quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As estações da vida

Temos em nós
as estações do ano,
as estações da vida,
as estações do tempo.

No calor do verão
nos aquecemos de esperança,
molhamos nossa roupa
com trabalho,
enchemos nossa taça de alegria.

O outono esfria
o calor da vida,
recolhe os sonhos,
tira o verde da esperança
e nos prepara para o sofrimento.

O inverno nos arrefece por fora,
para nos atingir por dentro.
A vida se recolhe,
se agasalha e se protege.
Os sonhos caem com as folhas,
a gente perde, se esconde e chora.

Chega a primavera,
e a vida retoma a pulsação.
Sai de si mesma,
renasce em brotação.
Vestidos de esperança,
os sonhos reflorescem.
Nascem os frutos
e os ninhos são refeitos.

Temos em nós
as estações do ano,
as estações da vida,
as estações do tempo.

(texto de José Acácio Santana, disponível aqui )

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Aprendizado

Há coisas que eu sei ou penso saber e que o meu irmão não sabe. Há coisas que vivenciei ou penso vivenciar e que meu irmão não vivenciou. E há coisas, meu Senhor, que meu irmão sabe e eu não sei, meu irmão vivenciou e eu não vivenciei. Por isso, ensina-me a respeitar os irmãos de outras religiões e a me fazer respeitado por eles.
Há santos entre nós e há santos entre eles, almas puras aqui e almas puras lá, onde eles te adoram do jeito deles. Eu sei e entendo que não é tudo a mesma coisa, da mesma forma que num canteiro as flores são todas flores, mas não são todas iguais e não exalam todas o mesmo perfume. Mas se eu sei achar bonita a diferença dos jardins e preciso também ver a beleza da diferença nos teus jardins espirituais.
Tento todos os dias aprender um pouco mais a ser cristão, um pouco mais a ser um cristão católico e todos os dias ser um pouco mais ecumênico. Não é fácil para mim e não é fácil para muitos irmãos, porque ecumenismo supõe humildade e diálogo e a graça de saber vencer e saber perder, saber ganhar e saber ceder, não ter as mesmas convicções e ao mesmo tempo respeitar o jeito do outro. E nem sempre somos capazes disso. É por isso que eu te peço essa graça. Sozinho meu coração jamais será ecumênico.
(texto de padre Zezinho, disponível aqui )

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Milho de pipoca

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.
(texto de Rubem Alves, disponível aqui )

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Palavra de Deus ao alcance do coração (Mês da Bíblia 07)

A Palavra de Deus está sempre ao alcance da mão e do coração de quem segue a Deus. E por força do Espírito Santo, a Palavra vai transformando o coração das pessoas e moldando a comunidade cristã. É claro, supondo um coração aberto, como de discípulo diante do mestre. As famílias, os grupos e as comunidades que lêem a Bíblia de fato progridem na vivência do Evangelho, em unidade com a vontade de Deus e na comunhão fraterna. A Palavra meditada impulsiona as pessoas a superar o pecado e o azedume, causando certa plenitude espiritual com uma aura de paz e de alegria. É o encantamento espiritual, a força interior, a capacidade de passar imune pelas tentações que rodeiam as pessoas. São Francisco de Assis, um dos grandes revolucionários da humanidade, apregoava a vida fraterna em meio ao egoísmo; a vida em Deus, mesmo em meio ao consumismo; a alegre adesão à vontade de Deus, vencendo o orgulho e a sede do poder. Quando se chega a uma fraternidade assim, logo se capta o perfume do Evangelho. Por pedagogia, destinamos o mês de setembro a conhecer a Bíblia. Aliás, primeiro a ter a Bíblia em casa. Depois, a lê-la diariamente. Aprender a meditá-la diante de Deus, num coração orante. A família aprende a acolher de modo afável seus membros: os pais se relacionam de modo afetivo com os filhos, como Deus, com seu povo. Os filhos, por sua vez, acolhem os pais de modo pacífico, criando um ambiente sereno e alegre. É o encantamento da família. É neste ambiente que germinam as vocações cristãs, que se alimentam ideais generosos e se superam obstáculos à felicidade. Seja feliz! Conheça, leia e medite a Palavra de Deus.
(adaptado de texto de dom Aloísio Sinésio Bohn, bispo católico, disponível aqui )

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ordenação Sacerdotal de Padre Luís Caburlotto

Hoje comemoramos 168 anos de ordenação sacerdotal de padre Luís Caburlotto, fundador do Instituto das Filhas de São José. Ele foi um sacerdote que viveu intensamente o chamado de Cristo para servir seu povo. Atento às dificuldades da população de seu país, acolheu as crianças que passavam por necessidades – especialmente as meninas órfãs – e criou um instituto de religiosas para a educação das crianças e sua inserção na sociedade. Padre Luís foi, acima de tudo, uma pessoa que soube ouvir. Ouvir os problemas das pessoas, ouvir as necessidades do povo, ouvir o chamado de Deus. Rezemos por todos nós, para que estejamos de ouvidos abertos e disponíveis para o serviço ao próximo. E que possamos ver em padre Luís Caburlotto um exemplo de vida a ser seguido.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primavera

Estamos no início da primavera. Nosso inverno não tem o rigor do hemisfério norte, em que as árvores perdem o verde e a neve branqueia a paisagem. Por isto, a chegada da primavera não desperta em nós a sensação de algo novo, como para os europeus e para os outros povos que sofrem o rigor da neve e a perda da beleza do verde.
Amigo alemão, com quem convivi longos anos, queixava-se por não sentir no Brasil, ao final do nosso inverno, a sensação da beleza de ver reverdecerem-se as árvores e brotarem, nos canteiros e nos jardins, rosas e outras flores, como lá, ao despertar da primavera. Mas também nós temos algo de belo neste surgir da nova estação. Não é possível passar despercebido a nossos olhos o cenário novo dos ipês floridos, que enfeitam a orla das estradas. Suas flores cor de ouro, sopradas pelos ventos, forram o chão, atapetando o negrume da terra com fofa beleza de suas pétalas. De fato, é também para nós um cenário novo e colorido, mesmo sem ter sofrido o rigor do inverno. Já o Cântico dos Cânticos, na poesia epitalâmica do jovem enamorado, enaltece o surgir da primavera: “O inverno já passou. as flores já brotaram. Ouve-se o trinado dos pássaros e sente-se o perfume das flores.” Assim cantava ele à sua amada, passado o rigor do inverno. Não parece extemporâneo pretender que este surgir de um novo tempo – a primavera – seja amável convite da natureza para renovarmos a própria vida, aprimorando nossa convivência com os outros e nossos relacionamentos. Com o passar do tempo, perdemos o viço, a beleza e as energias. Urge tornar mais bela a nossa vida, mais rica de flores e de frutos, imitando assim a renovação vigorosa da primavera. Deus, na sua paternal bondade, colocou nas nossas mãos e diante de nossos olhos a sua palavra, que nos ilumina e fortifica: é a Escritura Sagrada, que chamamos Bíblia. Estamos no Mês da Bíblia, convidados não só a ler, mas a aprofundar o sentido da mensagem divina. Nosso coração pode iluminar-se com as luzes da palavra de Deus e assim reflorescer de belezas sobrenaturais. A alma humana também tem primavera...
(texto de dom Benedicto de Ulhôa Vieira, bispo católico, disponível aqui )

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os três talismãs

– Que é preciso para aprender? – perguntou um filho ao pai.
– Para aprender, para saber e para vencer – respondeu o pai – é preciso buscar os três talismãs: a alavanca, a chave e o facho.
– E onde encontrá-los? – interroga o filho.
– Dentro de ti mesmo. Os três talismãs estão em teu poder e serás poderoso, se quiseres fazer uso deles.
– Não compreendo – diz o filho, cada vez mais intrigado. – Que alavanca é essa?
– A tua vontade. É preciso querer, é preciso remover obstáculos para aprender.
– E a chave?
– O teu trabalho. É preciso esforço para dar volta à chave e abrir o palácio do saber.
– E o facho?
– A tua atenção. É preciso luz, muita luz, para iluminar o palácio. Só assim poderás ver com clareza e descobrir a verdade, que vence a ignorância.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Você conhece a Bíblia? (Mês da Bíblia 06)

Você conhece a Bíblia? Ela tem duas partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Contando os livros de cada parte, encontrará 46 livros no Antigo e 27 no Novo Testamento. O Antigo Testamento narra a história de um povo escolhido por Deus, o povo de Israel. Durante muitos anos, Deus acompanhou e preparou com carinho esse povo para receber o seu filho Jesus, o Salvador prometido à Humanidade. O Novo Testamento começa com a vinda de Jesus. Os primeiros livros são os Evangelhos, que contam os principais fatos da vida de Jesus. Cada um recebeu o nome do autor que o escreveu: São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João. Depois, vêm os Atos dos Apóstolos, que narram o início da história da Igreja. Tem também as epístolas, que são as cartas escritas pêlos apóstolos às comunidades cristãs, e o Apocalipse.
É importante conhecermos a Bíblia. Assim podemos aprender mais sobre a palavra de Deus e ouvirmos seus mandamentos. Como esse trecho do Evangelho de Mateus:
“E Jesus contou outra parábola: ‘O Reino do Céu é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E se torna uma árvore, de modo que os pássaros do céu vêm e fazem ninhos em seus ramos.’” (Mt 13, 31-32)
(adaptado de texto da Revista Família Cristã, disponível aqui )

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

As três questões

Conta-se que num país longínquo, há muitos séculos, um rei se sentiu intrigado com algumas questões. Desejando ter respostas para elas, resolveu estabelecer um concurso do qual todas as pessoas do reino poderiam participar. O prêmio seria uma enorme quantia em ouro, pedras preciosas, além de títulos de nobreza. Seria premiado com tudo isto quem conseguisse responder a três questões: Qual é o lugar mais importante do mundo? Qual é a tarefa mais importante do mundo? Quem é o homem mais importante do mundo?
Sábios e ignorantes, ricos e pobres, crianças, jovens e adultos se apresentaram, tentando responder as três perguntas. Para desconsolo do rei, nenhum deles deu uma resposta que o satisfizesse. Em todo o território, um único homem não se apresentou para tentar responder os questionamentos. Era alguém considerado sábio, mas a quem não importavam as fortunas nem as honrarias da terra. O rei convocou esse homem para vir à sua presença e tentar responder suas indagações. E o velho sábio respondeu a todas:
– O lugar mais importante do mundo é aquele onde você está. O lugar onde você mora, vive, cresce, trabalha e atua é o mais importante do mundo. É ali que você deve ser útil, prestativo e amigo, porque este é o seu lugar.
– A tarefa mais importante do mundo não é aquela que você desejaria executar, mas aquela que você deve fazer.Por isso, pode ser que o seu trabalho não seja o mais agradável e bem remunerado do mundo, mas é aquele que lhe permite o próprio sustento e da sua família. É aquele que lhe permite desenvolver as potencialidades que existem dentro de você. É aquele que lhe permite exercitar a paciência, a compreensão, a fraternidade. Se você não tem o que ama, importante que ame o que tem. A mínima tarefa é importante. Se você falhar, se se omitir, ninguém a executará em seu lugar, exatamente da forma e da maneira que você o faria.
– E, finalmente, o homem mais importante do mundo é aquele que precisa de você, porque é ele que lhe possibilita a mais bela das virtudes: a caridade. É a mais alta conquista que o homem poderá desejar.
O rei, ouvindo as respostas tão ponderadas e bem fundamentadas, aplaudiu, agradecido por ter encontrado um sentido para sua vida.
(autor desconhecido; adaptado de texto disponível aqui )

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Bem-aventurados

Bem-aventurados os que sabem rir de si mesmos: nunca cessarão de se divertir.
Bem-aventurados os que sabem distinguir uma pedra de uma montanha: evitarão tantos aborrecimentos.
Bem-aventurados os que sabem ouvir e calar: aprenderão muitas coisas novas.
Bem-aventurados os que estão atentos às necessidades dos outros: serão dispensadores de alegria.
Bem-aventurados serão vocês se souberem olhar com atenção as coisas pequenas e serenamente importantes: vocês irão longe na vida.
Bem-aventurados vocês se souberem valorizar um sorriso e esquecer uma grosseria: o caminho de vocês será sempre cheio de sol.
Bem-aventurados vocês se souberem interpretar com benevolência as atitudes dos outros, mesmo contra as aparências: vocês serão julgados ingênuos, mas esse é o preço do amor.
Bem-aventurados os que pensam antes de agir e que oram antes de pensar: evitarão tantas bobagens.
Bem-aventurados sobretudo vocês que sabem reconhecer o amigo em todos que encontram: vocês encontrarão a verdadeira luz e a verdadeira paz.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"1 milhão de Bíblias para 1 milhão de famílias" (Mês da Bíblia 05)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está promovendo uma campanha de doação de 1 milhão de Bíblias para 1 milhão de famílias brasileiras. Essa campanha é um serviço que a CNBB oferta a todos as Pastorais, Movimentos e outras Associações da Igreja Católica em nosso país, bem como a todos os chamados a anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo. A campanha tem como objetivo essencialmente levar a Palavra de Deus aos nossos irmãos e irmãs que não têm condições de comprar a Bíblia e outros materiais educativos de evangelização. Ela tem como tema “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) e como lema “Discípulos e servidores da Palavra de Deus”. A Campanha entregará 1 kit de evangelização, contendo uma Bíblia Sagrada, uma Bíblia Infantil “Deus fala a seus filhos”, um Pequeno Catecismo “Eu Creio”, um livreto “Iniciação à leitura da Bíblia”. Serão atendidas prioritariamente as comunidades mais carentes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As comunidades das demais regiões são incentivadas a aderir ao Projeto, a buscar recursos próprios e colaborar na obtenção dos kits de Evangelização.
(adaptado de texto disponível aqui )

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nossa Senhora das Dores

No dia 15 de setembro, lembramos de Maria, mãe de Jesus, sob o título de Nossa Senhora das Dores. Nesse dia, somos convidados a meditar sobre as dores sofridas por Maria ao longo de sua vida, principalmente as sete dores principais pelas quais ela passou: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Calvário, a crucificação, a deposição da cruz e a sepultura.
Nós honramos as dores que Maria sentiu e aceitou, como parte do projeto de Deus. Nós somos nascidos, como cristãos, do amor de Jesus e Maria por toda a humanidade, amor que se manifestou como doação total, incluindo dores e sacrifícios. Hoje, somos convidados a meditar esses episódios que os evangelhos nos apresentam e a oferecer também as nossas dores a Deus. Vamos pedir auxílio a Maria para que nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa cruz, as nossas dores e sofrimentos.
(adaptado de texto disponível aqui )

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A Bíblia em nossas mãos (Mês da Bíblia 04)

O que é a Bíblia? Um livro, podemos responder. Mas, sem dúvida, ela não é um simples livro, mas o mais importante dos livros. Nela encontramos a história da nossa salvação. A história do grande amor de Deus por todos os homens. Por isso, seus ensinamentos são também importantes. Eles são como a luz: iluminam e fortalecem os nossos passos para seguirmos o caminho do bem. Assim, tornamo-nos amigos de Deus e amigos uns dos outros.
O que significa a palavra “Bíblia”? É uma palavra de origem grega e quer dizer “livros”. A Bíblia é formada por 73 livros escritos em lugares e épocas diferentes. Seus autores são muitos, também chamados autores sagrados. A Bíblia é conhecida ainda por outros nomes, tais como Sagradas Escrituras, Livro Sagrado, Palavra de Deus, etc.
E você? Conhece a Bíblia? Já leu algum de seus livros?
(adaptado de texto da Revista Família Cristã, disponível aqui )

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Os doze pratos

Um príncipe chinês, orgulhava-se de sua coleção de porcelana, de rara quão antiga procedência, constituída por doze pratos assinalados por grande beleza artística e decorativa. Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de uma circunstância fortuita. A notícia tomou conta do Império, e, ás vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso, que se comprometeu a devolver a ordem à coleção, se o servo fosse perdoado. Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel. Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas. Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, ele disse: - Aí estão, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Desde que essas porcelanas valem mais do que as vidas, e considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos nada valem. Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Nós somos chamados a anunciar a Palavra de Deus (Mês da Bíblia 03)

Jonas é um profeta enviado por Deus a uma missão definida, mas ele foge dela. Jonas não aceita a direção indicada por Deus e resolve seguir o seu próprio caminho. Jonas quer fugir da presença de Deus e das obrigações de sua vocação profética. Mas ele não consegue fugir de Deus e vai afundando cada vez mais. Hoje nós também somos chamados por Deus a assumir nossa missão anunciando ao mundo a Palavra de Deus. Somos chamados a ser discípulos missionários. O Documento de Aparecida nos recorda: “Ao participar desta missão, o discípulo caminha para a santidade. Vivê-la na missão o conduz ao coração do mundo. Por isso, a santidade não é uma fuga para o intimismo ou para o individualismo religioso, muito menos um abandono da realidade urgente dos grandes problemas econômicos, sociais e políticos da América Latina e do mundo e, muito menos, uma fuga da realidade para um mundo exclusivamente espiritual.” (DA 163) Santidade é deixar a Palavra de Deus ecoar em nossos corações e vivenciá-la no cotidiano de nossas vidas, junto às pessoas que estão próximas de nós.
Para refletir: hoje em dia estamos assumindo nossa missão de discípulos missionários? Ou estamos fugindo dela?
(adaptado de texto produzido pelo Movimento da Boa Nova – Mobon, disponível aqui )

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Diga não ao "bullying"!

“Bullying” é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo incapaz de se defender. É um comportamento agressivo e negativo, executado repetidamente e ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
O “bullying” é praticado através de comentários, da recusa em se socializar com a vítima, da intimidação de outras pessoas que desejam se socializar com a vítima, de críticas ao modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos da vítima, como etnia, religião, deficiências, etc. Há diversos tipos de ataques desde os mais brandos até os que levam a violenta agressão física.
Se você está sendo vítima desse tipo de agressão ou sabe de alguém que esteja passando por isso, não fique calado. Procure ajuda dos adultos para acabar com essa agressão. Diga não ao “bullyng”!
(adaptado de texto disponível aqui )

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Falando de Jonas (Mês da Bíblia 02)

Jonas era um profeta, um servo de Deus. Mas ele não era um servo obediente. Deus disse a ele: “Jonas, você vai viajar. Você irá até a grande cidade de Nínive, porque os homens de lá estão fazendo muitas maldades. Eu quero que você diga a eles que eu estou vendo o seu mau comportamento e que os castigarei se continuarem assim”.
Mas Jonas pensou: “Eu não vou fazer isso! Eu não vou até Nínive. Deixa essa gente fazer maldades, porque são inimigos do meu povo. Eu não quero ir para onde estão os inimigos”. E Jonas viajou. Só que ele foi para o outro lado. Ele tinha que ir para o leste e foi para o oeste. Ele fugiu de Deus.
Jonas pensou: – Vou para bem longe, tão longe que Deus não me possa achar mais. Dai não terei que ir a Nínive. E ele andou e andou, até chegar ao mar. Então não podia ir mais adiante. Perto da praia havia um navio. Jonas pensou: – Eu vou naquele navio. Então posso ir para mais longe ainda. Então com certeza Deus não me achará mais. E foi o que ele fez. Embarcou no navio para atravessar o grande mar. O capitão do navio concordou e Jonas deu-lhe dinheiro para a viagem.
O céu estava bem azul e o sol brilhava tão bonito! As pequenas ondas batiam graciosamente contra o navio. Oh, como era bom navegar no mar. Mas Jonas não achava isso tão bom. Ele não teve coragem de ficar no convés do navio com os outros homens. Tinha tanto medo de que Deus o visse. E ele também estava muito cansado de sua grande viagem. Deitou-se no porão do navio e dormiu. Então não sentiu mais a canseira. Também não sentiu mais o medo. Mas Deus estava vendo Jonas naquele lugarzinho escuro do porão do navio. Ele bem que podia achar seu servo desobediente no grande mar. Então, Deus chamou a tempestade e mandou-a soprar com força contra o navio. E a tempestade foi mais obediente do que Jonas, pois logo fez o que Deus mandou. Ela trouxe grandes nuvens escuras. O sol se escondeu atrás dessas nuvens. A tempestade soprou nas velas e quase derrubou o navio. Soprou tanto contra as ondas pequenininhas que elas logo ficaram grandonas. As ondas batiam com tanta força contra o navio que quase quebraram o casco. Então todos começaram a sentir muito medo desta tempestade. Só Jonas continuava a dormir sossegado no porão do navio. Um marujo o sacudiu para acordá-lo e gritou: – Levante-se e nos ajude. Quando Jonas subiu ao convés, logo percebeu que Deus o tinha achado e falou: “Isto é por minha culpa. Deus está me castigando, pois fui desobediente. Se vocês me jogarem no mar, Deus irá levar a tempestade embora.” Jonas insistiu, até que os marinheiros o jogaram no mar. Jonas caiu no mar e a tempestade foi-se embora. Os marinheiros ficaram admirados com o poder de Deus. Mas e Jonas? O que será que aconteceu a ele?
Deus mandou um grande peixe, uma baleia para salvar Jonas e o levar até a praia. Deus levou Jonas de volta para sua terra. E lá ele disse a Jonas para continuar sua tarefa. Agora Jonas obedeceu a Deus. Foi a Nínive e falou o que Deus lhe pediu: que dentro de 40 dias a cidade seria destruída. O povo de Nínive se assustou com a notícia e se arrependeu de seus pecados, fazendo com que Deus deixasse de os castigar.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Alargando a visão

Se eu pudesse, daria um globo terrestre a cada criança. Se possível, até um globo luminoso, na esperança de alargar ao máximo a visão infantil e de ir despertando interesse e amor por todos os povos, todas as raças, todas as línguas, todas as religiões!
(Dom Hélder Câmara)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mês da Bíblia 2010

O Mês da Bíblia surgiu há 39 anos e desde então tem destacado a importância da leitura, do estudo e da contemplação das Sagradas Escrituras. A Bíblia ocupa um espaço privilegiado na família, nos grupos de reflexão, círculos bíblicos, na catequese e nas pequenas comunidades. A Igreja no Brasil desenvolveu toda uma prática de leitura e reflexão da Bíblia que muito contribui para o sustento da fé e da caminhada das pessoas. Para o ano de 2010, a Igreja propõe o estudo e a meditação do Livro de Jonas. A escolha deste livro bíblico para o mês de setembro tem por objetivo tirar os católicos do comodismo e do julgamento preconceituoso e os encaminhar para a evangelização da cidade. Que o estudo e a meditação do livro de Jonas nos ajudem a vencer a tentação de fugir dos desafios da missão e nos tornem capazes de acolher a todas as pessoas sem acepção.
(adaptado de texto de Dom Eugênio Rixen, bispo católico, disponível aqui )