sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Missão: parte integrante da identidade cristã (Mês Missionário 08)

Encerrando o Mês Missionário, vamos relembrar um pequeno trecho do Documento de Aparecida, escrito pelos bispos católicos da América Latina, reunidos na cidade de Aparecida do Norte/SP, em 2007. Nesse trecho, os bispos nos lembram que seguir a Jesus é muito mais do que ir à missa ou rezar sozinho dentro de casa:

“Ao chamar os seus para que O sigam, Jesus dá-lhes uma Missão muito precisa: anunciar o Evangelho do Reino a todas as nações. Por isto todo discípulo é missionário, pois Jesus o faz partícipe de Sua Missão, ao mesmo tempo que o vincula a Ele como amigo e irmão. Desta maneira, como Ele é testemunha do mistério do Pai, assim os discípulos são testemunhas da morte e ressurreição do Senhor, até que Ele volte. Cumprir essa Missão não é tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã, porque é a extensão testemunhal da própria vocação” (Documento de Aparecida, 144).

Portanto, se você se considera um cristão, você também precisa ser um missionário, que leva o Evangelho a todos os lugares. Os ambientes em que você convive com outras pessoas podem estar precisando do seu testemunho de cristão: família, escola, clube, comunidade, grupo de amigos, etc.
Pense nisso: como você pode testemunhar os ensinamentos de Jesus nesses ambientes?

(adaptado do folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Doze pratos

Um príncipe chinês orgulhava-se de sua coleção de porcelana, rara e de antiga procedência, constituída por doze pratos de grande beleza artística e decorativa. Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de uma circunstância fortuita. A notícia tomou conta do Império, e, às vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso que se comprometeu a devolver a ordem à coleção, se o servo fosse perdoado.
Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel. Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas.
Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, ele disse:
– Aí estão, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Já que essas porcelanas valem mais do que as vidas e, considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos, nada valem.
Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.
(autor desconhecido)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A ecologia pelo avesso (II) (Mês Missionário 07)

Tanzânia 1994. O missionário padre Camilo Calliari, realizou, nas aldeias da região de Kipengere, no planalto meridional da Tanzânia, a 2 mil metros de altitude (Diocese de Njombe), um pólo de desenvolvimento admirado e proposto como modelo pelas autoridades. O que mais importa é que conseguiu a participação do povo do lugar, que o segue com paixão: chamam-no com carinho de “baba” (pai) Camilo.
As realizações de “baba” Camilo e do seu povo, em trinta anos de trabalho, impressionam, mesmo olhando apenas a sua lista: hospital com 78 leitos (400 nascimentos por ano); construção e conserto de estradas com recursos próprios, quase todos vindos da Itália; fazenda experimental de 200 hectares cultivada com métodos modernos (pela primeira vez se produz trigo a 2 mil metros); criação de vacas leiteiras (as vacas africanas produzem um litro de leite por dia) e difusão do leite nas famílias; a fábrica-escola para a produção de queijo, produção de vinho com uva do lugar; moinho que trabalha em tempo integral para o pessoal; escola de marcenaria com 30 jovens residentes e muitos externos; oficina-escola mecânica para conserto de máquinas de todo tipo; escolas...
O desenvolvimento dos povos precisa, sobretudo, de educadores. Os missionários dão o exemplo.
(adaptado de texto do padre Piero Gheddo, reproduzido no folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A ecologia pelo avesso (I) (Mês Missionário 06)

No norte de Burkina Fasso, na África, terras queimadas pelo sol, multidões de retirantes que se deslocam na noite (de dia o calor atinge os 42-45 graus na sombra) em direção aos campos de refugiados do sul. O deserto traga as pequenas cidades como Dori, Oahigouya, Ziniaré. Não há água, os leitos dos rios estão ressequidos, as bombas, nas aldeias, em grande parte, quebradas.
Nesta situação apocalíptica, em duas regiões os campos ostentavam o seu verde. Por toda parte açudes e canais cheios de água, roças e chácaras cultivadas, barreiras de árvores contra o vento carregado de areia do deserto. No meio, as fazendas-escola de Goundi e de Nanoro onde, há 40 anos, os Irmãos da Sagrada Família de Chieri (Itália) ensinam a rapazes e moças como segurar e conservar a água, adubar e cultivar o terreno, criar animais domésticos, consertar as bombas dos poços.
Os Irmãos da Sagrada Família de Chieri, rijos camponeses italianos piemonteses, fundaram duas fazendas-escola, nas quais hospedam 30 rapazes e 30 moças durante três anos. Encaminham-nos aos trabalhos agrícolas e depois os mandam de volta a suas aldeias, ajudando-os a fundar cooperativas e a transmitir aos outros os ensinos recebidos. O Ir. Silvestre, o mítico fundador da fazenda-escola de Goundi, dizia-me: – As maiores dificuldades encontradas não são as de caráter técnico. Os jovens africanos têm uma inteligência pronta, viva, aprendem logo. O problema dos problemas é a resistência do ambiente à introdução de novas técnicas, o peso dos idosos que defendem a tradição, a mentalidade comum avessa às mudanças. Precisa paciência, amizade, educação. É preciso dar tempo ao tempo.
O ministro da agricultura de Burkina Fasso disse: – Se, em lugar de duas fazendas-escola, tivéssemos 50 ou 60, o problema seca não existiria.
(adaptado de texto do padre Piero Gheddo, reproduzido no folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A menina do leite

A menina não cabia em si de felicidade. Pela primeira vez iria à cidade vender o leite de sua vaquinha. Trajando o seu melhor vestido, ela partiu pela estrada com a lata de leite na cabeça. Enquanto caminhava, o leite chacoalhava dentro da lata. E os pensamentos faziam o mesmo dentro da sua cabeça:
– Vou vender o leite e comprar uma dúzia de ovos. Depois, choco os ovos e ganho uma dúzia de pintinhos. Quando os pintinhos crescerem, terei bonitos galos e galinhas. Vendo os galos e crio as frangas, que são ótimas botadeiras de ovos. Choco os ovos e terei mais galos e galinhas. Vendo tudo e compro uma cabrita e algumas porcas. Se cada porca me der três leitõezinhos, vendo dois, fico com um e ...
A menina estava tão distraída que tropeçou numa pedra, perdeu o equilíbrio e levou um tombo. Lá se foi o leite branquinho pelo chão. E os ovos, os pintinhos, os galos, as galinhas, os cabritos, as porcas e os leitõezinhos pelos ares.
Moral da história: “Não se deve contar com uma coisa antes de consegui-la.”
(fábula de Esopo)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

História da criação e da destruição do mundo (Mês Missionário 05)

Então vi que tudo era bom, muito bom. Hoje vejo que tudo vai mal, muito mal. No primeiro dia eu criei a luz: o sol para o dia, a lua para a noite. Mas vocês obscureceram o dia com nuvens de fumaça, e perturbaram a calma da noite com luzes artificiais. No segundo dia dividi as águas das terras e lhes dei a água restauradora e a terra fecunda. Mas vocês poluíram os córregos, os rios e os mares, e envenenaram a terra. No terceiro dia fiz crescer a vegetação, todos os tipos de plantas e árvores. Mas vocês mataram as florestas e os campos com as chuvas ácidas. Depois criei os seres das águas, pequenos e grandes, e todos os tipos de aves. Mas vocês destruíram imensas quantidades de peixe com o petróleo derramado e produtos químicos; acabaram com as borboletas e os passarinhos. E criei todos os tipos de seres vivos, dos animais rastejantes aos silvestres. Mas vocês os aniquilaram sem respeito ou os mantém como atração nos zoológicos. Enfim criei o homem e a mulher, imagens de mim mesmo, e lhes entreguei toda a Criação. Mas vocês são maus administradores e destruíram a obra das minhas mãos. No sétimo dia descansei, e ordenei que vocês também descansassem nesse dia. Mas no final de semana vocês não descansam: vão de uma diversão à outra, de um recorde a outro, sem nenhum sentido. Volte, povo meu, ao seu Deus, pensem em vocês mesmos e nos seus descendentes, que acabarão por herdar esta terra que agora é de vocês.
(texto de Walbert Buhlmann, reproduzido no folder “Celebrações Missionárias 2009”,
elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível
aqui )

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Marcha pela Paz e Não-Violência

No último dia 02 de outubro, aniversário do nascimento de Gandhi e declarado pelas Nações Unidas como “Dia Internacional da Não-Violência”, teve início a Marcha Mundial Pela Paz e a Não Violência. A Marcha começou na Nova Zelândia e terminará na Cordilheira dos Andes, aos pés do Monte Aconcágua, em 2 de janeiro de 2010. Durante estes 90 dias, a Marcha passará por mais de 90 países e 100 cidades, nos cinco continentes. Cobrirá uma distância de 160.000 km por terra, além de alguns trechos por mar e por ar. Uma equipe base permanente de cem pessoas de diversas nacionalidades fará o percurso completo.
A marcha é uma iniciativa do “Mundo sem Guerras”, uma organização internacional que trabalha há 15 anos no campo do pacifismo e da não-violência. No entanto, a Marcha Mundial será construída por todos. Em sua passagem pelas cidades, serão realizados todos os tipos de fóruns, encontros, festivais, conferências e eventos (esportivos, culturais, sociais, musicais, artísticos, educativos, etc.) que irão sendo organizados à medida que surjam iniciativas em cada lugar. É uma marcha das pessoas e para as pessoas, que pretende chegar à maioria da população mundial. Portanto, não se trata de algo fechado e sim de um percurso que irá se enriquecendo graças às atividades que se coloquem em marcha conforme as diversas iniciativas. Os canais de participação são múltiplos, destacando a participação virtual através da internet.
E você? Também vai participar?
(texto disponível no site oficial da Marcha)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Casal missionário recupera meninos de rua (Mês Missionário 04)

Resgatar crianças pelas ruas de um país no qual a pobreza e a ignorância formam um círculo vicioso: este é o ideal de Artur Mottola, psicólogo de 47 anos, e Victória, sua esposa, há 15 anos vivendo em Yacuiba, Bolívia, onde fundaram um centro de acolhida para jovens, chamado Anjo da Guarda. A motivação que impulsiona este casal é seguir Jesus pobre, servo e sofredor, compartilhando diretamente a vida dos últimos, como uma verdadeira Missão. Deixaram sua Pátria, a Itália, confiantes de terem sido chamados a viver esta realidade, diante das grandes necessidades das crianças da América Latina. Na Bolívia, estima-se que 800 mil crianças e adolescentes são objeto de diversos tipos de exploração: trabalho infantil, sexo, narcotráfico...
“Estamos tentando enfrentar esta situação em diversos setores: reabilitação dos jovens dependentes de drogas, crianças abandonadas nas ruas, menores com necessidades especiais... Abrimos também um centro de acolhida diurno, que favorece as famílias que não têm com quem deixar os filhos, enquanto os pais trabalham.”
No início, esta obra contava com 30 crianças, e tem atingido quase uma centena nos últimos meses. As famílias também estão se beneficiando com a segurança de manter seus filhos resguardados no centro diurno. “Temos vivido momentos intensos de fraternidade e de amizade com essas famílias. Desejamos, com a nossa presença, ser um testemunho de que o amor cristão pode construir soluções e alternativas que o Estado não consegue oferecer.”
(adaptado de texto da revista Mundo e Missão, outubro de 2008, reproduzido no folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quem foi Santa Gianna??

No último dia 08, Dia do Nascituro, uma frase colocada na Oração do Dia chamou a atenção de todos:

“Caso tenha que escolher entre mim e o bebê, não hesite , – e eu o exijo – escolha o bebê. Salve-o!” (Santa Gianna)

Mas, quem foi Santa Gianna?
Gianna Beretta Molla nasceu em Magenta (Milão, Itália) em 1922. Na infância, aprendeu com seus pais a considerar a vida como um dom maravilhoso de Deus. Formou-se médica pediatra e sempre deu especial atenção às mães e crianças mais pobres. Questionando-se sobre sua vocação, optou pela vocação matrimonial, casando-se com o engenheiro Pietro Molla, em 1955. Em 1959, já era mãe de 3 filhos: Pierluigi (1956), Mariolina (1957) e Laura (1959). Em 1961, no final do segundo mês de sua quarta gestação, foi descoberto um fibroma em seu útero. Três opções lhe foram apresentadas: retirar o útero doente, o que ocasionaria a morte da criança; abortar o feto; ou a mais arriscada, submeter-se a uma cirurgia de risco e preservar a gravidez. Escolheu a última e, com o sucesso da cirurgia, passou os últimos sete meses de gravidez com admirável força de espírito e com a mesma dedicação de mãe e de médica. Alguns dias antes do parto, sabendo dos riscos que corria, demonstrou-se pronta a sacrificar sua vida para salvar a do filho: "Se deveis decidir entre mim e o filho, nenhuma hesitação: escolhei – e isto o exijo – a criança. Salvai-a!" Sua filha, Gianna Emanuela, nasceu na manhã do dia 21 de abril de 1962. A mãe teve a filha nos braços apenas por breves instantes. Apesar dos esforços para salvar a vida de ambas, na manhã de 28 de abril, em meio a atrozes dores, a mãe Gianna morreu santamente. Tinha 39 anos. Seus funerais transformaram-se em grande manifestação popular de comoção, de fé e de oração. No dia 16 de maio de 2004, o Papa João Paulo II declarou santa a médica italiana Gianna Beretta Molla (1922-1962), que deu a vida por sua filha, preferindo morrer a praticar um aborto.
(adaptado de texto disponível aqui )

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dia Mundial das Missões (Mês Missionário 03)

No último domingo, a Igreja celebrou o Dia Mundial das Missões. O papa Bento XVI enviou uma mensagem especial a todos os cristãos católicos, destacando a importância das missões na caminhada da Igreja. Ele lembrou que “o objetivo da Missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminho para Deus na história, a fim de que n’Ele encontrem a sua plena realização”. Destacou que “a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo”. “A Missão da Igreja é ‘contagiar’ de esperança todos os povos, chamar todos os povos à salvação realizada por Deus por meio de seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, que é fermento de liberdade e progresso, fraternidade, união e paz.” Portanto, a Igreja tem como objetivo fundamental transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor.
(adaptado de mensagem elaborada pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A missão do professor

Professor(a), amanhã comemoramos o seu dia. Mas essa lembrança não se reduz apenas a um dia, porque você passa pela vida das pessoas fazendo o bem como “a flauta, através da qual, o murmúrio das horas, se transforma em melodia”. Esse apoio muitas vezes chega através de uma palavra. Outras vezes, pela escuta. Ou ainda no acolhimento silencioso e – porque não? – em forma de uma prece, do seu coração. Prossiga no ideal, sem olhar para trás, contemplando o bem que realizou. Só assim você terá a certeza de que sua gratuidade e doação fizeram muitas pessoas alçarem o vôo para a liberdade. Parabéns, professor, não só por este dia, mas por toda a sua dedicação, pois em muitas manhãs, tardes e noites você já não conheceu a palavra descanso, dando sempre o melhor de si. Obrigado por tudo!
(texto de Celina Helena Weschenfelder, disponível aqui )

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Você, criança!

Você criança, que vive a correr, é a promessa que vai acontecer, é a esperança do que poderíamos ser, é a inocência que deveríamos ter. Você criança, de qualquer idade, vivendo entre o sonho e a realidade, espalham pelas ruas da cidade suas lições de amor e de simplicidade! Criança que brinca, corre, pula e grita, mostra ao mundo como se deve viver cada momento: feliz, como quem acredita em um mundo melhor que ainda vai haver! Você é como um raio de luz a iluminar os nossos caminhos, assemelhando-se ao Menino Jesus, encanta-nos com todo teu carinho!
Você é a criança que um dia vai crescer! É a promessa que vai se realizar!
É a esperança da humanidade se entender! É a realidade que o adulto precisa ver... e também aprender a ser.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil

Na próxima segunda-feira, dia 12 de outubro, comemoramos o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Você sabe por que ela ganhou esse nome? Foi nesse mesmo dia, em 1717, que os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso encontraram a imagem. Eles pescavam no rio Paraíba, ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia. Até que a rede lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo no rio, pescaram desta vez a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os 15 anos seguintes, a imagem permaneceu com a família de um dos pescadores e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. Com o passar do tempo a imagem foi sendo chamada pelo povo de Senhora da Conceição Aparecida e depois, simplesmente, Aparecida, que deu origem à cidade de mesmo nome. Foi necessária a construção de uma capela, depois de uma igreja e, mais recentemente, de uma grande basílica que recebe um grande número de fiéis todos os anos, que vão a Aparecida para pedir e agradecer a Nossa Senhora.
É bom lembrar que nós louvamos, porém não adoramos Maria. Nós a louvamos porque é Mãe de Deus, porque respondeu sim, não em favor próprio, mas em benefício de todas as pessoas. Maria não é “deusa” e, portanto, Maria não salva a ninguém. Mas ela é intercessora, medianeira, advogada nossa junto de Deus.
“Consagrar-se a Maria significa deixar-se ajudar pelo seu exemplo e pela sua intercessão, para encontrar o verdadeiro sentido da vida cristã determinado pelo batismo. Como poderíamos viver o nosso batismo sem contemplar Maria, a bendita entre todas as mulheres, que tão bem recebe o dom de Deus?” (Papa João Paulo II).

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dia do Nascituro (Semana Nacional da Vida 04)

Hoje encerramos a Semana Nacional da Vida, celebrando o Dia do Nascituro. Mas quem é o Nascituro? É o ser humano já concebido que se encontra no ventre materno. Portanto, ainda não veio à luz, mas espera-se que nasça dentro de um futuro próximo. Este ser humano possui o direito de ser respeitado na sua integridade e dignidade como a de qualquer pessoa já nascida.

“Caso tenha que escolher entre mim e o bebê, não hesite, -- e eu o exijo -- escolha o bebê. Salve-o!” (Santa Gianna)

“Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos Aids, mas matar crianças inocentes não nos assusta.” (Madre Teresa de Calcutá)

(texto adaptado de folder elaborado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disponível aqui )

Oração

Nós vos louvamos, Senhor, Deus da Vida. Bendito sejais, porque nos criastes por amor. Vossas mãos nos modelaram desde o ventre materno. Nós vos agradecemos pelos nossos pais, famílias e todas as pessoas que cuidam da vida humana desde o seu início até o fim. Em Vós somos, vivemos e existimos. Abençoai todos e todas que zelam pela vida humana e a promovem. Abençoai as gestantes e todos os profissionais da saúde. Dai às pessoas e às famílias o pão de cada dia, a luz da fé e o amor fraterno. Abençoai nossos nascituros, nossas crianças, nossos jovens, nossos adultos e nossos idosos, para que tenham vida plena em Jesus, que ofereceu sua vida em favor de todos. Amém.

(texto de Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da CNBB, disponível aqui )

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Amor e vida (Semana Nacional da Vida 03)

A família reclama o acolhimento alegre e responsável da vida que nasce, o respeito e a defesa de cada existência humana, o cuidado por quem sofre ou passa necessidade, a solidariedade com os idosos, os doentes, os deficientes, a qualidade de vida, a responsabilidade com a segurança pública, a segurança na estrada e no trabalho.
Com este tema, a Igreja no Brasil faz um forte apelo para que a “Semana Nacional da Vida” seja um espaço privilegiado para anunciar, debater e esclarecer as pessoas sobre a grandeza e o valor da vida e contribuir, a fim de que a família seja reconhecida e vivida como lugar de realização humana, a mais intensa possível na experiência de paternidade, de maternidade e filiação.

“É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado.” (Madre Teresa de Calcutá)

“O amor é a fruta da época de todas as estações e está ao alcance de cada mão. Qualquer um pode colhê-lo, sem limites estabelecidos.” (Madre Teresa de Calcutá)

(texto adaptado de folder elaborado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disponível aqui )

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Missionário, mediador da paz (Mês Missionário 02)

É um momento difícil para o padre Angel Calvo, missionário claretiano em Zamboanga, no sul da Filipinas. Durante muitos anos colaborou para as negociações da libertação de pessoas sequestradas pelos rebeldes e milicianos. Desta vez ele negocia a libertação de uma amiga, Esperancita Hupita, voluntária da associação cristão-muçulmana Nagbilaab para o desenvolvimento e a paz, que o missionário ajudou a fundar na Ilha de Basilan. Esperancita foi capturada juntamente com Milet Mendoza, voluntária do Christian Children’s Fund, no dia 15 de setembro, por um grupo armado não identificado. Desde então, o padre Calvo mexe seus pauzinhos, a fim de conseguir um contato com os sequestradores.
“Ser mediador é uma parte inseparável da vida de um missionário”, afirma o religioso, há 33 anos nas Filipinas, que se tornaram o seu segundo lar, mesmo sem esquecer a “linda Valladolid”, cidade da Espanha em que nasceu.
“A Missão é sempre uma missão de paz, de reconciliação, para curar as feridas deixadas pela guerra, pelo ódio e preconceito. Todo dia trabalhamos para construir uma nova cultura de paz e fraternidade, que na nossa experiência dizemos que é cristã, mas que está na base também de outras crenças.”
Zamboanga é uma das áreas mais sensíveis do arquipélago. Nela vivem juntos cristãos, muçulmanos e tribais, imprensados no meio do conflito entre o governo central e as várias facções de rebeldes muçulmanos e comunistas.
“O diálogo é a condição fundamental para a Missão na Ásia: o diálogo com os pobres, com as diferentes culturas, com as outras religiões, numa verdadeira dimensão de participação e respeito.”
Nas Filipinas o nome do missionário espanhol está ligado a dezenas de iniciativas para a paz e estreita cooperação entre cristãos e muçulmanos, incluindo o Movimento Inter-Religioso pela Paz, organização de grupos católicos, protestantes, muçulmanos e indígenas, da qual ele é o presidente. “Nestes dias do Ramadã, os membros islâmicos do grupo foram bastante ativos, convidando os cristãos a participar dos momentos do encerramento do jejum: um ato espiritual, no qual, após se purificar com o jejum, agradecem a Deus pela sua misericórdia”, afirma o religioso. É este forte entrosamento com a sociedade, fruto de anos de trabalho em comum, que sustenta a esperança de encontrar, também desta vez, o caminho para chegar aos sequestradores de Esperancita e Milet e obter sua libertação. (Misna, 28 de setembro de 2008)
(adaptado do folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Por que a vida é um bem? (Semana Nacional da Vida 02)

No homem, criado à imagem e semelhança de Deus, reflete-se, em cada fase da sua existência, “o rosto do seu Filho Unigênito... Este amor ilimitado e quase incompreensível de Deus pelo homem revela até que ponto a pessoa humana seja digna de ser amada por si mesma, independentemente de qualquer outra consideração: inteligência, beleza, saúde, juventude, integridade, etc. Numa palavra, a vida humana é sempre um bem, porque “ela é, no mundo, manifestação de Deus, sinal da sua presença, vestígio da sua glória” (EV 34; DP 8).
“O homem é chamado a uma plenitude de vida que se estende muito para além das dimensões da sua existência terrena, porque consiste na participação da própria vida de Deus. (...) O Evangelho do amor de Deus pelo homem, o Evangelho da dignidade da pessoa e o Evangelho da vida são um único e indivisível Evangelho.” (EV 2)
(texto adaptado de folder elaborado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disponível aqui )

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Semana Nacional da Vida

A Semana Nacional da Vida, instituída pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2005, ocorre todo ano entre os dias 1 e 8 de outubro. Ela quer ser um convite, um grito, uma proposta em favor da vida, que deve ser a prioridade das prioridades. A opção pela vida e pelos caminhos da vida nos torna promotores da cultura da vida e profetas defensores da vida desde a fecundação até o seu fim natural. Longe de nós, aborto, eutanásia, violência, depredação do meio ambiente e cultura da morte. O reino de Deus é o reino da vida. O Evangelho de Jesus de Nazaré é o Evangelho da Vida e a missão cristã é estar a serviço da vida. Jesus Cristo faz a vida ser bela, grande, livre e eterna. O papa Bento XVI define a vida como o “capital mais precioso da humanidade”.
Há muitos inimigos da vida, como por exemplo, a mentalidade abortista e anti-natalista, a fome, o suicídio, o alcoolismo, as drogas, as epidemias, o cigarro, o stress, a pobreza. Quem suprime a vida perde o sentido do bem, e a sensibilidade pessoal e social.
A Semana Nacional da Vida é um grito em favor das gestantes, da adoção de crianças e adultos, da doação de sangue e de órgãos. Os mandamentos do motorista querem defender a vida no trânsito. “Escolhe pois a vida” (Dt 30,19). Proclamamos a necessidade da “ecologia humana”. Não podemos defender e cuidar de ovos de tartaruga, dedicar amor aos animais e destruir embriões humanos. Tanto a defesa do meio ambiente como a defesa da vida no útero materno exigem uma revisão do estilo de vida que levamos e uma mudança de mentalidade.
(adaptado de texto de dom Orlando Brandes, bispo católico, disponível aqui )

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mês Missionário

Outubro é, para a Igreja Católica no mundo, o período no qual são intensificadas as iniciativas de informação, formação e cooperação em prol da missão universal. O objetivo é despertar a consciência e a vida missionária cristã, e as vocações missionárias. A ação missionária é essencial para a comunidade cristã. Pelo batismo, o cristão é chamado a se reunir, em comunhão, ao redor de Cristo e participar da sua missão, com o testemunho de vida e o anúncio do Evangelho. É convocado a ajudar na criação e na animação das igrejas locais, no esforço para inculturar o Evangelho nas diferentes realidades, a promover o diálogo inter-religioso, a se aproximar dos mais necessitados e a prestar um serviço concreto de caridade. É no coração da humanidade que somos chamados a viver missionariamente o nosso batismo, pois dificilmente encontraremos outro caminho para viver este sacramento, a não ser pelas estradas missionárias, que nos levam a participar de maneira profunda e explícita da natureza da Igreja. Pois a Igreja é por natureza missionária. Dom Pedro Casaldáliga, numa poesia orante, diz: “se sou batizado, sou missionário, se não sou missionário, não sou cristão”.
E você? Está assumindo seu compromisso de cristão missionário? Está testemunhando a Boa Nova de Jesus Cristo em sua família, na escola, na ajuda aos mais necessitados, no trabalho voluntário?
(adaptado de texto de padre Altevir da Silva, disponível aqui e de texto da Revista Família Cristã, disponível aqui )