sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Amor maior

Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários, foi atingido por um bombardeio. Os missionários e duas crianças tiveram morte imediata. As restantes ficaram gravemente feridas e, entre elas, uma menina de oito anos, considerada em pior estado. Chamaram ajuda por rádio e depois de algum tempo, um médico e uma enfermeira da Marinha dos EUA chegaram ao local. Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria devido aos traumatismos e à perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão. Após alguns testes rápidos, perceberam que ninguém da equipe possuía o sangue preciso. Reuniram as crianças e entre gesticulações tentavam explicar o que estava acontecendo e que precisariam de um voluntário para doar o sangue. Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente. Era um menino chamado Heng, cujo sangue foi testado e confirmado. O menino foi preparado às pressas ao lado da menina agonizante e espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto. Passado alguns momentos, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre. O médico lhe perguntou se estava doendo e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas. O médico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar, e novamente ele negou. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso mas ininterrupto. Era evidente que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita, vinda de outra aldeia. O médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com Heng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele, explicando algumas coisas e o rostinho do menino foi se aliviando. Minutos depois, ele estava novamente tranquilo. A enfermeira então explicou aos americanos:
– Ele pensou que ia morrer. Não tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer.
O médico se aproximou dele e com a ajuda da enfermeira perguntou:
– Mas se era assim, porque então você se ofereceu a doar seu sangue?
E o menino respondeu simplesmente:
– Ela é minha amiga.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Carroça vazia

Uma das grandes preocupações de nosso pai, quando éramos pequenos, consistia em fazer-nos compreender o quanto a cortesia é importante na vida. Por várias vezes percebi o quanto lhe desagradava o hábito que têm certas pessoas, de interromper a conversa quando alguém está falando. Eu, especialmente, incidia muitas vezes nesse erro. Embora visivelmente aborrecido, ele, entretanto, nunca ralhou comigo por causa disso, o que me surpreendia bastante. Certa manhã, bem cedo, ele me convidou para ir ao bosque a fim de ouvir o cantar dos pássaros. Concordei com grande alegria e lá fomos nós, umedecendo nossos calçados com o orvalho da relva. Ele se deteve em uma clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
- Você está ouvindo alguma coisa além do canto dos pássaros?
Apurei o ouvido alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo o barulho de uma carroça que deve estar descendo pela estrada.
- Isso mesmo... Disse ele. É uma carroça vazia...
De onde estávamos não era possível ver a estrada e eu perguntei admirado:
- Como pode o senhor saber que está vazia?
- Ora, é muito fácil saber que é uma carroça vazia. Sabe por que?
- Não! - respondi intrigado.
Meu pai pôs a mão no meu ombro e olhou bem no fundo dos meus olhos, explicando:
- Por causa do barulho que faz. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
Não disse mais nada, porém deu-me muito em que pensar. Tornei-me adulto e, ainda hoje, quando vejo uma pessoa tagarela e inoportuna, interrompendo intempestivamente a conversa de todo o mundo, ou quando eu mesmo, por distração, vejo-me prestes a fazer o mesmo, imediatamente tenho a impressão e estar ouvindo a voz de meu pai soando na clareira do bosque e me ensinando:
- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz!
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mestre e discípulo

Mestre e discípulo caminhavam pelos desertos da Arábia. O Mestre aproveita cada momento da viagem para ensinar ao discípulo sobre a fé:
– Confie suas coisas a Deus – diz ele. – Deus jamais abandona seus filhos.
De noite ao acamparem, o Mestre pede que o discípulo amarre os cavalos numa rocha próxima.
Ele vai até a rocha, mas lembra dos ensinamentos do Mestre:
– Ele está me testando – pensa. – Devo confiar os cavalos a Deus.
E o discípulo deixa os cavalos soltos. De manhã o discípulo descobre que os animais fugiram. Revoltado procura o Mestre e lhe diz, exaltado:
– Você nada entende sobre Deus. Eu entreguei a Ele a guarda dos cavalos e os animais não estão lá.
O Mestre, tranquilo, responde:
– Deus queria cuidar dos cavalos, mas naquele momento Ele precisava de suas mãos para amarrá-los.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Trabalho voluntário: o que pode ser feito?

Para começar um trabalho voluntário, é preciso identificar as necessidades da comunidade ou bairro, procurando escolas, organizações ou instituições sociais para se oferecer como voluntário. Veja abaixo algumas sugestões:
Na escola: participar da vida da escola; ajudar alunos com aulas de reforço; organizar mutirões e campanhas de arrecadação de roupas ou alimentos; ser um contador de histórias; promover palestras; ajudar nas gincanas e campeonatos esportivos; organizar a confecção de um jornal escolar.
Na saúde: participar ativamente de campanhas de saúde pública; ajudar nas atividades diversas de hospitais e centros de saúde; doar sangue; incentivar grupos de apoio mútuo; dar apoio domiciliar a doentes ou portadores de deficiência.
No esporte, lazer e cultura: organizar eventos culturais, esportivos e de lazer no seu bairro; ajudar em atividades de manutenção do patrimônio histórico da sua cidade; dar aulas relacionadas a artes e esportes.
No meio ambiente: organizar mutirões de limpeza em espaços públicos; ajudar em projetos de reciclagem no bairro; promover atividades de educação ambiental.
No apoio técnico-administrativo a entidades: ajudar na organização administrativa; desenvolver sistemas de informática; dar assessoria e promover melhorias nas instalações; promover treinamento técnico e administrativo.
(adaptado de texto da Fundação Educar, disponível aqui )

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dia Mundial das Missões

O Dia Mundial das Missões é celebrado pela Igreja católica no mundo inteiro, ocasião em que o Papa envia uma mensagem a todos os fiéis. No Brasil, essa celebração acontece no penúltimo domingo de outubro, e é acompanhada de uma coleta pelas obras de evangelização e especialmente pelas necessidades das igrejas mais carentes de todos os países. Celebrar o Dia Mundial das Missões é celebrar a alegria de viver juntos, fraternalmente e sem fronteiras, de sermos todos filhos de Deus, com um real universalismo missionário em colaboração espiritual intensa e generosa ajuda material.
É um olhar universal, aberto a todo o mundo, como aquele de Cristo que abraçava todos os povos e grupos humanos, enquanto ordenava a seus discípulos: “Ide em todo o mundo e pregai o Evangelho”. É o grito de entusiasmo e de esperança para que, “com a confiança que brota da fé” e com a força do Espírito Santo, “protagonista da missão”, todo o batizado se empenhe para que a Boa Nova de Jesus chegue até os confins da terra.
(adaptado de texto das Pontifícias Obras Missionárias (POM), disponível aqui )

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Todo mundo tem algum talento

Todo mundo tem algum talento em algum tempo,
Mas às vezes falta um pouco de movimento.
Sai do lugar, levanta daí, o que você sabe fazer
Faz falta por aí.

Se você sabe ler, leia.
Se você sabe cantar, cante.
Se você sabe ensinar, vender, pintar,
curar, pedir, se levante.

Você pode simplesmente conversar com alguém.
Você pode orientar, alimentar também.
Tem alguém pertinho precisando
do que você conhece tão bem!

Então vem, faça parte!
Então vem, faça a sua parte.
Bota a mão na massa,
Não espere, vá e faça também.

Não te custa nada, ajudar é de graça.
Não guarde o seu talento no armário para as traças.
Chega de culpar o mundo, quando no fundo
A solução taí!

(Música “Todo Mundo Tem Algum Talento”, composição de Sergio Valente e PC Bernardes para o Instituto Faça Parte; letra e música disponíveis aqui )

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem decide por mim?

Um rapaz acompanhava um amigo a uma banca de jornais. O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro. Quando os dois amigos desciam pela rua, o rapaz perguntou:
- Ele sempre te trata com tanta grosseria?
- Sim, infelizmente foi sempre assim...
- E você é sempre tão polido e amigável com ele?
- Sim, procuro ser.
- Por que você é tão educado, já que ele é tão agressivo com você?
- Por que não quero que ele decida como eu devo agir.
(autor desconhecido; adaptado de texto disponível aqui )

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Seja voluntário e ganhe um mundo melhor!

O que é ser Voluntário? É realizar um trabalho por impulso solidário, dedicando parte do seu tempo, espontaneamente e sem remuneração, a uma atividade que possa ajudar alguém, seja no trabalho, na vida familiar, na vida social. É acreditar que a contribuição individual é essencial para mudar uma realidade e estar disposto a oferecer conhecimento, experiência e tempo a uma causa que irá beneficiar a comunidade onde se vive. Todos podem ser voluntários, independentemente de idade, condição social ou profissão. Basta querer ser. Mas o trabalho voluntário deve ser encarado com responsabilidade e com profissionalismo. Não se pode esquecer de que sempre há regras a serem seguidas e metas a serem cumpridas, não importando a causa ou a amplitude do projeto. Ser voluntário é colocar o coração no querer, inteligência no prever e dedicação no fazer.
E você? Já pensou em ser um voluntário?
(adaptado de texto da Fundação Educar, disponível aqui )

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O canto do pássaro

Os alunos estavam cheios de perguntas a respeito de Deus. O mestre, então, lhes diz:
- Deus é o Desconhecido, Deus é o Incognoscível. Quanto dele se diga, toda e qualquer resposta a estas suas perguntas é apenas aproximação da Verdade.
Admirados, os discípulos disseram:
- Então por que nos falas dele?
E o mestre lhes respondeu:
- Vocês sabem dizer por que o pássaro canta? Um pássaro não canta porque tem algo a dizer. Ele canta porque traz uma melodia na garganta - disse o mestre. As palavras dos cientistas são para serem compreendidas. As palavras do mestre não são para serem compreendidas. Elas existem para serem ouvidas com atenção meditativa, do mesmo modo como alguém escuta o vento, o marulhar de um riacho e o canto do pássaro. Elas despertarão dentro do coração algo que ultrapassa qualquer conhecimento.
(texto de Anthony de Mello, disponível aqui )

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lobos internos

Um menino ficou com muita raiva de um amigo, que lhe havia feito uma injustiça, e contou o fato a seu avô. O velho, em resposta a sua irritação lhe disse:
– Deixe-me contar-lhe uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio daqueles que aprontaram comigo, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos...
E ele continuou:
– É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não fere as pessoas. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto. E da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah! Esse é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma! Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito.
O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou:
– Qual deles vence, vovô?
O avô sorriu e respondeu baixinho:
– Aquele que eu alimento mais frequentemente.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mestre

Mestre,
É aquele que caminha com o tempo,
propondo paz, fazendo comunhão,
despertando sabedoria.

Mestre é aquele que estende a mão,
inicia o diálogo e encaminha
para a aventura da vida.

Não é o que ensina fórmulas, regras,
raciocínios, mas o que questiona
e desperta para a realidade.

Não é aquele que dá de seu saber,
mas aquele que faz germinar
o saber do discípulo.

Mestre é você, meu professor amigo,
que me compreende, me estimula,
me comunica e me enriquece com
sua presença, seu saber e sua ternura.

Eu serei sempre seu discípulo
na escola da vida.
Obrigado, professor!

(texto de N. Maccari, disponível aqui )

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Nossa Senhora Aparecida

Ontem, dia 12 de outubro, comemoramos o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Você sabe por que ela ganhou esse nome? Foi nesse mesmo dia, em 1717, que os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso encontraram a imagem no rio Paraíba, enquanto pescavam, ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia. Até que a rede lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo no rio, pescaram desta vez a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os 15 anos seguintes, a imagem permaneceu com a família de um dos pescadores e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. Com o passar do tempo a imagem foi sendo chamada pelo povo de Senhora da Conceição Aparecida e depois, simplesmente, Aparecida, que deu origem à cidade de mesmo nome. Foi necessária a construção de uma capela, depois de uma igreja e, mais recentemente, de uma grande basílica que recebe um grande número de fiéis todos os anos, que vão a Aparecida para pedir e agradecer a Nossa Senhora.
É bom lembrar que nós louvamos, porém não adoramos Maria. Nós a louvamos porque é Mãe de Deus, porque respondeu sim, não em favor próprio, mas em benefício de todas as pessoas. Maria não é “deusa” e, portanto, Maria não salva a ninguém. Mas ela é intercessora, medianeira, advogada nossa junto de Deus.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dia do Nascituro (Semana Nacional da Vida 04)

A Igreja celebra, no dia de hoje, o Dia do Nascituro. Nascituro é aquele ser humano que está no ventre materno antes que a mãe lhe dê à luz. Ele possui o direito de ser respeitado na sua integridade. Tem dignidade como a de qualquer pessoa já nascida. Todos nós fomos pessoalmente criados por Deus e por Ele chamados a viver neste mundo. Ao nos criar, Deus nos chama também a sermos fonte de vida para todos, a respeitar, defender e promover o verdadeiro valor da vida, dom sagrado de nosso Pai. Todo ser humano gerado é um dom para os pais, para a família e para a sociedade. Mas a ausência de Deus e de seu amor no coração das pessoas fez surgir em nosso meio uma mentalidade contra a vida. Porém, a Igreja crê firmemente que a vida humana, mesmo se doente ou sofredora, é sempre um esplêndido dom do Deus da bondade. Contra o pessimismo e o egoísmo que obscurecem o mundo, a Igreja está do lado da vida: e em cada vida humana sabe descobrir o esplendor daquele Sim, daquele Amém que é o próprio Cristo. Ao não que invade e aflige o mundo, contrapõe este Sim vivente, defendendo, deste modo, o homem e o mundo de quantos insidiam e mortificam a vida. Somos chamados a manifestar a todos, com uma firme e clara convicção, a vontade de promover, com todos os meios, e de defender contra todas as ciladas, a vida humana, em qualquer condição e estado de desenvolvimento em que se encontre.
(adaptado de texto elaborado pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar, ligada à CNBB, para reflexões sobre a Semana Nacional da Vida; disponível aqui )

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Oração pela Vida (Semana Nacional da Vida 03)

Nós vos louvamos Senhor, Deus da Vida. Bendito sejais, porque nos criastes por amor. Vossas mãos nos modelaram desde o ventre materno. Nós vos agradecemos pelos nossos pais, famílias e todas as pessoas que cuidam da vida humana desde o seu início até o fim. Em Vós somos, vivemos e existimos. Abençoai todos e todas que zelam pela vida humana e a promovem. Abençoai as gestantes e todos os profissionais da saúde. Dai às pessoas e às famílias o pão de cada dia, a luz da fé e o amor fraterno. Nossa Senhora Aparecida, intercedei por nossos nascituros, nossas crianças, nossos jovens, nossos adultos e nossos idosos, para que tenham vida plena em Jesus, que ofereceu sua vida em favor de todos. Amém.
(texto de dom Orlando Brandes, bispo católico, disponível aqui )

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A vida ameaçada (Semana Nacional da Vida 02)

João Paulo II, profeta da vida, escreveu na Carta às Famílias, que nos encontramos defronte a uma enorme ameaça contra a vida: não apenas dos simples indivíduos, mas também de toda a civilização. A afirmação de que esta civilização se tornou, sob alguns aspectos, “civilização da morte”, recebe assim uma inquietante confirmação. E não será porventura um evento profético o fato de o nascimento de Cristo ter sido acompanhado do perigo para a sua existência? Sim, também a vida d'Aquele que é ao mesmo tempo filho do homem e filho de Deus, esteve ameaçada, esteve em perigo desde o início, e só por milagre evitou a morte.
Nos últimos decênios, todavia, notam-se alguns sintomas reconfortantes de um despertar das consciências: isto verifica-se tanto no mundo do pensamento como na própria opinião pública. Especialmente nos jovens, cresce uma nova consciência do respeito pela vida desde a concepção até o seu declínio natural; difundem-se as comissões de bioética e de defesa da vida, os movimentos pró-vida. É um fermento de esperança para o futuro da família e da humanidade inteira. “É urgente uma grande oração pela vida, que atravesse o mundo inteiro.”
(adaptado de texto de padre Luiz Antonio Bento, Assessor Nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da CNBB; disponível aqui )

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Oração da Paz (São Francisco de Assis)

Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive
para a vida eterna.

(texto disponível aqui )

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

São Francisco de Assis

Hoje a Igreja lembra de São Francisco de Assis, jovem que viveu na cidade de Assis, na Itália, entre os anos de 1182 e 1226. Filho de comerciantes, Francisco Bernardone nasceu em “berço de ouro”, pois a família tinha posses suficientes para que levasse uma vida sem preocupações. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado às festas, do que ao trabalho, não aceitando seguir a profissão do pai. Mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade com os pobres. Proclamava jamais negar uma esmola, chegando a dar o próprio manto a um pedinte por não ter dinheiro no momento. Jamais se desviou da educação cristã que recebeu da mãe.
Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. Foi considerado pelo papa Pio XI o maior imitador de Cristo em sua época.
A partir daí viveu na mais completa miséria, arregimentando cada vez mais seguidores. Fundou ordens religiosas e fixou residência com seus companheiros numa casa pobre e abandonada. Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos pássaros e à natureza. Escreveu poemas lindíssimos homenageando-a, ao mesmo tempo que acolhia, sem piscar, todos os doentes e aflitos que o procuravam. Morreu em 4 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos.
São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamais igualada para toda a Igreja Católica e para a humanidade. O Pobrezinho de Assis, por sua vida tão exemplar na imitação de Cristo, foi declarado o santo padroeiro oficial da Itália. Numa terra tão profundamente católica como a Itália, não poderia ter sido outro o escolhido senão são Francisco de Assis, que é, sem dúvida, um dos santos mais amados por devotos do mundo inteiro. Hoje, seu exemplo muito frutificou. Fundador de diversas ordens, seus seguidores ainda são respeitados e imitados.
Nada mais adequado ter ele sido escolhido como o padroeiro do meio ambiente e da ecologia. Por isso que no dia de sua festa é comemorado o "Dia Universal da Anistia", o "Dia Mundial da Natureza" e o "Dia Mundial dos Animais". Mas poderia ser mesmo o Dia da Caridade e de tantos outros atributos. A data de sua morte foi, ao mesmo tempo, a do nascimento de uma nova consciência mundial de paz, a ser partilhada com a solidariedade total entre os seres humanos de boa vontade, numa convivência respeitosa com a natureza.
(adaptado de texto disponível aqui )

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Semana Nacional da Vida: "Vida, Ecologia e Meio Ambiente"

A Semana Nacional da Vida é promovida todo ano pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pretende ser uma ocasião especial para colocar em evidência o valor e a beleza desse dom precioso que recebemos de Deus: a vida. De modo especial, a Igreja quer salientar o valor sagrado da vida humana e da sua dignidade, sem nos esquecermos de todas as suas demais dimensões. É nossa missão reafirmar a importância inestimável da vida, diante de tantas ameaças que ela vem sofrendo. A vida é o fundamento sobre o qual se apóiam todos os demais valores.
Para este ano, foi escolhido o tema “Vida, Ecologia Humana e Meio Ambiente”. O Papa João Paulo II falava da necessidade de uma ecologia humana. Respeitar a natureza, as águas dos rios, as florestas, as espécies animais, o ar, é fundamental. Do mesmo modo, nós devemos entender que é necessário respeitar limites quando se trata da existência humana. A ecologia humana significa uma atenção para preservar a dignidade humana, para que o homem não vire um animal que se devora um ao outro.
Ao enfrentar os desafios apresentados pelo meio ambiente e pelo desenvolvimento sustentável, somos chamados a promover e a cuidar das condições morais para uma autêntica “ecologia humana”, que exige um relacionamento responsável não somente com a criação, mas inclusive com o nosso próximo – de perto e de longe, no espaço e no tempo – e também com o Criador.
(adaptado de texto de padre Luiz Antonio Bento, Assessor Nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da CNBB; disponível aqui )