sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Quaresma

Desde o início do Cristianismo, a Quaresma marca para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, com o objetivo de chegar à conversão. A Quaresma nos oferece esse “tempo favorável” para deixar o pecado e voltar para Deus. E para isso fazemos penitência. O objetivo da penitência não é nos fazer sofrer ou nos privar de algo que nos agrada, mas ser um meio de purificação de nossa alma. Sabemos o que devemos fazer e como viver para agradar a Deus, mas somos fracos; a penitência é feita para nos dar forças espirituais na luta contra o pecado.
Além do Sacramento da Penitência, a Igreja nos oferece outras penitências que nos ajudam a buscar a santidade, sobretudo, as que Jesus recomendou no Sermão da Montanha: “o jejum, a caridade e a oração”. Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma, a Igreja quer nos ensinar como vencer as tentações de hoje. Vencemos o pecado praticando a virtude oposta a ele. Assim, para vencer o orgulho, devemos viver a humildade; para vencer a ganância devemos ser caridosos; para vencer a impureza, praticar a castidade; para vencer a gula, jejuar; para vencer a ira, aprender a perdoar; para vencer a inveja, ser bom; para vencer a preguiça, levantar-se e ajudar os outros. Essas são boas penitências para a Quaresma.
Então, cada um deve fazer na Quaresma um “programa” espiritual, procurando em sua vida cotidiana formas de fortalecer o espírito para que ele não fique sufocado e esmagado pelo corpo e pela matéria. A penitência não é um fim em si mesmo; é um meio de purificação e santificação; por isso deve ser feita com alegria.
(adaptado de texto de Felipe Aquino, disponível aqui )

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