segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O anel

- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que sou lerdo e muito idiota. O que posso fazer para que me valorizem?
O professor sem olhá-lo disse:
- Sinto muito meu jovem, mas não posso ajudar, devo primeiro resolver o meu problema. Depois de uma pausa, sugeriu:
- Se você me ajudasse, eu poderia resolver logo este problema, e depois talvez possa lhe ajudar.
- Cla-claro, professor - gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor.
Este tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse:
- Monte no cavalo e vá até ao mercado. Venda este anel, pois tenho de pagar uma dívida. É preciso que obtenha por ele o máximo possível, mas não aceite menos de uma moeda de ouro. Vá e volte o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, ofereceu o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o preço do anel. Ao mencionar uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para o jovem, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, ofereceram uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o rapaz seguiu as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro.
Depois de oferecer a jóia a todos os que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. Desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel e livrar assim o professor da preocupação, podendo receber ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse-lhe:
- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse vender por 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar alguém sobre o valor do anel.
- Importante o que disse, meu jovem - contestou sorridente. - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para informar o valor exato do anel? Diga que quer vender e pergunte quanto ele pode dar. Mas não importa o quanto ele lhe ofereça, não o venda... volte aqui com o meu anel.
O jovem deu o anel ao joalheiro. Este examinou-o com uma lupa, pesou e disse:
- Diga ao seu professor que, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
- 58 moedas de ouro!!! - exclamou o jovem.
- Sim - replicou o joalheiro. - E sei que, com tempo, poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas, se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o ocorrido.
- Senta - disse o professor, que depois de ouvir tudo o que o jovem tinha para contar explicou:
- Você é como este anel, uma jóia valiosa e única. E só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir seu verdadeiro valor? Dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo. Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes valorizem.
"Ninguém pode lhe fazer sentir inferior sem o seu consentimento".
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Família, lugar de segurança (Semana da Família 10)

O tema da segurança tem relação direta com a situação atual das famílias. Primeiro, porque as relações sociais são influenciadas pelo contexto social. Além disso, o espaço familiar é também espaço de educação para a convivência. Assim como se aprende a violência, aprende-se a cultura da paz. Mesmo em meio a todos esses problemas, a família continua sendo um referencial importante para a maioria dos adolescentes e jovens. É dela que ganhamos elementos importantes para a construção da identidade pessoal e social. É no seio da família que o ser humano aprende a ser “verdadeiramente humano”. A experiência da convivência,do perdão, da partilha, da correção, das alegrias e tristezas vividas em família forma o ambiente privilegiado e insubstituível para desenvolver a cultura da paz. Assim, as relações familiares, em borá muitas vezes com dificuldades, devem contribuir eficazmente para o aprendizado da superação de problemas e conflitos e o desenvolvimento de uma mentalidade em favor da paz. A nossa tarefa como cristãos é construir e viver a fraternidade fundada no amor. Em família somos mais fortes, somos melhores, mais capazes. Nossa família é o nosso ponto de encontro, de união, de segurança. É o porto seguro para o qual sempre podemos retornar. E mais bela ainda é nossa família por causa da presença amiga e forte de Jesus, de quem recebemos o novo mandamento do amor que gera a paz.
O Senhor Jesus que viveu com sua família em Nazaré permaneça em nossas famílias, defendendo-nos de todo mal, e nos transforme num só coração e numa só alma. Amém.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Iniciação à vida cristã (Semana da Família 09)

A vida humana, desde o nascimento até a morte, é marcada por mudanças, passagens e novos começos. Viver é recomeçar sempre. O ser humano nasce, cresce, amadurece. Cada etapa é marcada por um rito de passagem: quando passa da adolescência para a fase adulta, quando se torna, pai, mãe, quando inicia uma profissão ou muda de emprego, quando se aposenta. Da mesma forma acontece com a vida cristã: ninguém nasce cristão, torna-se cristão. É na família que acontecem os primeiros passos de iniciação à vida cristã. São os primeiros ensaios no colo da mãe, na oração, na convivência que desperta para a presença de Deus. No aconchego seguro do lar, o primeiro anúncio se traduz pelos gestos de amor, perdão, diálogo, compreensão, respeito, ética, segurança. Portanto, a primeira experiência de comunidade se dá na família, experiência que se prolonga na comunidade de fé, a Igreja.
E sua família? É um espaço para seus membros viverem a experiência de Filhos de Deus? Você colabora para criar esse ambiente de respeito, solidariedade, apoio, acolhida, perdão?
Rezemos para que nossas famílias sejam testemunhas da vivência cristã, espaço de aprendizagem da cultura de paz e espaço para crescimento na fé.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Catequese, o caminho para o discipulado (Semana da Família 08)

Na Igreja católica, comumente, chamamos catequese somente o período de preparação para os sacramentos. No entanto, a verdadeira catequese é um processo contínuo e abrangente, que precisa da participação de diversas pessoas. A catequese é um anúncio, a proclamação de uma Boa Nova, o anúncio de uma pessoa – Jesus Cristo – que deu sentido à minha vida e poderá transformar também o destinatário do anúncio, caso este se abra a este encontro por meio da fé. A pessoa a ser evangelizada necessita de alguém que caminhe com ela, que se aproxime para conhecê-la, que se dê a conhecer, a escute e a oriente na experiência comunitária da fé. A catequese deve ser uma vivência comum da fé e da amizade com Cristo. Fazer catequese significa encontrar-se com Jesus no caminho, ouvir sua palavra, participar de sua vida na eucaristia, viver na comunidade testemunhando a fé, abrir-se à ação missionária. A família é o espaço fundamental para esse encontro com Cristo e a vivência da verdadeira fé.
E você, aceita o anúncio da Boa Nova de Jesus para sua vida?
Você também é chamado a catequizar. Você atende a esse chamado? Você anuncia Jesus Cristo a outras pessoas através de seu testemunho de vida?
Rezemos para que nossas famílias sejam verdadeiros espaços de catequese, de anúncio do amor de Jesus por todos nós. E que surjam de nossas famílias autênticos discípulos, testemunhando o mandamento de Cristo através de suas atitudes cotidianas.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Viva a alegria de ser missionário (Semana da Família 07)

Toda Igreja é missionária. Também nós e nossas famílias somos convocados a exercer nossa missão e anunciar a Boa Nova de Jesus ao mundo. Porém, precisamos despertar ainda mais para essa realidade: ou seremos verdadeiros discípulos e missionários de Jesus ou não seremos nem mesmo cristãos. Discipulado e missão são como duas faces da mesma moeda. Quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só ele nos salva. Num tempo em que se tenta ligar religião com intimismo, consumismo e individualismo, o discípulo de Jesus Cristo é convocado a sair de si, tornando-se cada vez mais missionário. É um desafio que se apresenta não apenas aos cristãos individualmente, mas também às próprias comunidades.
Rezemos para que nossas famílias sejam realmente famílias missionárias, comprometidas na evangelização de tantas outras famílias que precisam experimentar a verdadeira alegria que é conhecer Jesus, o missionário do Pai.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vocação para os ministérios e serviços na comunidade e na sociedade (Mês Vocacional 05)

A missão dos cristãos leigos e leigas é vivenciar o evangelho, levar a boa nova a todos, principalmente onde a Igreja institucional não alcança, onde os ministros ordenados não chegam e junto às pessoas que não passam perto dos templos. Cabe aos cristãos leigos e leigas procurar responder aos anseios das pessoas que estão junto ao seu convívio, seja no ambiente do trabalho, no ambiente familiar, entre outros. É importante que dêem seu testemunho aos que não conhecem a Palavra ou que foram batizados e agora estão desiludidos, famintos e sedentos de Deus e, às vezes, justamente por essa procura, caminham numa estrada confusa.
Além da vocação comum ao apostolado, alguns leigos sentem-se chamados interiormente por Deus a assumirem diversos serviços na comunidade, entre eles a tarefa de catequistas. Os catequistas são transmissores da Palavra de Deus com a própria vida. São pessoas que procuram, de fato, vivenciá-la no dia a dia. Seu testemunho é fundamental. A prática da catequese na Igreja nos remete aos primeiros cristãos, que têm a sua origem no próprio Jesus, o primeiro e o maior catequista da história.
Rezemos por todos os leigos e leigas que testemunham o amor de Deus em seu cotidiano, levando o Boa Nova de Cristo a todas as esferas da sociedade. Rezemos também por todos que atendem o chamado de Deus nos diversos serviços à comunidade, especialmente pelos catequistas, que com seu testemunho ajudam outras pessoas a descobrirem o caminho da verdadeira vida cristã.
(adaptado do folder do Mês Vocacional 2009, produzido pela CNBB, disponível aqui e de textos disponíveis aqui e aqui )

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ser feliz na comunidade (Semana da Família 06)

No mundo marcado pela tristeza e pelo desânimo, nossa família é chamada a ser sinal da verdadeira alegria que vem de Deus. A comunidade cristã é a grande família na qual todos nós somos os filhos e filhas do mesmo Deus. Embora muitos e diferentes, somos unidos pelo espírito de Deus, que faz de nós um belo mosaico. A experiência da diversidade e da unidade vivida em família deve ajudar na vivência da fraternidade da comunidade.
A Igreja é nossa Mãe e Mestra. Dela recebemos a vida divina e a verdadeira fé, transmitida pelos apóstolos e por tantos homens e mulheres corajosos que viveram antes de nós. Em comunhão com ela, a nossa família se abre para um horizonte maior. A família é enriquecida e coopera na edificação do seu Reino.
Como dizia São Paulo, a comunidade é um corpo no qual cada membro é importante e nenhum pode querer ser único ou superior aos demais. Nem mesmo pode haver membros que se inferiorizem ou pensem que sua presença ou parcela de contribuição seja dispensada. Como na família cada membro é diferente e importante, o mesmo acontece na família maior, que é a Igreja. A vida fraterna, o amor, a unidade, o diálogo, a fé partilhada na família deve enriquecer a comunidade, que se renova e ganha sentido com esses sentimentos.
E você? Participa de uma comunidade? Conhece alguma?
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sem o domingo não podemos viver (Semana da Família 05)

Em grande parte das famílias, o domingo é um dia especial. Dia de reunião em torno da mesa do almoço, de reencontrar as pessoas, de ouvir histórias, de partilhar a vida. Para os cristãos, o domingo também é dia de festa. É o dia em que revivemos a Páscoa do Senhor e em que nos oferecemos ao Pai do céu. Os primeiros cristãos davam tanta importância ao domingo que chegaram a dizer: “sem o domingo não podemos viver”.
O ponto alto da santificação do domingo para as famílias cristãs é a celebração da Eucaristia, presença entre nós do Cristo ressuscitado e centro de nossa fé. Domingo é o dia da família se encontrar com o Cristo vivo na Eucaristia. É o dia da família e da comunidade. É dia do encontro fraterno. É dia de gratuidade. Neste dia, deixamos o trabalho para darmos lugar a momentos que nos humanizam: o encontro com os irmãos e o encontro com Deus.
E sua família? Também vive o domingo como um dia de festa, um dia de encontro com Deus?
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Escuta, ó família, o Senhor teu Deus (Semana da Família 04)

Vivemos num mundo muito barulhento e frenético. São tantos ruídos, que escutamos o que não queremos. E não somos acostumados ao silêncio e à quietude. Em meio a tudo isso, a família precisa ser para todos nós um lugar de diálogo, de escuta do outro, de respeito e confiança mútua. Também deve ser local da escuta e meditação da Palavra de Deus, mas é preciso que alguém a proclame. Assim, os pais são os primeiros evangelizadores, atentos também em praticar a verdade do Evangelho no cotidiano da vida familiar. Os filhos devem estar atentos a esses ensinamentos, dispostos a ouvir a Palavra de Deus e colocá-la em prática.
A Bíblia, fonte da Palavra de Deus, deve estar presente em cada família, como um farol a iluminar a vida. Rezemos para que, no dia a dia, as famílias encontrem tempo para a leitura e a oração com a Bíblia.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Família, espaço do encontro (Semana da Família 03)

A família nasce de um encontro de pessoas diferentes e se constrói no amor e na acolhida do outro. Ela se edifica com as experiências positivas de encontros que fazemos no cotidiano de nossas vidas. Cuidar para que a família tenha momentos significativos é tarefa de todos.
Na vida familiar não existem somente experiências positivas de encontros. Existem situações que causam tristeza e desesperança. São realidades que desestruturam a vida familiar como as de ordem econômica, segurança, saúde. Ou mesmo os desencontros, a falta de tempo para os outros ou a falta de valorização do tempo com o outro.
Rezemos a Deus para que nossas famílias sejam sempre espaços de encontro: encontro com as outras pessoas e encontro com Deus, que está presente em cada um. E que Ele nos ajude a enfrentar as dificuldades e fazer dos momentos difíceis possibilidades de crescimento e encontro de caminhos para a verdadeira felicidade.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vocação para a Vida Consagrada (Mês Vocacional 04)

A vida consagrada é o chamado a viver a forma de vida que Cristo escolheu para a este mundo: vida casta, pobre e obediente, adquirindo uma típica e permanente visibilidade no meio do mundo, atraindo o olhar de muitos para o mistério do Reino de Deus. Esse modo de seguir Jesus Cristo se expressa na vida religiosa contemplativa e missionária, nos institutos seculares, sociedades de vida apostólica e outras novas formas que, na alegria de “dar testemunho da absoluta primazia de Deus e de seu Reino” (DAp 219), anunciam: “Há esperança no caminho!”
Essa vocação é assumida por pessoas que se sentiram chamadas por Deus a doarem suas vidas por uma causa. Trata-se da consagração a Deus assumindo os votos de pobreza, castidade e obediência, ingressando numa Congregação ou Ordem Religiosa. Os religiosos e religiosas são os sinais visíveis do amor de Jesus Cristo pela sua Igreja e pelo mundo.
Rezemos pelos religiosos e religiosas, pelos consagrados e consagradas – especialmente as irmãs Filhas de São José – para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. E pelos jovens que sentem o chamado de Deus para a vida consagrada, que possam abraçar com amor e coragem sua vocação.
(adaptado do folder do Mês Vocacional 2009, produzido pela CNBB, disponível aqui e de textos disponíveis aqui e aqui )

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Homenagem aos vovôs e vovós (Semana da Família 02)

Vamos aproveitar a Semana da Família para celebrarmos o Dia dos Avós. Eles representam muito para nós, pois fazem parte de nossa história de vida. Como é belo contemplar no rosto deles a alegria de ter vivido muitos anos neste mundo! A vida é um dom de Deus. E, com certeza, os avós são pessoas que gozam longamente desta dádiva. Neles, descobrimos como Deus é bondoso. O papel dos avós na família vai muito além dos mimos dados aos netos porque, muitas vezes, eles são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes. Deles, aprendemos muitos caminhos e a maneira simples de ser feliz. Não obstante a velhice, eles demonstram que vale a pena continuar adiante, que não devemos desistir nunca diante dos obstáculos.
Peçamos a Deus que nos ajude a sermos netos e netas que respeitam e exercitam a paciência com nossos avós, e a enxergarmos sempre o amor e a ternura que eles tem por nós e que nos transmitem através de seus conselhos.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Semana Nacional da Família

A partir de amanhã, vamos celebrar, em comunhão com a Igreja católica, a Semana Nacional da Família. Com essa Semana, queremos destacar a importância da família, a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade. A família é o lugar privilegiado para forjar no coração do homem os valores perenes, sejam eles espirituais ou civis. E por isso participa decisivamente do desenvolvimento da sociedade.
Para este ano, a Igreja escolheu o tema “Família, Igreja Doméstica, caminho para o discipulado”, lembrando que a família é “a Igreja doméstica” onde Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido. Foi o próprio Deus que nos ensinou que a salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar. Vamos aproveitar essa semana para refletir sobre nossa família e o que estamos fazendo para que ela seja um espaço de convivência saudável e fraterna. Rezemos para que nossa família possa ser sinal da presença de Deus para todos que vivem nela e para os que estão próximos a ela.
(adaptado de texto do padre Luiz Antonio Bento, Assessor da Comissão Episcopal para a Vida e Família e Comissão Nacional da Pastoral Familiar, disponível aqui )

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mobilização (Semana do Estudante 03)

“Deve haver um lugar dentro do seu coração / onde a paz brilhe mais que uma lembrança. / Sem a luz que ela traz já nem se consegue mais / encontrar o caminho da esperança. / Sinta, chega o tempo de enxugar o pranto dos homens / se fazendo irmão, estendendo a mão. / Só o amor muda o que já se fez. / E a força da paz junta todos outra vez. / Venha, já é hora de acender a chama da vida / e fazer a Terra inteira feliz.” (A Paz, Roupa Nova)
Tendo em vista “um outro mundo possível”, a juventude não desanima, mantém viva a esperança e se mobiliza, se organiza! É nessa perspectiva que, como jovens, chamamos os/as demais jovens do Brasil inteiro a se colocarem em marcha contra a violência! Juntos temos forças para insistir seguindo na contramão.
“É missão de todos nós, Deus chama, eu quero ouvir a sua voz!
O Deus que me criou, me quis, me consagrou para anunciar o seu amor.”
(adaptado de subsídio da Semana do Estudante 2009, elaborado pela Pastoral da Juventude da CNBB, disponível aqui )

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Vocação para a vida em família (Mês Vocacional 03)

Além do chamado à vida e o chamado a sermos Filhos de Deus, também podemos realizar nossa vocação na vida em família, chamados a ser pai, a ser mãe, a gerar vida. A família é chamada a constituir a Igreja doméstica. É na família que é possível expressar as mais variadas formas de amor: na entrega mútua do amor conjugal, entre os esposos; no exercício do amor paternal/maternal, amando, protegendo e educando os filhos para que se integrem na comunidade e na sociedade; no amor filial, com o qual os filhos expressam aos pais a gratidão por tudo que lhes concederam; no amor fraternal, entre os irmãos, com o qual se vive a experiência do amor oblativo e caritativo, permitindo às crianças e aos jovens perceberem que há um círculo maior de pessoas além da família e começarem a compreender que somos todos irmãos. É aí que se desenvolve a sensibilidade aos problemas do mundo.
Além de constituir família, os leigos tem um importante papel na transformação da sociedade. Inseridos na sociedade como fermento na massa, sal que dá sabor e luz que ilumina os difíceis caminhos, podem ser sinais visíveis de Jesus Cristo na família, no trabalho, na política, na economia, na educação, na saúde pública, nos Meios de Comunicação Social, nos órgãos públicos, nos esportes, no serviço liberal e em tantos outros espaços no meio da sociedade. Nesses espaços, tem a possibilidade de praticar sua fé e seu amor a Deus em quaisquer situações, participando com fidelidade e criatividade da construção de um mundo novo.
Rezemos para que os que foram chamados por Deus a viver a vida em família sejam perseverantes no sim que disseram ao seu companheiro e construam famílias que sejam presença de Deus para quem nela vive.
(adaptado de texto disponível aqui )

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Construção da paz (Semana do Estudante 02)

JOVEM DA VILA CRUZEIRO RECEBE PRÊMIO INTERNACIONAL PELA PAZ
Em meio ao cotidiano de confronto entre policiais e traficantes que se estendeu durante meses na Vila Cruzeiro, na Penha (Rio de Janeiro), em 2007, uma jovem teve a iniciativa de se manifestar contra a violência na comunidade. Mayra Avellar Neves, então com 15 anos, teve a ideia de promover uma passeata para pedir que os “caveirões” (viaturas blindadas) da polícia, ao menos, não realizassem operações no horário escolar.
A atitude da menina, que reuniu mais de 300 pessoas, não só conseguiu diminuir o número de confrontos na favela, mas também foi reconhecida como uma ação que representa a luta pela paz e conferiu à Mayra o “International Children's Peace Prize” (Prêmio Infantil da Paz). A premiação, equivalente ao Nobel da Paz, só que para crianças e adolescentes, é entregue pela Fundação Kidsrights, na Holanda.
(Fonte: Jornal Extra Online. Publicado em 25/04/2009. Disponível aqui )

A indignação com a situação de violência contra a juventude precisa se transformar em intervenção eficaz na realidade em que estamos inseridos. Se nos sensibilizamos porque passamos pela aflição psicológica, física, social, etc. e/ou porque conseguimos sentir em nós a dor do próximo, importa ir além e agir. Mas nada disso faz sentido se acontece apenas no plano individual. No grupo, na comunidade, podemos viver a fé porque temos fé na vida. Assim, a sede de justiça se converte na construção da paz, porque “a paz é fruto da justiça”, é um processo totalmente alternativo à “paz do cemitério”. Como escreveu Marcelo Yuca, “Paz sem voz não é paz, é medo...”.
(adaptado de subsídio da Semana do Estudante 2009, elaborado pela Pastoral da Juventude da CNBB, disponível aqui )

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Deus é pai

Quando o sol ainda não havia cessado o brilho,
quando a tarde engolia aos poucos
as cores do dia e despejava sobre a terra
os primeiros retalhos de sombra
eu vi que Deus veio assentar-se
perto do fogão de lenha da minha casa.
Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
e buscou um copo de água no pote de barro
que ficava num lugar de sombra constante.

Ele tinha feições de homem feliz, realizado.
Parecia imerso na alegria que é própria
de quem cumpriu a sina do dia e que agora
recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.

Eu olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
em que tenho direito de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
puxar a caneta do seu bolso
e pedir que ele desenhasse um relógio
bem bonito no meu braço.
Mas aquele homem não era Deus,
aquele homem era o meu pai.
E foi assim que descobri
que meu pai, com seu jeito finito de ser Deus,
revelava-me Deus com seu jeito infinito de ser homem.

(padre Fábio de Melo; texto disponível aqui )

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Juventude em marcha contra a violência (Semana do Estudante 01)

A Pastoral da Juventude Estudantil, juntamente com outras pastorais de juventude da Igreja católica, promove entre os dias 10 e 16 de agosto, a Semana do Estudante 2009, com o lema “Juventude em marcha contra a violência”. O tema segue a perspectiva da Campanha da Fraternidade 2009 “A paz é fruto da justiça (Is 32, 17)”, com o desafio de denunciar a violência contra a juventude e anunciar uma alternativa inspirada na Boa Nova trazida ao mundo por Jesus Cristo. Essa alternativa à qual ansiamos passa pela movimentação organizada da juventude, embora não se esgote nela. O protagonismo juvenil é um princípio permanente para nós e hoje, mais do que nunca, precisa ser reforçado como condição indispensável à construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Para refletir sobre o tema, a Pastoral da Juventude propõe 3 eixos, que vamos refletir nos próximos dias: Sede de Justiça, Construção da Paz e Mobilização.

Sede de justiça

Na medida em que nos deparamos com as mais diversas formas de violência, não podemos perder de vista a capacidade de nos indignarmos, a sensibilidade necessária e a consequente sede de justiça. Inspirados pelo Evangelho, não conseguimos ficar calados nem parados diante das injustiças: estamos atentos para não sermos cúmplices de todo tipo de violência que afasta as pessoas umas das outras e, portanto, as afasta de Deus. Também encontramos força para lutar contra o projeto de sociedade que gera violência, atingindo principalmente a juventude. Nossa fome por mudanças aumenta e, à luz da Palavra de Deus, cremos que podemos ser saciados.
Ter sede de justiça é ter sede de vida! Pense um pouco: como podemos lutar por uma vida justa e digna?
(adaptado de subsídio da Semana do Estudante 2009, elaborado pela Pastoral da Juventude da CNBB, disponível aqui )

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Vocação para os Ministérios Ordenados (Mês Vocacional 02)

Nossa vocação fundamental – de seres humanos, de Filhos de Deus – realiza-se de uma forma específica para cada pessoa dentro da Igreja. Entre as várias possibilidades, existem aqueles que recebem o sacramento da Ordem, ou seja, os diáconos, os padres e os bispos. São ordenados para o serviço à comunidade, para organizar os demais serviços. Trata-se de um ministério em função dos outros serviços da comunidade.
Desde que Jesus confiou a São Pedro o cuidado e pastoreio do rebanho, a Igreja sabe que a origem do ministério ordenado está no seguimento de Jesus e no seu chamado aos apóstolos, a quem confiou a missão de evangelizar. Ao padre - pai - compete ser sinal da unidade de todo o povo de Deus, contribuindo, pela caridade pastoral, para a edificação e o crescimento da comunidade, de forma que ela seja cada vez mais evangelizadora e missionária. Realizando, assim, a missão recebida de Deus como um dom, os ministros ordenados podem proclamar: “Há esperança no caminho!”
Vamos rezar para que os jovens chamados por Deus para os ministérios ordenados sejam perseverantes em sua caminhada de discernimento e formação, preparando-se integralmente para o serviço ao Povo de Deus.
(adaptado do folder do Mês Vocacional 2009, produzido pela CNBB, disponível aqui e de texto disponível aqui )

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O que é vocação? (Mês Vocacional 01)

Neste mês de agosto, a Igreja nos propõe refletirmos sobre as vocações. Você sabe o que é isso?
A palavra vocação vem do latim “vocare” que significa chamado. Todos nós somos chamados, de uma forma ou de outra a fazer algo, a alguma coisa. E quem chama sempre deseja alguma resposta da pessoa a quem chama. Deus não age de forma diferente. Só que, ao chamar, antes de pedir, Ele dá. Deus chamando o homem lhe dá a vida, a existência, e com a vida, dá-lhe também a liberdade.
Depois de ter chamado o homem para a vida, Deus torna a chamá-lo, porque há muitas coisas que Deus deseja fazer no mundo através do homem. Deus não quer mais agir sozinho. Por isso, quando Deus chama, Ele chama para pedir alguma coisa, confiar alguma missão. O chamado de Deus é sempre um desafio:
1. Ao sermos chamados à vida, nos comprometemos a cumprir uma determinada missão para que todos os outros possam viver bem. 2. Ao sermos chamados à fé, pelo batismo, nos comprometemos a seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e a colaborar com os homens na busca da verdade e do bem, vivendo como irmãos. 3. Ao sermos chamados a um estado de vida (sacerdotal, religiosa, matrimonial) assumimos um compromisso específico com a comunidade humana, de ajudá-la a encontrar a felicidade.
Para que isso aconteça é indispensável que cada um faça desabrochar e fortificar a vocação que está em seu interior. As capacidades e dons que temos devem estar voltados para as necessidades dos outros. Quanto mais o homem está voltado para o outro, mais realizado e feliz será. O verdadeiro amor é o que busca a felicidade do outro e não a própria.
E você? Já pensou sobre a sua vocação? Qual o chamado de Deus para você?
(adaptado de texto elaborado pelo Serviço de Animação Vocacional, disponível aqui )

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Bem-vindos!!

“Você que está chegando, bem-vindo, seja bem-vindo! Só estava faltando você aqui!”
A letra dessa música explica muito bem o que todos nós estávamos sentindo: a escola estava muito triste sem vocês, alunos e professores. Vocês trazem vida para a escola! Aliás, vocês são a vida de nossa escola. Sejam bem-vindos!! Vamos recomeçar as aulas reencontrando os amigos, os professores, ouvindo e contando histórias. Mas também vamos recomeçar nossas atividades de estudo, cumprindo nossas responsabilidades e procurando enfrentar nossas dificuldades. O 2º semestre é a reta final do ano letivo. É o período decisivo para muitos que precisam melhorar suas notas. Por isso, mãos à obra! Comece desde já a organizar suas coisas e a retomar o ritmo da escola.
Tudo isso para que você possa curtir as próximas férias com tranquilidade.E para retomar as nossas reflexões com a Oração do Dia, vamos refletir sobre o que podemos fazer quando todo mundo diz que não há nada mais a fazer. Você já ouviu falar em “sopa de pedra”?

Sopa para todos

Um estrangeiro, que se dirigia a uma pequena vila, parou diante de uma pobre cabana e pediu à senhora, que estava sentada diante da porta, qualquer coisa para comer.
- Sinto muito, senhor, mas não tenho nada.
- Não se preocupe, disse o estrangeiro. Eu tenho na sacola uma pedra para sopa. Se a senhora deixar que eu a coloque numa panela de água fervendo, eu preparo a mais deliciosa sopa do mundo. Preciso apenas e uma panela grande, por favor.
A senhora estava curiosa. Deu-lhe a panela e foi confiar o segredo da pedra para a sopa a uma vizinha. Quando a água começou a ferver, estavam aí todos os vizinhos para ver o estrangeiro e a sua pedra. Ele colocou a pedra na água, depois experimentou e disse com simplicidade:
- Que delícia! Falta só um pouco de batata.
- Eu tenho batatas na cozinha, disse uma vizinha.
Poucos minutos depois estava de volta com uma grande quantidade de batatas cortadas em pedaços, que foram colocados na panela. O estrangeiro experimentou novamente:
- Excelente... Se houvesse um pouco de carne e um pouco de verdura, teria um sabor refinado.
Outra mulher correu até sua casa para pegar um pouco de carne e outra foi buscar verduras. Depois de colocar tudo na panela, o estrangeiro experimentou o caldo e disse:
- Falta um pouco de sal.
- Ei-lo, disse a dona da casa.
- Tigelas e pratos para todos! - falou o estrangeiro.
As pessoas correram para pegar pratos e tigelas, e alguns trouxeram também frutas e mandioca. Todos se sentaram em torno ao estrangeiro que distribuía a sopa para todos em abundância.
Todos sentiram uma estranha felicidade: riam, falavam, comiam juntos. O estrangeiro, depois de permanecer um pouco com eles, desapareceu silenciosamente, em meio à alegria geral. Deixou, porém a pedra milagrosa para que pudessem usá-la todas as vezes que quisessem preparar a melhor sopa do mundo.
(Anthony de Mello, disponível aqui )