por se tornar uma sociedade de privilégios, garantidos em larga medida pelo poder aquisitivo. Embora as ciências jurídicas considerem que todos são iguais perante a lei, alguns, como os militares, os magistrados, os deputados, os senadores, o Presidente da República e os ministros de Estado, têm foro privilegiado – são julgados por um tribunal especial, diferente dos outros cidadãos. Embora em muitos casos isto seja necessário e legítimo, em outros torna-se um meio de burlar a justiça e garantir a impunidade.
Pessoas que cometeram crimes contra a ética, a economia e a gestão pública geralmente ficam impunes em nosso país. As que possuem curso superior, quando eventualmente presas, tem direito a “prisão especial”. Isso sem contar a imunidade parlamentar, garantida aos deputados e senadores e estendida a crimes que nada tenham a ver com a atividade parlamentar.
Quem não tem grande poder aquisitivo ou poder político, não goza de privilégios e fica à mercê de um poder judiciário desprovido de recursos essenciais que possibilitem o desempenho eficaz de suas atribuições.

E você? Acredita que é possível haver paz se algumas pessoas são tratadas com privilégios perante a lei?

(texto adaptado do Manual da Campanha da Fraternidade 2009: “A paz é fruto da justiça”)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Fila indiana

Para mim os homens caminham pela face da Terra em fila indiana – um atrás do outro –, cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás. Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualidades. Na sacola de trás, guardamos os nossos defeitos.
Por isso durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos, presas em nosso peito. Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente, nas costas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui. E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito.

(Gilberto de Nucci)

terça-feira, 24 de março de 2009

Pobreza e violência (CF 2009 / 06)

Muitas pessoas se perguntam: será que a pobreza é a causa da violência? A ausência do Estado, a falta de perspectivas e de modelos a seguir torna muitas pessoas, sobretudo os jovens e adolescentes, muito vulneráveis diante das promessas de dinheiro fácil, de aventura e de proteção da parte dos corruptores. No entanto, os moradores das comunidades de periferia são acolhedores, honestos, trabalhadores, pessoas de paz e de bem, que sonham e lutam por um mundo mais justo e solidário. São, sim, vítimas da violência e da truculência de uma minoria criminosa, que se impõem à população, muitas vezes com a conivência de pessoas que deveriam zelar por sua segurança.
Associar pobreza e violência pode gerar grandes injustiças na avaliação das pessoas. O simples fato de morar em certas regiões já é suficiente para as pessoas serem estigmatizadas, como se fossem delinqüentes. Por outro lado, várias situações de violência gratuita tem sido divulgadas pela mídia, tendo como autores jovens de famílias abastadas. A violência pode ser uma reação de uma pessoa que não se sente acolhida pelo ambiente em que se encontra, seja por sua exclusão sistemática das condições mínimas para uma vida digna, seja por relações pessoais inadequadas e/ou violentas. Assim, pode haver pessoas violentas em qualquer lugar do tecido social.

(texto adaptado do Manual da Campanha da Fraternidade 2009: “A paz é fruto da justiça”)

segunda-feira, 23 de março de 2009

Dia Mundial da Água (22 de março)

No último domingo, dia 22 de março, foi comemorado o Dia Mundial da Água, criado pela Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em 1993. E nada melhor do que a data para lembrar que o recurso deve ser economizado sempre, todos os dias do ano. Apesar de dois terços do Planeta Terra serem constituídos de água, apenas 0,03% deste total é potável, o que significa que, se não existir conscientização das pessoas, haverá uma grave crise em pouco tempo. Nas grandes cidades, o consumo diário per capita chega a 500 litros.

Como economizar

Na cozinha: deixar a louça de molho por alguns instantes, para ajudar a soltar um pouco a sujeira e molhar a bucha que ensaboará as peças. Abrir a torneira apenas para enxaguar as louças. Se usar a máquina de lavar louças, ligá-la apenas quando toda a capacidade estiver preenchida, a fim de evitar o desperdício de água e de energia elétrica. Para lavar as verduras, prefira uma bacia com água e use a água corrente apenas para "enxaguá-las".
Na área de serviço: deixar as roupas de molho antes da lavagem para retirar um pouco a sujeira e facilitar o trabalho. A água do molho pode ser usada para esfregar as peças. A abertura da torneira deve ser feita apenas no enxague. Se usar máquina de lavar roupas, ligar o aparelho apenas quando toda a capacidade estiver preenchida.
No quintal: quem gosta de plantas, deve preferir as espécies que necessitam de pouca água, como as bromélias, pinheiros e violetas. Evite molhá-las em excesso ou em momentos muito quentes do dia, o que fará com que a água seja absorvida sem chegar à raiz. Regar a base das plantas, e não as folhas. Aproveite a água da chuva para regar as plantas ou lavar a calçada, armazenando-a em recipientes fechados, para evitar que o mosquito da dengue faça a "festa" no local.
No banheiro: tome banhos curtos e feche a torneira enquanto se ensaboa, escova os dentes ou se barbeia. Os vazamentos e torneiras que pingam devem ser consertados rapidamente.

(adaptado de texto do UOL Economia, disponível aqui)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Oração Ecumênica pela Paz (CF 2009 / 05)

Senhor, queremos ouvir de novo a proclamação da esperança que anunciaste a teu povo através de Isaías: “O fruto da justiça será a paz: a prática da justiça resultará em tranqüilidade e segurança duradouras” (Is 32,17). Contamos contigo para promover essa paz que se consegue com a justiça. Queremos fazer isso com firmeza, discernimento, solidariedade. Ajuda os cristãos de tantos nomes diferentes a unir as mãos e corações na construção de um mundo melhor. Juntos, podemos dar um testemunho maior da força regeneradora do amor que aprendemos de teu Filho, Jesus. Que a Trindade santa nos anime e nos sustente no trabalho a favor da paz. Amém.

(texto retirado do Manual da Campanha da Fraternidade 2009: "A paz é fruto da justiça")

quinta-feira, 19 de março de 2009

São José: Esposo de Maria e padroeiro da Igreja

Além do lado visível de artesão, esposo, pai, educador, São José possui um outro invisível, ligado ao Mistério que ganhou uma das expressões singulares no caminho de Maria, de Jesus e dele mesmo. São José é uma figura de sombra. Não deixou nenhuma palavra, apenas teve sonhos que, não sem dificuldades, acatou e seguiu. Não sabemos nem quando nasceu nem quando morreu. Apenas que, corajoso, levou para casa uma menina grávida e assumiu o menino impondo-lhe o nome Jesus. Depois enfrentou com a família a perseguição de um monarca sanguinolento, fugiu para o exílio e, na volta, se escondeu numa vilazinha ao norte, em Nazaré. Iniciou o filho nas tradições religiosas de seu povo e lhe transmitiu a profissão de artesão-carpinteiro. Dele se diz que era um homem justo. Depois sumiu sem deixar sinal.
Na Igreja, São José nunca foi tratado como personagem central. Mas o cristianismo não existe somente dentro das igrejas. Existe um poderoso cristianismo popular, cotidiano e anônimo do qual ninguém toma nota. Nele vive a grande maioria dos cristãos, nossos pais, avós e parentes que tomam a sério o evangelho e o seguimento de Jesus. São José por seu anonimato e silêncio se insere aí dentro. Mais que patrono da Igreja universal é o patrono da Igreja doméstica, dos irmãos e irmãs menores de Jesus. Ele é um representante da “gente boa”, da “gente humilde”, sepultados em seu dia-a-dia cinzento, ganhando a vida com muito trabalho e levando honradamente suas famílias pelos caminhos da honestidade. Orientam-se mais pelo sentimento profundo de Deus que por doutrinas teológicas sobre Deus. Para eles, como para José, Deus não é um problema, mas uma luz poderosa para os problemas.
Foi neste ambiente que Jesus cresceu. Sua relação com José a quem chamava de pai, deve ter sido tão íntima que serviu de base para sentir a Deus como “Paizinho querido” (Abba) e nos transmitir essa experiência libertadora. Isso já é suficiente para sermos eternamente gratos a ele.
(adaptado de texto de Leonardo Boff, teólogo, disponível aqui )

quarta-feira, 18 de março de 2009

São José: educador, pai e protetor

São José é tido na Bíblia como o “homem justo”. Ao assumir a paternidade do Filho de Deus, dedica-lhe todos os cuidados e todo amor. Ensina-o a trabalhar na sua oficina de carpinteiro, transmite a Jesus os verdadeiros valores que sempre guiaram o viver do seu povo e educa o Filho no mais singelo e puro amor a Deus Pai. São José é apresentado pela Igreja como modelo e protetor de todos os pais, porque na sua missão paternal ele cuidou de Jesus, acarinhou-o, acompanhou de perto as crises da sua adolescência, repreendeu as traquinagens e as teimosias próprias da idade. Transmitiu-lhe com o seu exemplo de homem de fé, que a maior alegria que se pode ter nesta vida é amar a Deus com um coração puro e respeitar o próximo com sincera caridade.

São José, vós fostes o pai adotivo de Jesus, soubestes amá-lo, respeitá-lo e educá-lo com amor e dedicação, como vosso próprio filho. Olhai todos os pais do mundo e especialmente de nossa comunidade, para que com amor e dedicação eduquem seus filhos na fé cristã e para a vida. Protegei todos os pais que trabalham arduamente no dia-a-dia para não faltar nada a seus filhos, que se dedicam de corpo e alma à sua família. Enfim, olhai por todos os pais para que assumam e vivam com alegria sua vocação paterna. Amém.

terça-feira, 17 de março de 2009

São José: a busca da paz no mundo jovem

Construir uma cultura de paz é o grande desafio de nosso tempo. É preciso mudar nosso cotidiano, de tal forma que nossas atitudes contribuam para uma sociedade mais segura para todos. Preocupados com isso, os integrantes da Unesco – órgão das Nações Unidas – criaram o “Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência”, que continua válido para os nossos dias. Cada um de nós, especialmente os jovens, temos o dever de assumir essas atitudes em nossas vidas:

Reconhecendo a parte de responsabilidade ante o futuro da humanidade, especialmente com as crianças de hoje e de amanhã, EU ME COMPROMETO - em minha vida cotidiana, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e na minha região a:

· RESPEITAR A VIDA. Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminar nem prejudicar;

· REJEITAR A VIOLÊNCIA. Praticar a não-violência ativa, repelindo a violência em todas as suas formas (física, social, psicológica, econômica e social), em particular ante os mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;

· SER GENEROSO. Compartilhar meu tempo e meus recursos materiais, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica;

· OUVIR PARA COMPREENDER. Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem à maledicência e ao rechaço ao próximo;

· PRESERVAR O PLANETA. Promover o consumo responsável e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta;

· REDESCOBRIR A SOLIDARIEDADE. Contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito dos princípios democráticos, com o fim de criar novas formas de solidariedade.

O Papa João Paulo II apresentou São José como exemplo de vida em busca da paz, na sua fé, na sua humildade e no seu trabalho cotidiano. E rezou:
“Que São José, patrono universal da Igreja, vele sobre toda a comunidade eclesial e, como homem de paz que era, obtenha para a humanidade inteira o dom da concórdia e da paz, sobretudo para os povos ameaçados”.

("Manifesto 200o por uma Cultura de Paz e Não-Violência" disponível aqui )

segunda-feira, 16 de março de 2009

São José: opção pela vida

Nesta semana comemoramos o patrono de nossa escola, São José. Para marcar a data, faremos um tríduo preparatório, relembrando aspectos da vida de José que podem servir como exemplo para que vivamos o compromisso com o Evangelho. No dia de hoje, o tema é “Opção pela vida”.
Num mundo marcado por situações de “morte”, queremos anunciar a “vida”. Como cristãos, acreditamos que “o amor é mais forte que a morte”. Mas também sabemos que somente acreditar nisso não basta: “a fé sem obras é morta”. Precisamos escolher a vida nas atitudes que tomamos em nosso cotidiano, nas situações concretas do nosso dia a dia.
São José mostrou sua opção pela vida com suas ações. Assumiu os riscos da paternidade terrena de Jesus e amou-o infinitamente. Em nenhum momento de sua vida desviou-se da direção que Deus Pai determinara. Deixou de lado seus medos e inseguranças ao assumir a gravidez de Maria. Arriscou-se numa viagem longa e perigosa com Maria prestes a dar a luz. Ficou noites acordado, vigiando e orando para que nada acontecesse a ela e ao Menino Jesus. Fugiu com eles para outro país, quando a vida de Jesus estava ameaçada. Ensinou Jesus a falar, a andar, a orar, a trabalhar com dignidade. Enfim, José foi santo ao ensinar Jesus a ser homem.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Oração da Paz em Caminhada (CF 2009 / 04)

Deus da paz verdadeira, que brota da justiça e floresce em irmandade: dá-nos a tua paz!
Livra-nos da paz inerte, que se omite.
Livra-nos da paz corrupta, que se vende.
Livra-nos da paz que foge, se refugiando no fatalismo ou até numa falsa espiritualidade.
Dá-nos a paz em caminhada,
a paz que luta pelo Reino,
a paz que partilha a vida do povo,
a paz pela qual tombaram nossos mártires,
a paz pela qual morreu e ressuscitou aquele que é a “nossa paz”,
Jesus Cristo, teu Filho, nosso Irmão.
Amém, Axé, Awere, Aleluia!

(Dom Pedro Casaldáliga, bispo católico)
(retirado do Manual da Campanha da Fraternidade 2009: “A paz é fruto da justiça”)

quinta-feira, 12 de março de 2009

A sobrevivência dos porcos-espinhos

Durante uma era glacial, muito remota, quando o globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém – vida ingrata – os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
E, então, eles se afastaram, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportarem por mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito! Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram, voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava certa distância do outro; mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim, aprendendo a amar, resistiram à longa era glacial. Sobreviveram!
(autor desconhecido)

quarta-feira, 11 de março de 2009

A felicidade virá

Eu preferirei sempre aqueles que sonham, embora se enganem;
aqueles que esperam, embora, às vezes, suas esperanças fracassem;
aqueles que apostam na utopia, embora, em seguida, fiquem no meio do caminho.
Aposto nos que confiam que o mundo pode e deve mudar;
naqueles que acreditam que a felicidade virá.
(José Luis Martín Descalzo)

terça-feira, 10 de março de 2009

Superar os conflitos (CF 2009 / 03)

O conflito é basicamente o confronto entre duas posições diferentes que buscam a conquista da hegemonia, da superioridade. Em si, o conflito não é bom nem mau. Ele pode ser sadio, quando, para melhorar a vida das pessoas, revela a necessidade de algo novo que supere contradições e visões reducionistas ou distorcidas da realidade. Todavia, ele pode ser nocivo quando, encarado de forma radical ou imatura, sem abertura para o diálogo, torna-se fonte de violência.
O conflito, por si só, não é nocivo. São as posturas e as atitudes que as pessoas tomam diante do conflito que podem ter conseqüências desastrosas para todos os que nele estão envolvidos e para a sociedade em geral, pois são elas que podem gerar violência e insegurança social.
Para prevenir conflitos violentos é absolutamente necessário que a paz comece a ser vivida, como valor profundo, no íntimo de cada pessoa, pois assim poderá estender-se às famílias e envolver toda a comunidade.

(adaptado do Texto-base da Campanha da Fraternidade 2009: “A paz é fruto da justiça”)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Oração pela mulher

Obrigado, Senhor, por teres criado no mundo a mulher e por tê-la enriquecido com preciosos dons: o carinho, a sensibilidade, a beleza, a ternura, a dedicação e o amor.
Deste ao homem a graça de encontrar na mulher uma amiga, irmã, companheira, esposa e mãe.
Nela se processa o mistério da vida, sendo capaz de gerar, de trazer à luz filhos e filhas.
Sem sua presença no mundo, o amor estaria fadado à extinção. E o mundo ficaria pobre e sem sentido.
Perdoa-nos, Senhor, por nem sempre sabermos reconhecer o verdadeiro valor da mulher, por muitas vezes a considerarmos objetos, sexo frágil e força de trabalho doméstico.
Que também a mulher reconheça seu valor, sua dignidade e sua missão no mundo.
Que ela não aceite ser instrumentalizada nem banalizada no seu corpo e nos seus sentimentos.
Que no corpo e na alma de cada mulher, possamos continuar encontrando os sinais de mãe que nela plantaste.
Amém.

(Frei Zeca)
Homem, cuida-te em não fazer chorar uma mulher, pois Deus conta suas lágrimas.
A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisoteada, nem da cabeça para ser superior; mas, sim, do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada.

(Talmude, livro da tradição judaica)

sexta-feira, 6 de março de 2009

O cavalinho

Certa tarde, o pai saiu para um passeio com as duas filhas, uma de oito e a outra de quatro anos. Em determinado momento da caminhada, a filha mais nova pediu ao pai que a carregasse, pois estava muito cansada para continuar andando.
O pai respondeu que também estava muito fatigado. Diante da resposta, a garotinha começou a choramingar e fazer “corpo mole”. Sem dizer uma só palavra, o pai cortou um pequeno galho de árvore e o entregou à menina dizendo:
— Olhe aqui um cavalinho para você montar, filha! Ele irá ajudá-la a seguir em frente.
A menina parou de chorar e pôs-se a cavalgar o galho verde tão rápido, que chegou em casa antes dos outros. Ficou tão encantada com seu cavalo de pau, que foi difícil fazê-la parar de galopar.
A irmã mais velha ficou intrigada com o que viu e perguntou ao pai como entender a atitude da irmã.
O pai sorriu e respondeu dizendo:
— Assim é a vida, minha filha. Às vezes a gente está física e mentalmente cansado, certo de que é impossível continuar. Mas encontramos então um “cavalinho” qualquer que nos dá ânimo outra vez. Esse cavalinho pode ser um bom livro, um amigo, uma canção, uma oração... Assim, quando você se sentir cansada ou desanimada, lembre-se de que sempre haverá um cavalinho para cada momento. E nunca se deixe levar pela preguiça ou pelo desânimo.

(autor desconhecido)

quinta-feira, 5 de março de 2009

A arte de ser feliz (CF2009 / 02)

Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um homem pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

(Cecília Meireles)
(texto retirado do Manual da Campanha da Fraternidade 2009: “A paz é fruto da justiça”)

quarta-feira, 4 de março de 2009

O martelo do vizinho

Um homem queria pendurar um quadro. O prego ele já tinha, só faltava o martelo. O vizinho possuía um e o homem resolveu ir até lá pedi-lo emprestado. Mas, no caminho, pensou consigo mesmo:
- E se o vizinho não quiser me emprestar o martelo? Ontem ele me cumprimentou meio secamente. Talvez estivesse com pressa... Mas isso deve ser somente uma desculpa, ele deve ter alguma coisa contra mim. Mas por quê? Eu não fiz nada! Ele deve estar imaginando coisas... Se alguém quisesse emprestar alguma ferramenta minha eu emprestaria imediatamente. Por que ele não quer me emprestar o martelo? Como é que alguém pode recusar um simples favor desses a um semelhante? Gente dessa laia só complica a nossa vida. Na certa, ele imagina que eu dependo dele só porque ele tem um martelo. Mas, agora chega!!
E chegando ao apartamento do vizinho, tocou a campainha. O vizinho abriu a porta e, antes que pudesse dizer “Bom dia!”, o homem berrou:
- Pode ficar com seu martelo!! Eu não preciso de sua ajuda!!

(autor desconhecido)

terça-feira, 3 de março de 2009

A fábula da preguiça

Esta é uma história sobre quatro pessoas: “Todo Mundo”, “Alguém”, “Qualquer Um” e “Ninguém”.
Havia um grande trabalho a ser feito e Todo Mundo tinha certeza que Alguém o faria. Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou porque era um trabalho de Todo Mundo.
Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém imaginou que Todo Mundo deixasse de fazê-lo.
Ao final, Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito.

(autor desconhecido)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Construindo a cultura da paz (CF2009 / 01)

A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a voltar nossos olhos à Segurança Pública. Esse é um tema complexo porque há muitas situações que contribuem para a segurança ou a falta dela.
Nossa reflexão não pretende apenas lançar um olhar à realidade para apontar o crescimento da violência, da injustiça e de tantos problemas sociais. Quer, pelo contrário, contribuir para a promoção da cultura de paz na vida das pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem efetivamente na construção da justiça social que promova a segurança pública.
Não vivemos numa sociedade que promove a paz! Vivemos a sociedade do medo. Temos medo da violência, de desemprego, de assalto, de morte, de crimes. Temos medo de outras pessoas, medo por nossos familiares e amigos. O dia-a-dia, especialmente nas grandes cidades, está assombrado por essa cultura do medo.
O que podemos fazer diante disso?
Qual o nosso papel como “construtores da paz”?

(adaptado do Manual da Campanha da Fraternidade 2009: “A paz é fruto da justiça”)