segunda-feira, 29 de março de 2010

O valor que temos

Conta-se que o dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:
- Senhor Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Poderia redigir o anúncio para o jornal?
Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:
"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda".
Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
- Nem pensei mais nisso, disse o homem. Quando li o anúncio que o senhor escreveu é que percebi a maravilha que tinha.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

sexta-feira, 26 de março de 2010

As Igrejas Cristãs: Igreja Sírian Ortodoxa (CFE 13)

A Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia é uma das Igrejas Orientais e tem suas raízes na comunidade de Antioquia, fundada sobre o alicerce dos apóstolos. “Foi em Antioquia que pela primeira vez os discípulos foram designados com o nome de cristãos” (At 11, 26). A Igreja Sírian Ortodoxa confessa a fé formulada pelo Concílio de Niceia, do ano 325 d.C. Comumente conhecido como “Credo de Niceia”, conserva a verdadeira doutrina sobre Jesus Cristo, apesar das diferenças na interpretação dessa doutrina que surgiram sucessivamente. Está presente no Brasil desde 1950, através dos imigrantes orientais.
(texto retirado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

Rezemos por nossos irmãos ortodoxos, para que se mantenham fiéis às raízes do cristianismo e estejam dispostos ao diálogo com as outras igrejas cristãs, para a proclamação do Evangelho de Jesus Cristo a todos os povos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Outro modo de produzir e de pensar (CFE 12)

A ideia e a prática dominantes de desenvolvimento estão relacionadas à economia de mercado, de modelo capitalista. No entanto, esse não é o único modelo. No Brasil, a maior parte dos alimentos são cultivados por pequenos produtores, embora eles sejam prejudicados pelo agronegócio. Muitos pequenos produtores já perceberam que não conseguirão lugar entre os grandes e, mudando o rumo, avançam em direção à agroecologia. No mundo urbano, já existem redes de economia solidária, que produzem bens e serviços. Existem também empresas assumidas pelos trabalhadores, sob a forma de cooperativa. Essas iniciativas ligam-se a outras que lutam pelo direito de todos por políticas públicas que garantam direitos e qualidade de vida para todas as pessoas.
O desenvolvimento almejado por esses grupos é diferente do modelo capitalista. Suas frentes de luta tem em comum a recuperação da autonomia local; a participação igualitária de todos; a cooperação; a valorização do trabalho como realização humana; o cuidado com a Terra, considerada mãe e não objeto a ser dominado. O centro de tudo é a vida.
(texto adaptado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Realidade difícil de mudar (CFE 11)

Na última década, um bom número de brasileiros saiu do estado definido convencionalmente como “pobreza”. Mas o Brasil confirma hoje a realidade de enorme desigualdade na distribuição de renda e elevados níveis de pobreza. Segundo o Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), em 2007 existiam no Brasil 10,7 milhões de indigentes (ou seja, famintos) e 46,3 milhões de pobres (ou seja, sem acesso às necessidades básicas: alimentação, habitação, vestuário, higiene, saúde, educação, transporte, lazer, entre outras). A população brasileira que vive em estado classificado tecnicamente como “extrema pobreza” continuará a ser indigente. Pessoas nascidas economicamente indigentes correm o risco de assim continuar. Tais pessoas não conseguem, de modo geral, quebrar esse círculo vicioso, a não ser que a sociedade se organize de outro modo, colocando o ser humano acima dos interesses do mercado.
(texto adaptado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

terça-feira, 23 de março de 2010

As Igrejas Cristãs: Igreja Presbiteriana (CFE 10)

A Igreja Presbiteriana Unida do Brasil faz parte da Família Reformada do Protestantismo histórico e é uma das igrejas cristãs presbiterianas. Sua doutrina se baseia nas Escrituras Sagradas. A Igreja Presbiteriana Unida do Brasil foi fundada em 1978 e tem quatro características que definem sua identidade: as relações ecumênicas, o compromisso social, o pluralismo teológico e a democracia eclesiástica. Por essa razão, seu relacionamento com outras denominações e instituições religiosas é pautado pelo no respeito e na aceitação mútua. As maiores concentrações de suas igrejas estão nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, onde fica sua sede nacional.
(texto retirado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

Rezemos por nossos irmãos presbiterianos, para que estejam sempre atentos aos ensinamentos de Cristo e fiéis a seus princípios de compromisso social e relações com as outras igrejas cristãs.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cenoura, ovo ou café?

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido, um outro surgia. Seu pai, um "chef”, levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver. Na primeira, ele colocou cenouras; na segunda colocou ovos; e, na última, pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo. Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma outra tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma terceira tigela. Virando-se para ela, perguntou:
- Querida, o que você está vendo?
- Cenouras, ovos e café - ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso. Ela perguntou humildemente:
- O que isto significa, pai?
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade - água fervendo - mas que cada um reagira de maneira diferente. A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil. Os ovos eram frágeis. Sua casca fina protegia o líquido interior. Mas depois de terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rígido. O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.
- Qual deles é você? - ele perguntou a sua filha. - Quando a adversidade bate a sua porta, como você responde? Você é uma cenoura, um ovo ou um punhado de pó de café?
(autor desconhecido; adaptado de texto disponível aqui )

sexta-feira, 19 de março de 2010

José, o servidor do Senhor

Hoje é o dia que a Igreja reserva à memória de São José, aquele que assumiu a missão de acompanhar e proteger sua esposa, Maria, e o Filho de Deus, Jesus, de quem era pai adotivo. Foi um homem justo e fiel que Deus pôs como guarda de sua casa. “José, o servidor do Senhor” é o padroeiro universal da Igreja, protetor de todas as famílias e modelo dos operários. O papa Bento XVI ressalta o exemplo de São José para todos os que colocam suas vidas a serviço de Deus: “José é sempre atento à voz do Senhor, que guia os acontecimentos da história. Ele está sempre pronto em seguir suas indicações, sempre fiel, generoso e despreendido de si no serviço. Ele é mestre eficaz de oração e de trabalho na vida humilde de Nazaré. Quanto mais progredimos no caminho de consagração de nossa vida a Deus, tanto mais experimentamos a riqueza de frutos espirituais de olhar para São José e invocar o seu auxílio em nosso cotidiano.”
(adaptado de trechos do livreto “Novena de São José”, do Instituto das Filhas de São José)

Que todos nós, olhando para a vida de São José – uma vida humilde, laboriosa, confiante, própria de quem está continuamente na presença de Deus – possamos entender que essa é a vida dos verdadeiros seguidores de Cristo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

José e o trabalho como expressão de amor

José não se esquecia que tanto ele como os demais membros da Sagrada Família eram pessoas humanas e, portanto, necessitavam do pão de cada dia. Para conseguir esse sustento diário e ter o necessário para as despesas familiares, era imprescindível o trabalho do chefe da família. Maria também colaborava com seus afazeres de dona de casa: usava um pequeno instrumento de tecelagem, preparava e consertava roupas, além dos demais trabalhos domésticos. José se apoiou no ofício que conhecia, o de carpinteiro. Na época, o carpinteiro era o artífice da madeira, do ferro e da pedra. Era o homem mais solicitado para os diversos trabalhos da aldeia, seja firmando as vigas de uma casa, seja fabricando móveis para as residências. Preparava também os ferrolhos (as fechaduras) para as casas da vila; medidas para colocar o azeite; arcas para guardar o pão; silos de pedra ou caixas feitas de barro amassado com palha, para guardar cereais; arados e debulhadoras para o campo; ferramentas de ferro para cortar cevada e trigo; banquinhos e mesas. Com tudo isso, São José fez do trabalho uma verdadeira expressão de amor a Maria e a Jesus.
(texto adaptado de trecho do livro “O operário padrão”, de padre Antonio Carvalho)

Que a exemplo de São José possamos fazer de nosso trabalho, de nossas tarefas diárias, uma expressão de amor às pessoas que convivem conosco.

quarta-feira, 17 de março de 2010

José, o homem do silêncio

O silêncio de São José é permeado de contemplação do mistério de Deus, em atitude de total disponibilidade à vontade divina. Em síntese, o silêncio de São José não manifesta um vazio interior mas, ao contrário, a plenitude da fé que ele traz no coração e que orienta todos os seus pensamentos e todas as suas ações. Um silêncio graças ao qual José, em uníssono como Maria, conserva a Palavra de Deus, conhecida através das Sagradas Escrituras, comparando-a continuamente com os acontecimentos da vida de Jesus; um silêncio impregnado de oração constante, de benção do Senhor, de adoração de sua santa vontade e de confiança sem reservas na sua providência.
(trecho da Exortação Apostólica “Redemptoris Custos” – “O Guarda do Redentor”, do papa João Paulo II, citada pelo papa Bento XVI)

Que o exemplo de São José nos ajude em nossa caminhada, nos momentos em que devemos silenciar e confiar na Providência Divina.

terça-feira, 16 de março de 2010

José, o guardião da Família de Nazaré

A Sagrada Família de Nazaré é apontada como fundamento exemplar do valor comunitário e nela José é o modelo de servidor e guardião da família. José assumiu em relação a Maria os deveres de esposo e lhe proporcionou amor, sustento, proteção, consolo. Em relação a Jesus, assumiu todos os deveres de um pai: providenciou para ele alimento, segurança, educação humana, cívica e religiosa. Foi José o responsável pelos inúmeros cuidados necessários à humanidade de Jesus, especialmente em sua infância. Com o trabalho de suas mãos, José sempre procurou fornecer o necessário à vida de Jesus e de Maria.
(adaptado de trechos do livro “Como São José foi grande diante de Deus...” e do livreto “Novena de São José”, do Instituto das Filhas de São José)

Peçamos a Deus que, a exemplo da Sagrada Família, nossas famílias possam ser verdadeiros lares para as crianças e jovens, e que São José proteja principalmente aquelas famílias que passam por situações difíceis.

segunda-feira, 15 de março de 2010

As Igrejas Cristãs: Igreja Anglicana (CFE 09)

A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil também faz parte do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC). É uma igreja que vem desde os tempos dos apóstolos e é herdeira dos primeiros cristãos presentes nas Ilhas Britânicas antes do século III. Em 1534, durante o reinado de Henrique VIII, a Igreja da Inglaterra (Anglicana) se separou da Igreja Católica Romana. A Comunhão Anglicana mantém sua base no Quadrilátero de Lambeth: Escrituras, Sacramentos, Credos e Episcopado Histórico. A base teológica sustenta-se nas Escrituras – Tradição e Razão. A presença anglicana no Brasil iniciou-se em 1810, com a chegada de cidadãos britânicos e depois de japoneses e missionários norte-americanos.
(texto retirado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

Rezemos por nossos irmãos anglicanos, para que sejam sempre fiéis aos ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo e, juntos com os irmãos de outras igrejas cristãs, participem da construção do Reino de Deus.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Planeta Terra, casa de todos (CFE 08)

O planeta Terra não passa de um grão de areia na imensidão do universo. Mas é um grão de areia habitado, o único planeta conhecido onde a vida viceja exuberante. A mulher e o homem são chamados a habitar essa grande casa, a manter viva a sinfonia da criação, a cuidar, respeitar e conviver com a variedade e pluralidade das formas de vida. O ser humano foi colocado neste planeta como em um jardim do qual deve cuidar. Pela ganância, multidões adoecem e sobrevivem na indigência. A grande melodia do universo vem sendo sistematicamente rompida. Aprofundam-se a cada ano os sinais de devastação. A humanidade, com seu ritmo de devastação, está consumindo mais do que o planeta pode oferecer. Isso significa que demos início a um processo de autodestruição. O desafio agora é refazer a melodia universal. O respeito para com a criação é respeito ao Criador. Cuidar do planeta não é um slogan, mas um dever da nossa fé e um dever para com a vida.
(texto adaptado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Economia a serviço da vida ou vidas à disposição da economia? (CFE 07)

Recebemos os bens para a vida e não a vida para a riqueza. Foi o próprio Jesus quem lembrou: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4, 4). Como seguidores de Jesus Cristo e integrantes da vida social, somos chamados a construir uma justiça econômica maior diante da pobreza e das grandes desigualdades sociais.
Qual deveria ser o princípio fundamental da vida econômica? Para qualquer modelo econômico, o sistema deveria criar reais condições de segurança e oportunidades de desenvolvimento da vida de todas as pessoas, desde os mais pobres e vulneráveis. A sociedade, incluindo os governos, tem a obrigação moral de garantir oportunidades iguais, satisfazer as necessidades básicas das pessoas e buscar a justiça na vida econômica.
(texto adaptado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Neste novo dia

Neste novo dia, prometa a si mesmo:
Ser tão forte que nada perturbe a paz de sua mente.
Falar de felicidade, saúde e prosperidade a cada pessoa que conhecer.
Fazer sentir aos seus amigos que há algo de valor neles.
Ver o lado brilhante de cada coisa e conseguir otimismo por meio dele.
Pensar somente o melhor, trabalhar somente pelo melhor e esperar somente o melhor.
Ser tão entusiasta pelo êxito dos demais como por seu próprio.
Esquecer os erros do passado e insistir para conseguir grandes realizações no futuro.
Exigir um aspecto atraente em todo o tempo e presentear a cada pessoa conhecida com um sorriso.
Dar tanto a seu melhoramento pessoal que não sobre tempo para criticar os outros.
Ser demasiado grande para preocupar-se, demasiado nobre para irar-se e demasiado feliz para permitir a presença de problemas que perturbem sua fé.
(texto de Cristian D. Larsen, disponível aqui )

terça-feira, 9 de março de 2010

Em busca do bem comum (CFE 06)

Bem comum é o conjunto de condições sociais que permitem e favorecem às pessoas o desenvolvimento integral da personalidade. O papa Pio XII dizia que a riqueza de uma nação não se mede por critérios quantitativos, mas pelo bem-estar de seu povo. O bem comum refere-se à existência dos bens necessários ao desenvolvimento da pessoa e à possibilidade real de todas as pessoas terem acesso a tais bens. Isso requer um empenho social e o desenvolvimento de grupos e das pessoas individualmente, implicando a existência de paz, estabilidade e a segurança de uma ordem justa. O bem comum envolve todos os membros da sociedade, ninguém estando isento de cooperar, participar e desenvolver, de acordo com suas próprias possibilidades.
Para se estender a conciliação entre o bem comum e o bem particular, é indispensável o exercício de duas virtudes: a caridade e a justiça. A primeira ensina a vencer o egoísmo e incute a consciência de sociedade, que une todas as pessoas. A segunda estabelece o reconhecimento e o respeito aos direitos do “outro”, seja este o indivíduo, um grupo social ou a própria sociedade.
E você, em suas atitudes, procura construir o bem comum? Na família, busca o bem de todos os seus familiares? E na escola, preocupa-se com o bem estar de seus colegas?
(texto adaptado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

segunda-feira, 8 de março de 2010

As Igrejas Cristãs: Igreja Luterana (CFE 05)

Entre as igrejas que compõem o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), está a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Ela tem sua sede em Porto Alegre/RS e tem seu fundamento em Jesus Cristo e na fé apostólica. Na Reforma da Igreja iniciada por Martinho Lutero no século XVI, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana constituiu-se em comunidades separadas da Igreja Romana, afirmando com ênfase que o ser humano é salvo por graça e fé e não por obras meritórias. O luteranismo chegou no Brasil em 1824 com a imigração alemã e, embora tenha permanecido mais concentrado no Sul e no Sudeste do Brasil por mais de um século, hoje há comunidades luteranas espalhadas em todos os estados brasileiros
(texto retirado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

Rezemos por nossos irmãos luteranos, para que mantenham-se fiéis aos ensinamentos de Jesus Cristo e possam juntar-se aos irmãos de outras igrejas cristãs na construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Rosto de Deus

Se a estrela perguntasse ao céu: onde posso encontrar o amor, o céu responderia: contemple-se!
Se a flor perguntasse ao jardim: onde posso encontrar o amor, o jardim responderia: contemple-se!
Se a fonte perguntasse ao rio: onde posso encontrar o amor, o rio responderia: contemple-se!
E se, por fim, você perguntasse a Deus: onde posso encontrar o amor, Deus responderia: contemple-se!
Que você tenha sempre a inspiração de se contemplar, para ser a fisionomia do amor brotar dessa contemplação.
Sua contemplação vai mostrar que você é a maneira humana que Deus escolheu para nos revelar o seu rosto.
(texto de José Acácio Santana, disponível aqui )

quinta-feira, 4 de março de 2010

Construindo pontes

Certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro. Durante anos percorreram uma estreita e comprida estrada que corria ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutarem um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam-no com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Ao abrí-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro em sua mão, que lhe disse:

- Estou procurando por trabalho, talvez você tenha um pequeno serviço aqui e ali. Posso ajudá-lo?
- Sim! - disse o fazendeiro. - Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É de meu vizinho, na realidade, meu irmão mais novo. Brigamos muito e não mais posso suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você me construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não mais precise vê-lo.
- Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro - Mostre-me onde estão o martelo e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.
Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra. O fazendeiro retornou e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em seu lugar estava uma ponte que ligava um lado do riacho ao outro. O fazendeiro ficou enfurecido e exclamou:
- Você é muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei!!!
No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer seus olhos para a ponte mais uma vez, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com seus braços abertos. Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu lado do rio, quando, num só impulso, correram um na direção do outro, abraçando-se e chorando no meio da ponte. Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas e partindo.
- Espere! - disse o mais velho - Fique conosco mais alguns dias, tenho muitos outros projetos para você.
O carpinteiro então lhe respondeu:
- Adoraria ficar. Mas, tenho muitas outras pontes para construir.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

quarta-feira, 3 de março de 2010

Dormir enquanto os ventos sopram

Alguns anos atrás, um fazendeiro possuía terras ao longo do litoral. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados. A maioria de pessoas estava pouco disposta a trabalhar em fazendas ao longo do litoral. Temiam as horrorosas tempestades que varriam aquela região, fazendo estragos nas construções e nas plantações. Procurando por novos empregados, ele recebeu muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se aproximou do fazendeiro, oferecendo-se para o trabalho.
- Você é um bom lavrador? - perguntou o fazendeiro.
- Bem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram. - respondeu o pequeno homem.
Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro estava satisfeito com o trabalho do homem. Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou:
- Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!
O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente:
- Não, senhor. Eu lhe falei: eu posso dormir enquanto os ventos sopram.
Enfurecido pela resposta, o fazendeiro estava tentado a despedí-lo imediatamente. Em vez disso, ele se apressou a sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado, trataria depois. Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros e todas as portas muito bem travadas. As janelas bem fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada poderia ser arrastado. O fazendeiro então entendeu o que seu empregado quis dizer. E retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava.
(autor desconhecido; texto da tradição sufi, disponível aqui )

terça-feira, 2 de março de 2010

As Igrejas Cristãs: Igreja Católica Apostólica Romana (CFE 04)

Entre as igrejas que compõem o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), está a Igreja Católica. Ela é Apostólica, pois foi fundada por Jesus Cristo sobre o alicerce dos apóstolos. Por ter sua sede principal em Roma, onde pregaram o Evangelho e foram martirizados os apóstolos Pedro e Paulo, a Igreja é também designada como Romana. Presente em todo o mundo, a Igreja Católica é governada localmente por bispos, que constituem o colégio episcopal, presidido pelo Papa, bispo de Roma, sucessor do apóstolo Pedro. No Brasil, ela se faz presente desde 1500. Os católicos acolhem e orientam-se pela Palavra de Deus expressa na Bíblia, celebram os Sacramentos como sinais eficazes da Graça de Deus e professam a fé apostólica, conservada e transmitida através dos séculos pela Tradição e pelo Magistério Eclesiástico. Justificados por Cristo, os fiéis constituem a “comunhão dos santos” e, dentre estes, veneram, de modo especial, a Virgem Maria, mãe de Deus que se fez homem, e os santos que, de maneira exemplar e até heroicamente, viveram sua fé e deram testemunho do Senhor Jesus
(texto retirado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

Rezemos para que todos os fiéis católicos possam ir ao encontro de seus irmãos cristãos de outras igrejas, fazendo do que temos em comum motivo de união e perseverança em torno do Reino de Deus anunciado por Jesus Cristo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Eumenismo (CFE 03)

O termo ecumenismo vem da palavra grega “oikumene” que significa “casa de todos”. Entre as igrejas cristãs, significa a busca de pontos em comum que possam aproximar as igrejas em torno da vivência do Evangelho de Jesus Cristo e da construção de seu Reino. As divisões contrariam a vontade de Cristo, são um escândalo para o mundo e prejudicam enormemente a pregação do Evangelho. A Igreja Católica aponta que os esforços de aproximação devem ser tanto dos fiéis como dos pastores. Para podermos avançar na unidade com as outras igrejas cristãs precisamos: eliminar do nosso cotidiano palavras, juízos e ações que não correspondem à condição dos outros cristãos; compreender o pensamento de cristãos de outras Igrejas e comunidades eclesiais dando os primeiros passos em direção a eles; reconhecer com satisfação e estima os valores verdadeiramente cristãos, que emanam do patrimônio comum e que se encontram nos irmãos cristãos de outras denominações; não esquecer que tudo o que a graça do Espírito Santo realiza nos irmãos cristãos, pode contribuir também para a nossa edificação. Além disso, destacam-se temas importantes para o exercício do ecumenismo e para a vida cristã: a conversão interior, a união na oração, a oração comum, a prática do diálogo e a formação ecumênica.

(adaptado de apresentação elaborada pela Arquidiocese de São Paulo)