sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Férias!!

Chegaram as tão aguardadas férias! Alguns já podem aproveitá-las desde já. Outros precisarão de um pouquinho mais de estudo e esforço. Mas, de qualquer maneira, estamos nos aproximando do Natal e do final de mais um ano. Aproveite esse período para descansar, brincar, viajar, curtir a família e os amigos. Mas não deixe de pensar no ano que você viveu, nas coisas boas e não tão boas que você passou. As coisas boas você pode fazer de novo, no próximo ano. Com as coisas não tão boas, você pode aprender como não passar mais por elas.
O Nascimento de Jesus significa exatamente isso: uma nova possibilidade, um novo nascimento. Deus quer se fazer presente em nossas vidas, mas depende de nossa acolhida.
Você quer que Jesus esteja presente em sua vida, que ajude você a ser mais feliz em 2010?
O que você pode fazer?

Boas férias para todos nós!!


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Advento: Deus se faz presente em nossas vidas (Advento 04)

Com o nascimento de Jesus, Deus se fez homem e se fez presente definitivamente na vida humana. Deus caminha conosco! Mas a presença de Deus em nossa realidade depende de cada um de nós. Devemos ser “sal da terra” e “luz do mundo”. Muitas vezes ficamos adormecidos, achando que a vinda de Deus se dará por uma força mágica e nos esquecemos que precisamos ser sinal da presença de Deus para nossos irmãos.

Oração – Senhor, desperta-nos do nosso sono e ajuda-nos para que a nossa presença na sociedade seja um sinal de que vens ao nosso encontro. Sabemos que isso só se torna possível quando a justiça, a liberdade e a paz são marcas de nossa relação com nossos irmãos. Faze-nos, cada vez mais, sinais de tua presença para os outros. Amém!

(adaptado do texto ”A Coroa do Advento”, disponível aqui )

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Advento: tempo de esperança (Advento 03)

Todos nós temos sonhos. Queremos ser felizes, estar com nossos amigos, com nossa família. Queremos viver em paz, num mundo sem violência, em que todas as pessoas possam ser felizes também. Muitas vezes, algumas situações atrapalham esses sonhos e parece que nada vai dar certo. O tempo do Advento é um tempo de alimentarmos nossa esperança, de reavivarmos nossos sonhos. A vinda de Jesus é o cumprimento da promessa de Deus de que teremos lugar em seu Reino de justiça, amor e paz.
Pense num sonho que você tem, em algo que você gostaria muito que se realizasse. Peça a Jesus que dê a você ânimo e coragem para realizar o seu sonho.

Oração – Deus nosso Pai, o caminho do Advento que percorremos encheu-se hoje de sonhos e de projetos belos, desses que nos dão ânimo para avançar, mesmo quando estamos cansados. No teu Reino haverá justiça e paz. Senhor, que possamos ver que esses sonhos se aproximam da nossa realidade. Que os valores do teu Reino iluminem as nossas vidas. Amém!

(adaptado do texto ”A Coroa do Advento”, disponível aqui )

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Advento: ir ao encontro com alegria (Advento 02)

Com a proximidade do Natal, a festa do nascimento de Jesus, precisamos nos preparar para a chegada do Cristo, o Salvador. Essa preparação não deve ser somente a decoração de nossas casas, a compra de presentes e a preparação da festa. Deve ser, acima de tudo, uma preparação interior de cada um. Não podemos ficar somente esperando a chegada de Jesus. Temos que ir ao seu encontro. Mas, como posso ir ao encontro do Menino Jesus neste Natal?
Pense em algo que você possa fazer em relação à sua família e assuma esse compromisso.

Oração – Deus nosso Pai, ao começar este Advento, queremos pedir a Tua luz para iluminar a nossa esperança. Queremos permanecer despertos e com coração aberto para perceber os sinais da Tua presença entre nós. Que não deixemos de ver nada que nos fala de Ti. Que não percamos nunca a sensibilidade para estar em sintonia contigo, onde quer que estejas. Queremos ir ao encontro dos outros com alegria. Amém!

(adaptado do texto ”A Coroa do Advento”, disponível aqui )

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Hoje ainda é Advento

O Advento é o tempo litúrgico que antecede o Natal. São quatro semanas nas quais somos convidados a esperar Jesus que vem, um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor. Até um tempo atrás, se associava o advento com o tempo da quaresma, tempo de jejum e penitência. Mas na verdade, o advento é um tempo de alegre esperança da chegada do Senhor. Jesus vem e isso é motivo de muita alegria. Na verdade, Jesus já veio e virá uma segunda vez. Esse é o ensinamento da Igreja. Mas nosso encontro com Jesus acontece todos os dias, na pessoa dos nossos irmãos e irmãs, de um modo especial os mais sofredores. Nosso encontro definitivo com Jesus se dará quando morrermos e participarmos com ele de sua glória. Por isso, como cristãos, somos convidados a viver num constante advento, antecipando esse encontro definitivo.

(adaptado de texto disponível aqui )

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Gracias a la vida (Dou graças à vida)

Dou graças à vida que tem me dado tanto
Me deu dois luzeiros, que quando os abro
Perfeitamente distingo o preto do branco
E no alto do céu seu fundo estrelado
Nas multidões o homem que eu amo.

Dou graças à vida que tem me dado tanto
Me deu o ouvido, que em toda sua amplidão
Grava noite e dia grilos e canários
Martelos, turbinas, latidos, chuvadas
E a voz tão terna do meu bem-amado.

Dou graças à vida que tem me dado tanto
Me deu o som e o abecedário
Com ele as palavras, que penso e declaro
Pai, amigo, irmão e luz iluminando
A rota da alma do que estou amando.

Dou graças à vida que tem me dado tanto
Me deu a marcha dos meus pés cansados
Com eles andei cidades e charcos
Praias e desertos, montanha e plano
E a casa tua, tua rua e teu pátio.

Dou graças à vida que tem me dado tanto
Me deu o coração, que agita seu ritmo
Quando vejo o fruto do cérebro humano
Quando vejo o bom tão longe do mau
Quando vejo a profundeza de teus olhos claros.

Dou graças à vida que tem me dado tanto
Me deu o sorriso e também o pranto
Assim eu distingo, dita de quebranto
Os dois materiais que formam meu canto
E o canto de vocês que é o mesmo canto
E o canto de todos que é meu próprio canto.

(letra de música de Violeta Parra, compositora chilena, traduzida por Márcia Viegas; tradução disponível aqui e letra original aqui )

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dia de Ação de Graças

Você sabe como começou a história do Dia de Ação de Graças? Em geral, pensamos que o Dia de Ação de Graças é um feriado exclusivamente dos Estados Unidos, mas na verdade existe uma grande tradição de celebrações na época da colheita. Gregos, romanos, chineses, judeus, egípcios e outros povos já celebravam o sucesso das colheitas com festas e banquetes, agradecendo aos deuses.
O Dia de Ação de Graças atual tem suas principais origens na história dos Estados Unidos. Em 1609, um grupo de puritanos que estava fugindo da perseguição religiosa na Inglaterra foi viver na Holanda e, em seguida, na América. Em setembro de 1620, um grupo de 110 puritanos, chamados de peregrinos, chegou ao Novo Mundo e se acomodou na cidade de Plymouth, hoje Massachusetts. O primeiro inverno dos peregrinos foi tão intenso que menos de cinqüenta pessoas conseguiram sobreviver. Em de março de 1621, dois índios abnakis – Samoset e Squanto – chegaram ao povoado e ajudaram os peregrinos a sobreviver: ensinaram como extrair seiva das árvores, como evitar plantas que eram venenosas e como plantar milho e outros alimentos. A colheita de outubro foi muito bem-sucedida, em grande parte graças à ajuda dos nativos norte-americanos. Os peregrinos tiveram comida suficiente para o inverno e tinham aprendido a sobreviver no Novo Mundo. O governador dos peregrinos, William Bradford, decidiu realizar um banquete de celebração e convidou os vizinhos nativos norte-americanos, que também trouxeram comida. A celebração durou três dias. O Dia de Ação de Graças não está ligado a uma religião específica e as pessoas podem celebrá-lo da maneira como quiserem. As únicas tradições essenciais são fazer uma refeição com amigos ou com a família e agradecer pelo que se tem.

(adaptado de texto disponível aqui )

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Oração de Ação de Graças

Nós Te agradecemos
porque Tu és o Senhor, nosso Deus,
e o Deus de nossos pais.
Nós Te agradecemos por nossa vida
entregue em tuas mãos,
por nossas almas confiadas a Ti,
pelos prodígios que dia após dia operas em nós,
pelas coisas maravilhosas e pelas obras de bondade
que realizas em cada tempo, à tarde, de manhã e ao meio-dia.

(oração judaica, citada por padre José Ivo Follmann, coordenador do Programa “Gestando o Diálogo Inter-Religioso e o Ecumenismo”, da UNISINOS, disponível aqui )

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Deus está me esculpindo

DEUS...
não me criou, está me criando
não me formou, está me formando
não me chamou, está me chamando
não me amou, está me amando
não me disse, está me dizendo
não me salvou, está me salvando.

EU...
não cheguei lá, estou indo
não virei santo, estou sendo santificado
não me converti, estou me convertendo
não me encontrei, estou me encontrando
não sei o suficiente, estou aprendendo.

DEUS...
não me responde tudo, ensina-me a pensar
não me leva sempre, manda-me caminhar
não faz tudo por mim, ensina-me a fazer
não me empurra, aponta a direção
não me mostra tudo, dá sinais
não pára o rio, ensina-me a atravessá-lo
não tira os obstáculos, ensina-me a superá-los.

EU...
não sou um nada, eu somo e multiplico
não sou coisa, sou pessoa
não sou número, sou indivíduo
não sou qualquer, sou alguém
não me sobreponho, ponho-me no meu lugar
não passo por cima, caminho ao lado
não me deixo pisar, mas também não piso.

É Deus primeiro, depois eu e os outros, lado a lado.
Se tiver que perder algumas vezes, entenderei.
Daqui do meu ângulo, o mundo tem um só EU.
Além do meu pequeno "eu" o mundo tem 6,5 bilhões de “outros”.
O que mais existe no mundo é o "outro".
Não posso querer que tudo passe pelo meu inacabado eu.
Por isso, tomarei cuidado com este pronome.
“Eu demais” quase sempre quer dizer “outros de menos”.
Certamente não sou e não serei pessoa nota 10. Não sou máximo.
Além disso, o PROCOM não costuma recomendar produtos falsos.
Sou obra imperfeita e inacabada.
O jeito é deixar que Deus termine o que começou em mim.

(texto de padre Zezinho, disponível aqui )

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tanquinho de areia

Um menininho brincava no tanque de areia da praça naquela manhã de sábado. Tinha com ele sua caixa de carrinhos e caminhões, seu balde plástico e uma pá vermelha brilhante. No processo de criar estradas e túneis na areia macia, ele descobriu uma pedra grande no meio do tanque de areia. O menino cavou ao redor da pedra, conseguindo desalojar a sujeira. Com muito esforço, usando as mãos e os pés em todas as posições possíveis, ele conseguiu empurrar a pedra através do tanque de areia. Era um menino muito pequeno e a pedra, para ele, era enorme. Quando o menino alcançou a borda do tanque de areia, ele descobriu que mais difícil ainda ia ser passar a pedra sobre a pequena parede. Determinado, o menininho empurrou, empurrou e empurrou, mas a cada vez que ele achava ter feito algum progresso, a pedra virava e rolava de volta para o tanque. O menininho grunhiu, lutou, empurrou, mas sua única recompensa era ter a pedra rolando de volta, esmagando seus dedinhos rechonchudos. Finalmente rompeu em lágrimas de frustração.
Durante todo o tempo, seu pai o observava de sua janela, aguardando o desenvolvimento de todo o drama. No momento em que as lágrimas caíram, uma sombra grande caiu sobre o menino. Era seu pai. Suavemente mas com firmeza, ele disse:
- Filho, por que você não usou toda a força que você tinha disponível?
Derrotado, o menino respondeu:
- Mas eu usei, pai! Usei toda a força que eu tinha!
- Não, meu filho, corrigiu o pai bondosamente. - Você não usou toda a força que você tinha. Você não me pediu ajuda!
E o pai do menino se abaixou, pegou a pedra e a retirou do tanque de areia.

(autor desconhecido; texto disponível aqui )

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Coexistência

A Coexistência não é necessariamente aprender a viver junto, mas talvez aprender a viver lado a lado. Muitos de nós têm esperança de uma existência pacífica, mas infelizmente todos os dias ainda há violência e terrorismo contra pessoas inocentes em muitos cantos do mundo. As pessoas sensatas deveriam receber a mensagem de coexistência e levá-la em seus corações e mentes. A pobreza e a riqueza extremas existem lado a lado com uma grande disparidade. A hostilidade e a desconfiança crescem do outro lado das cercas que as pessoas constróem. Faríamos bem em aprender a apoiar ao invés de enfraquecer um ao outro e aprender a entender as diferenças entre nós e estimar e valorizar essas diferenças. O mundo em que nós vivemos hoje precisa de muita boa vontade e amor. A mensagem de tolerância e compreensão precisa ser ouvida em cada canto do mundo e em todos os locais possíveis. O que precisamos hoje em muitos lugares no mundo é mais consideração, carinho, humildade e amor. Não podemos continuar a educar as gerações futuras com base na diferença. Não podemos permitir que mal-entendidos triunfem sobre a percepção e compaixão dentro de nós. Temos que ter esperança e agir, cada um de nós e todos nós juntos. Se cada um, à sua maneira, pensasse sobre como pode contribuir, mesmo que de forma pequena, mas significativa, para a mensagem de que todas as pessoas são iguais e responsáveis pelas outras, haverá uma manhã em que acordaremos em um mundo melhor.

(adaptado de texto de Raphie Etgar, do projeto “Coexistence”, disponível aqui )

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Consciência da diferença

O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos nos trouxe um dos mais lúcidos ensinamentos. Segundo ele, “devemos lutar pela igualdade toda vez que a diferença nos inferioriza, mas também devemos lutar pela diferença toda vez que a igualdade nos descaracteriza”. No próximo dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, será um momento oportuno para refletirmos essa questão. É dia de honrarmos nossas raízes guerreiras, que nos ensinaram a resistir e a nos afirmar pela igualdade. Mas também é dia de honrarmos nossas raízes fraternas, que nos ensinaram a permitir e a lidar com a diversidade. É nesse sentido que a contribuição negra precisa se dizer forte, precisa se dizer completa, não só porque queremos ser iguais, mas porque também queremos o desigual, porque queremos acolher a diferença. A grandeza da existência humana é poder trabalhar com a pluralidade, é poder ter a grandeza de compreender nas diferenças o conjunto da igualdade humana. Por isso, esse dia é uma belíssima oportunidade para celebrarmos a diversidade como fundamento e valor da humanidade.

(adaptado de texto de Gilberto Passos Gil Moreira, músico e ex-ministro da Cultura, disponível aqui )

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Consciência Negra: é preciso aceitar que o preconceito existe

O preconceito diz respeito a idéias formuladas “a priori”, "antes de conhecer", sobre as qualidades físicas, morais e intelectuais de indivíduos, e que conferem a esses indivíduos uma situação de inferioridade. Pela sua subjetividade, o preconceito é mais difícil de ser combatido e mais demorado para ser desconstruído. Entretanto, qualquer que seja a motivação — raça, cor, origem, classe social — o preconceito constitui um fator determinante da qualidade das relações entre aquele que se considera “superior” e aquele que é considerado “inferior”. É nessas relações que o preconceito se revela, sob a forma de discriminação. Orientada pelo preconceito, a discriminação é a ação concreta, que vai desde a afirmação verbal da inferioridade — os xingamentos, os tratamentos pejorativos — até as situações de humilhação e as iniciativas no sentido de impedir ou dificultar a comprovação de que essa inferioridade é infundada. Assim, pela sua concretude e objetividade, a discriminação racial pode ser identificada e deve ser combatida, tanto em nome do respeito ao ser humano quanto pelos princípios democráticos que igualam negros e não-negros como cidadãos. Todavia, a realidade indica que o caminho para o equacionamento da questão racial no Brasil tem algo em comum com o tratamento para o alcoolismo: o primeiro passo para a superação é aceitar que o problema existe.

(adaptado de texto de Azuete Fogaça, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora e da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro, publicado no O Globo Online, em 22/04/2005, disponível aqui )

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Prece da Herança

Senhor, sou um, entre milhões de seres humanos, e me apresento diante de ti. Venho falar-te de uma herança que recebi de ti. Venho dizer que me sinto pequeno diante do que me pedes e, às vezes, não me sinto capaz.
Mas quero dizer também que amo o que me propuseste. Compreendo que não devo ser florista, nem vendedor de sal, mas sim, jardineiro e sal. Preciso trabalhar, cada dia, para poder fazer a minha parte. Vejo que ninguém vai construir aquilo que eu devo construir. Percebo que sou uma parcela importante. Gostaria de ser um artista a trabalhar este mundo cheio de tantas coisas belas. Dá-me, Senhor, a consciência de que o mundo precisa de minhas mãos. Dá-me coragem para me preparar bem e assim poder levar adiante a herança gloriosa que me deixaste. Quero trabalhar como alguém significativo para o mundo. Ajuda-me a ser uma fonte de água viva e uma fonte de tua luz.
Amém!

(texto de padre Tiago Alberione, fundador da congregação dos padres Paulinos e das irmãs Paulinas, disponível aqui )

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Cidade dos Resmungos

Era uma vez um lugar chamado Cidade dos Resmungos, onde todos resmungavam, resmungavam, resmungavam. No verão, resmungavam que estava muito quente. No inverno, que estava muito frio. Quando chovia, as crianças choramingavam porque não podiam sair. Quando fazia sol, reclamavam que não tinham o que fazer. Os vizinhos queixavam-se uns dos outros, os pais queixavam-se dos filhos, os irmãos das irmãs. Todos tinham um problema, e todos reclamavam que alguém deveria fazer alguma coisa.
Um dia chegou à cidade um mascate carregando um enorme cesto às costas. Ao perceber toda aquela inquietação e choradeira, pôs o cesto no chão e gritou:
- Ó cidadãos deste belo lugar! Os campos estão abarrotados de trigo, os pomares carregados de frutas. As cordilheiras são cobertas de florestas espessas, e os vales banhados por rios profundos. Jamais vi um lugar abençoado por tantas conveniências e tamanha abundância. Por que tanta insatisfação? Aproximem-se, e eu lhes mostrarei o caminho para a felicidade.
Ora, a camisa do mascate estava rasgada e puída. Havia remendos nas calças e buracos nos sapatos. As pessoas riram ao pensar que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser feliz. Mas enquanto riam, ele puxou uma corda comprida do cesto e a esticou entre dois postes na praça da cidade.
Então, segurando o cesto diante de si, gritou:
- Povo desta cidade! Aqueles que estiverem insatisfeitos escrevam seus problemas num pedaço de papel e ponham dentro deste cesto. Trocarei seus problemas por felicidade!
A multidão se aglomerou ao seu redor. Ninguém hesitou diante da chance de se livrar dos problemas. Todo homem, mulher e criança da vila rabiscou sua queixa num pedaço de papel e jogou no cesto.
Eles observaram o mascate pegar cada problema e pendurá-lo na corda. Quando ele terminou, havia problemas tremulando em cada polegada da corda, de um extremo a outro. Então ele disse:
- Agora cada um de vocês deve retirar desta linha mágica o menor problema que puder encontrar.
Todos correram para examinar os problemas. Procuraram, manusearam os pedaços de papel e ponderaram, cada qual tentando escolher o menor problema. Depois de algum tempo a corda estava vazia.
Eis que cada um segurava o mesmíssimo problema que havia colocado no cesto. Cada pessoa havia escolhido o seu próprio problema, julgando ser ele o menor da corda.
Daí por diante, o povo daquela cidade deixou de resmungar o tempo todo. E sempre que alguém sentia o desejo de resmungar ou reclamar, pensava no mascate e na sua corda mágica.

(texto retirado de “O Livro das Virtudes II”, de William J.Bennett, disponível aqui )

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Muito além de uma porta

Se você encontrar uma porta a sua frente, poderá abri-la ou não. Se você abrir a porta, poderá ou não entrar em uma nova sala. Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo. Se você venceu, você deu um grande passo: nesta sala vive-se. Mas também tem um preço: são inúmeras as outras portas que você descobre. O grande segredo é saber quando e qual porta dever ser aberta. A vida não é rigorosa: ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos, quando, com eles, se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno.
A vida é generosa: a cada sala em que se vive, descobrem-se outras tantas portas. A vida enriquece a quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece oportunas portas.
Mas a vida pode também ser dura e severa: se você não ultrapassar a porta, terá sempre essa mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação. É a monotonia cromática perante o arco-íris. É a estagnação da vida.
Para a vida, as portas não são obstáculos mas diferentes passagens...

(texto de Içami Tiba, disponível aqui )

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A camisa de um homem feliz

Um califa sofrendo de uma doença mortal, estava deitado sobre almofadas de seda. Os raquins, os médicos de seu país, reunidos ao seu redor, concordaram entre si em que apenas uma coisa poderia conceder cura e salvação ao califa: colocar sob sua cabeça a camisa de um homem feliz.
Mensageiros em grande número saíram buscando em toda cidade, toda vila e toda cabana por um homem feliz. Mas cada pessoa por eles interrogada nada expressava senão tristeza e preocupações. Finalmente após ter abandonado toda a esperança, os mensageiros encontram um pastor que ria e cantava enquanto observava seu rebanho.
- O senhor é feliz? – perguntaram os mensageiros.
- Não posso imaginar alguém mais feliz que eu – disse o pastor, rindo-se.
- Então, dê-nos tua camisa. O califa precisa dela para ser curado.
Mas, para a surpresa dos mensageiros, o pastor respondeu:
- Eu não tenho nenhuma camisa!
Essa notícia patética, de que o único homem feliz encontrado pelos mensageiros não possuía sequer uma camisa, deu o que pensar ao califa. Por três dias e três noites ele não permitiu que nenhuma pessoa se aproximasse dele. Finalmente, no quarto dia, fez com que suas almofadas de seda e suas pedras preciosas fossem distribuídas entre o povo. Daquele momento em diante, o califa ficou saudável e feliz outra vez.

(texto retirado do livro “O mercador e o papagaio”, de Nossrat Peseschkian, disponível aqui )

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Deus existe e ama

Deus existe, e se Ele existe, Ele ama. É inconcebível, vai contra a lógica, é totalmente inadmissível a idéia de que Deus possa odiar. Ele não seria Deus se odiasse. E se Ele amasse, ainda que só um pouco menos, também não seria Deus. Por isso, Deus existe e ama, porque amar para Deus é a mesma coisa que existir; existir, para Deus, é a mesma coisa que amar. Se Deus deixasse de amar Ele deixaria de existir. Um ser humano pode existir e não amar, mas Deus não pode. Quando digo que Deus ama, afirmo que Deus existe. Quando afirmo que Deus existe, afirmo que Ele ama, e não apenas que Ele tem amor; como São João, eu digo que muito mais do que ter amor, Deus é o próprio amor. Porque Deus ama, eu acredito piamente que Ele se importa com toda a sua criação e com cada ser que Ele criou. Minha crença em Deus tem que passar pela certeza de que Deus ama; no primeiro momento que eu negar que Deus ama, estarei negando Deus. Digo mais: a descoberta do amor de Deus é a verdadeira descoberta da existência de Deus. Alguém que afirmasse a existência de Deus, mas duvidasse do Seu amor, não estaria acreditando na existência de Deus. Para crer que Deus existe, eu preciso crer que Ele ama. Pode até acontecer de eu não amá-Lo direito, mas não posso negar que Ele me ama. Por isso, essas duas expressões devem sempre andar juntas quando falamos de Deus. Existe e ama! Não é possível uma sem a outra. Eu posso existir e não amar. Deus não pode.

(texto de padre Zezinho, disponível aqui )

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Prece ao Deus da Vida

Ó Deus da luzes, acende mais estrelas sobre a névoa que polui o nosso universo.
Ó Deus das águas, enche tuas ternas mãos nos mananciais dos nossos rios e irriga o jardim do teu planeta.
Ó Deus das plantas, cultiva as tuas árvores floridas nas clareiras abertas em nossas florestas.
Ó Deus das sementes, colhe as tuas searas nas nossas lavouras libertadas de venenos.
Ó Deus das criaturas, escolhe os teus animais inocentes do olhar das pessoas destruidoras.
Ó Deus das crianças, amacia mais o colo das mães para os teus bebês, que querem nascer.
Ó Deus dos adolescentes, amplia os sonhos de vida, com a tua presença.
Ó Deus dos jovens, caminha lado a lado com os que te querem por companheiro.
Ó Deus dos adultos, inspira projetos que construam, no nosso mundo, os teus sonhos.
Ó Deus dos anciãos, não esqueças que és eterno e eles vivem no tempo.
Ó Deus das famílias, onde guardaste a planta do paraíso terrestre? Procura-a. Nós a queremos para construir nossos lares.
Ó Deus das vozes e das harmonias, rege a paz nos gorjeios das tuas aves e nos cânticos dos nossos corais.
Ó Deus das artes, vem dançar e tocar em todos os nossos espaços sagrados.
Ó Deus das preces, faz o mundo inteiro ouvir a tua voz orante nos acalantos da natureza e nas rezas dos nossos templos.
Ó Deus dos amores, encobre todas as criaturas com o manto protetor de teu olhar.
(texto de Maria Inês Carniato, disponível aqui )

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Saber viver

Não sei...
Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós.
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes,
Basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais.
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
enquanto durar.

(texto de Cora Coralina, disponível aqui )

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Deus nos convida a ser santos

Por que celebramos o Dia de Todos os Santos? Com esta pergunta tem início uma famosa homilia de São Bernardo para esse dia. É uma pergunta atual e também é atual a resposta: "Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles." O significado da solenidade é este: contemplando o exemplo luminoso dos santos, despertar em nós o grande desejo de ser como os santos: felizes por viver próximos de Deus, na sua luz, na grande família dos amigos de Deus. Ser santo significa viver na intimidade com Deus, viver na sua família. Esta é a vocação de todos nós. Mas como podemos ser santos, amigos de Deus? Para ser santo não é necessário realizar ações nem obras extraordinárias, nem possuir carismas excepcionais. É preciso ouvir Jesus e depois segui-lo sem desanimar diante das dificuldades. Quanto mais imitarmos Jesus e permanecermos unidos a Ele, tanto mais entraremos no mistério da santidade divina. A santidade exige um esforço constante, mas é possível para todos porque, mais do que uma obra do homem, é um dom de Deus. Na nossa vida, tudo é dom do seu amor. Descobrimos que somos amados por Ele de modo infinito e isso nos impulsiona a amar os irmãos. Neste dia de Todos os Santos, proclamamos que os santos são nossos amigos e modelos de vida. Rezemos a eles para que nos ajudem a imitá-los e comprometamo-nos a responder com generosidade à vocação divina.
(adaptado de homilia do papa Bento XVI, disponível aqui )

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dia de Finados (2 de novembro)

O culto aos mortos é muito antigo e esteve presente em quase todas as religiões, principalmente nas mais antigas. Inicialmente era ligado aos cultos agrários e de fertilidade. Os mais antigos acreditavam que, como as sementes, os mortos eram enterrados com vistas à ressurreição. Na Igreja Católica, o Dia de Finados surgiu como um vínculo suplementar entre vivos e mortos, destinado a todos. Já no século I, os cristãos visitavam os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. No século X, a Igreja Católica instituiu oficialmente o Dia de Finados. Com o passar do tempo, a comemoração ultrapassou seu aspecto exclusivamente religioso, para revelar uma feição emotiva: a saudade de quem perdeu entes queridos. As pessoas costumam celebrar os mortos levando flores aos túmulos e rezando por eles. Alguns preferem chamar a data de "Dia da Saudade", retirando o peso do aspecto fúnebre e enfatizando as melhores lembranças daqueles que se foram.
(adaptado de texto da UFGNet, disponível aqui )

No dia de Finados não festejamos a morte. Celebramos nossa fé na ressurreição e a esperança do encontro com Deus. No dia de Finados lembramos e agradecemos a Deus a vida de nossos ascendentes, aqueles que nos antecederam. Paramos um minuto. Acendemos uma vela. Proferimos uma oração. Vamos à missa nos cemitérios ou comunidades. Agradecemos a Deus essa cadeia da vida que nos tornou possíveis e viventes. Não somos filhos do nada, nem começamos em nós mesmos. Somos sementes do amor de Deus transmitido por avós, pais e antepassados. Essa cadeia de gerações nos transmitiu vida e fé. A luz que nos iluminou através deles não se apagou com suas mortes. Acendemos velas para lembrar que essa luz segue nos iluminando, em nossos corações. Veneramos seus exemplos e imitamos sua fé. Enfeitamos as sepulturas com flores, símbolo da ressurreição. Na morte a vida não é tirada, mas transformada. Nossa vida é eterna.
(adaptado de texto disponível aqui )

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dia de Todos os Santos (1º de novembro)

Quem são os santos a quem é dedicado o dia 1º de novembro? São todas as pessoas que viveram em suas vidas os ensinamentos de Jesus de maneira plena. Além de todos os santos que foram canonizados, isto é, reconhecidos pela Igreja, há também muitos outros santos anônimos, que viveram no mundo silenciosamente, carregando com dignidade a sua cruz. Santos são todos os que nos precederam em vida na terra, perseverando na fé em Cristo, seguindo seus mandamentos e vivendo o amor ao próximo. Portanto, são multidões e multidões, porque para Deus não existe maior ou menor santidade. Ele ama todos do mesmo modo. O que vale é o nosso testemunho de fidelidade e amor na fé em seu Filho, o Cristo, e que somente Deus conhece.
Rezemos por todas essas pessoas que souberam viver a vida com amor e dignidade; e por todos nós, para que possamos seguir seus exemplos e também nos tornarmos santos, seguidores de Jesus.
(adaptado de texto disponível aqui )

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Missão: parte integrante da identidade cristã (Mês Missionário 08)

Encerrando o Mês Missionário, vamos relembrar um pequeno trecho do Documento de Aparecida, escrito pelos bispos católicos da América Latina, reunidos na cidade de Aparecida do Norte/SP, em 2007. Nesse trecho, os bispos nos lembram que seguir a Jesus é muito mais do que ir à missa ou rezar sozinho dentro de casa:

“Ao chamar os seus para que O sigam, Jesus dá-lhes uma Missão muito precisa: anunciar o Evangelho do Reino a todas as nações. Por isto todo discípulo é missionário, pois Jesus o faz partícipe de Sua Missão, ao mesmo tempo que o vincula a Ele como amigo e irmão. Desta maneira, como Ele é testemunha do mistério do Pai, assim os discípulos são testemunhas da morte e ressurreição do Senhor, até que Ele volte. Cumprir essa Missão não é tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã, porque é a extensão testemunhal da própria vocação” (Documento de Aparecida, 144).

Portanto, se você se considera um cristão, você também precisa ser um missionário, que leva o Evangelho a todos os lugares. Os ambientes em que você convive com outras pessoas podem estar precisando do seu testemunho de cristão: família, escola, clube, comunidade, grupo de amigos, etc.
Pense nisso: como você pode testemunhar os ensinamentos de Jesus nesses ambientes?

(adaptado do folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Doze pratos

Um príncipe chinês orgulhava-se de sua coleção de porcelana, rara e de antiga procedência, constituída por doze pratos de grande beleza artística e decorativa. Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de uma circunstância fortuita. A notícia tomou conta do Império, e, às vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso que se comprometeu a devolver a ordem à coleção, se o servo fosse perdoado.
Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel. Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas.
Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, ele disse:
– Aí estão, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Já que essas porcelanas valem mais do que as vidas e, considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos, nada valem.
Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.
(autor desconhecido)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A ecologia pelo avesso (II) (Mês Missionário 07)

Tanzânia 1994. O missionário padre Camilo Calliari, realizou, nas aldeias da região de Kipengere, no planalto meridional da Tanzânia, a 2 mil metros de altitude (Diocese de Njombe), um pólo de desenvolvimento admirado e proposto como modelo pelas autoridades. O que mais importa é que conseguiu a participação do povo do lugar, que o segue com paixão: chamam-no com carinho de “baba” (pai) Camilo.
As realizações de “baba” Camilo e do seu povo, em trinta anos de trabalho, impressionam, mesmo olhando apenas a sua lista: hospital com 78 leitos (400 nascimentos por ano); construção e conserto de estradas com recursos próprios, quase todos vindos da Itália; fazenda experimental de 200 hectares cultivada com métodos modernos (pela primeira vez se produz trigo a 2 mil metros); criação de vacas leiteiras (as vacas africanas produzem um litro de leite por dia) e difusão do leite nas famílias; a fábrica-escola para a produção de queijo, produção de vinho com uva do lugar; moinho que trabalha em tempo integral para o pessoal; escola de marcenaria com 30 jovens residentes e muitos externos; oficina-escola mecânica para conserto de máquinas de todo tipo; escolas...
O desenvolvimento dos povos precisa, sobretudo, de educadores. Os missionários dão o exemplo.
(adaptado de texto do padre Piero Gheddo, reproduzido no folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A ecologia pelo avesso (I) (Mês Missionário 06)

No norte de Burkina Fasso, na África, terras queimadas pelo sol, multidões de retirantes que se deslocam na noite (de dia o calor atinge os 42-45 graus na sombra) em direção aos campos de refugiados do sul. O deserto traga as pequenas cidades como Dori, Oahigouya, Ziniaré. Não há água, os leitos dos rios estão ressequidos, as bombas, nas aldeias, em grande parte, quebradas.
Nesta situação apocalíptica, em duas regiões os campos ostentavam o seu verde. Por toda parte açudes e canais cheios de água, roças e chácaras cultivadas, barreiras de árvores contra o vento carregado de areia do deserto. No meio, as fazendas-escola de Goundi e de Nanoro onde, há 40 anos, os Irmãos da Sagrada Família de Chieri (Itália) ensinam a rapazes e moças como segurar e conservar a água, adubar e cultivar o terreno, criar animais domésticos, consertar as bombas dos poços.
Os Irmãos da Sagrada Família de Chieri, rijos camponeses italianos piemonteses, fundaram duas fazendas-escola, nas quais hospedam 30 rapazes e 30 moças durante três anos. Encaminham-nos aos trabalhos agrícolas e depois os mandam de volta a suas aldeias, ajudando-os a fundar cooperativas e a transmitir aos outros os ensinos recebidos. O Ir. Silvestre, o mítico fundador da fazenda-escola de Goundi, dizia-me: – As maiores dificuldades encontradas não são as de caráter técnico. Os jovens africanos têm uma inteligência pronta, viva, aprendem logo. O problema dos problemas é a resistência do ambiente à introdução de novas técnicas, o peso dos idosos que defendem a tradição, a mentalidade comum avessa às mudanças. Precisa paciência, amizade, educação. É preciso dar tempo ao tempo.
O ministro da agricultura de Burkina Fasso disse: – Se, em lugar de duas fazendas-escola, tivéssemos 50 ou 60, o problema seca não existiria.
(adaptado de texto do padre Piero Gheddo, reproduzido no folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A menina do leite

A menina não cabia em si de felicidade. Pela primeira vez iria à cidade vender o leite de sua vaquinha. Trajando o seu melhor vestido, ela partiu pela estrada com a lata de leite na cabeça. Enquanto caminhava, o leite chacoalhava dentro da lata. E os pensamentos faziam o mesmo dentro da sua cabeça:
– Vou vender o leite e comprar uma dúzia de ovos. Depois, choco os ovos e ganho uma dúzia de pintinhos. Quando os pintinhos crescerem, terei bonitos galos e galinhas. Vendo os galos e crio as frangas, que são ótimas botadeiras de ovos. Choco os ovos e terei mais galos e galinhas. Vendo tudo e compro uma cabrita e algumas porcas. Se cada porca me der três leitõezinhos, vendo dois, fico com um e ...
A menina estava tão distraída que tropeçou numa pedra, perdeu o equilíbrio e levou um tombo. Lá se foi o leite branquinho pelo chão. E os ovos, os pintinhos, os galos, as galinhas, os cabritos, as porcas e os leitõezinhos pelos ares.
Moral da história: “Não se deve contar com uma coisa antes de consegui-la.”
(fábula de Esopo)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

História da criação e da destruição do mundo (Mês Missionário 05)

Então vi que tudo era bom, muito bom. Hoje vejo que tudo vai mal, muito mal. No primeiro dia eu criei a luz: o sol para o dia, a lua para a noite. Mas vocês obscureceram o dia com nuvens de fumaça, e perturbaram a calma da noite com luzes artificiais. No segundo dia dividi as águas das terras e lhes dei a água restauradora e a terra fecunda. Mas vocês poluíram os córregos, os rios e os mares, e envenenaram a terra. No terceiro dia fiz crescer a vegetação, todos os tipos de plantas e árvores. Mas vocês mataram as florestas e os campos com as chuvas ácidas. Depois criei os seres das águas, pequenos e grandes, e todos os tipos de aves. Mas vocês destruíram imensas quantidades de peixe com o petróleo derramado e produtos químicos; acabaram com as borboletas e os passarinhos. E criei todos os tipos de seres vivos, dos animais rastejantes aos silvestres. Mas vocês os aniquilaram sem respeito ou os mantém como atração nos zoológicos. Enfim criei o homem e a mulher, imagens de mim mesmo, e lhes entreguei toda a Criação. Mas vocês são maus administradores e destruíram a obra das minhas mãos. No sétimo dia descansei, e ordenei que vocês também descansassem nesse dia. Mas no final de semana vocês não descansam: vão de uma diversão à outra, de um recorde a outro, sem nenhum sentido. Volte, povo meu, ao seu Deus, pensem em vocês mesmos e nos seus descendentes, que acabarão por herdar esta terra que agora é de vocês.
(texto de Walbert Buhlmann, reproduzido no folder “Celebrações Missionárias 2009”,
elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível
aqui )

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Marcha pela Paz e Não-Violência

No último dia 02 de outubro, aniversário do nascimento de Gandhi e declarado pelas Nações Unidas como “Dia Internacional da Não-Violência”, teve início a Marcha Mundial Pela Paz e a Não Violência. A Marcha começou na Nova Zelândia e terminará na Cordilheira dos Andes, aos pés do Monte Aconcágua, em 2 de janeiro de 2010. Durante estes 90 dias, a Marcha passará por mais de 90 países e 100 cidades, nos cinco continentes. Cobrirá uma distância de 160.000 km por terra, além de alguns trechos por mar e por ar. Uma equipe base permanente de cem pessoas de diversas nacionalidades fará o percurso completo.
A marcha é uma iniciativa do “Mundo sem Guerras”, uma organização internacional que trabalha há 15 anos no campo do pacifismo e da não-violência. No entanto, a Marcha Mundial será construída por todos. Em sua passagem pelas cidades, serão realizados todos os tipos de fóruns, encontros, festivais, conferências e eventos (esportivos, culturais, sociais, musicais, artísticos, educativos, etc.) que irão sendo organizados à medida que surjam iniciativas em cada lugar. É uma marcha das pessoas e para as pessoas, que pretende chegar à maioria da população mundial. Portanto, não se trata de algo fechado e sim de um percurso que irá se enriquecendo graças às atividades que se coloquem em marcha conforme as diversas iniciativas. Os canais de participação são múltiplos, destacando a participação virtual através da internet.
E você? Também vai participar?
(texto disponível no site oficial da Marcha)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Casal missionário recupera meninos de rua (Mês Missionário 04)

Resgatar crianças pelas ruas de um país no qual a pobreza e a ignorância formam um círculo vicioso: este é o ideal de Artur Mottola, psicólogo de 47 anos, e Victória, sua esposa, há 15 anos vivendo em Yacuiba, Bolívia, onde fundaram um centro de acolhida para jovens, chamado Anjo da Guarda. A motivação que impulsiona este casal é seguir Jesus pobre, servo e sofredor, compartilhando diretamente a vida dos últimos, como uma verdadeira Missão. Deixaram sua Pátria, a Itália, confiantes de terem sido chamados a viver esta realidade, diante das grandes necessidades das crianças da América Latina. Na Bolívia, estima-se que 800 mil crianças e adolescentes são objeto de diversos tipos de exploração: trabalho infantil, sexo, narcotráfico...
“Estamos tentando enfrentar esta situação em diversos setores: reabilitação dos jovens dependentes de drogas, crianças abandonadas nas ruas, menores com necessidades especiais... Abrimos também um centro de acolhida diurno, que favorece as famílias que não têm com quem deixar os filhos, enquanto os pais trabalham.”
No início, esta obra contava com 30 crianças, e tem atingido quase uma centena nos últimos meses. As famílias também estão se beneficiando com a segurança de manter seus filhos resguardados no centro diurno. “Temos vivido momentos intensos de fraternidade e de amizade com essas famílias. Desejamos, com a nossa presença, ser um testemunho de que o amor cristão pode construir soluções e alternativas que o Estado não consegue oferecer.”
(adaptado de texto da revista Mundo e Missão, outubro de 2008, reproduzido no folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quem foi Santa Gianna??

No último dia 08, Dia do Nascituro, uma frase colocada na Oração do Dia chamou a atenção de todos:

“Caso tenha que escolher entre mim e o bebê, não hesite , – e eu o exijo – escolha o bebê. Salve-o!” (Santa Gianna)

Mas, quem foi Santa Gianna?
Gianna Beretta Molla nasceu em Magenta (Milão, Itália) em 1922. Na infância, aprendeu com seus pais a considerar a vida como um dom maravilhoso de Deus. Formou-se médica pediatra e sempre deu especial atenção às mães e crianças mais pobres. Questionando-se sobre sua vocação, optou pela vocação matrimonial, casando-se com o engenheiro Pietro Molla, em 1955. Em 1959, já era mãe de 3 filhos: Pierluigi (1956), Mariolina (1957) e Laura (1959). Em 1961, no final do segundo mês de sua quarta gestação, foi descoberto um fibroma em seu útero. Três opções lhe foram apresentadas: retirar o útero doente, o que ocasionaria a morte da criança; abortar o feto; ou a mais arriscada, submeter-se a uma cirurgia de risco e preservar a gravidez. Escolheu a última e, com o sucesso da cirurgia, passou os últimos sete meses de gravidez com admirável força de espírito e com a mesma dedicação de mãe e de médica. Alguns dias antes do parto, sabendo dos riscos que corria, demonstrou-se pronta a sacrificar sua vida para salvar a do filho: "Se deveis decidir entre mim e o filho, nenhuma hesitação: escolhei – e isto o exijo – a criança. Salvai-a!" Sua filha, Gianna Emanuela, nasceu na manhã do dia 21 de abril de 1962. A mãe teve a filha nos braços apenas por breves instantes. Apesar dos esforços para salvar a vida de ambas, na manhã de 28 de abril, em meio a atrozes dores, a mãe Gianna morreu santamente. Tinha 39 anos. Seus funerais transformaram-se em grande manifestação popular de comoção, de fé e de oração. No dia 16 de maio de 2004, o Papa João Paulo II declarou santa a médica italiana Gianna Beretta Molla (1922-1962), que deu a vida por sua filha, preferindo morrer a praticar um aborto.
(adaptado de texto disponível aqui )

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dia Mundial das Missões (Mês Missionário 03)

No último domingo, a Igreja celebrou o Dia Mundial das Missões. O papa Bento XVI enviou uma mensagem especial a todos os cristãos católicos, destacando a importância das missões na caminhada da Igreja. Ele lembrou que “o objetivo da Missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminho para Deus na história, a fim de que n’Ele encontrem a sua plena realização”. Destacou que “a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo”. “A Missão da Igreja é ‘contagiar’ de esperança todos os povos, chamar todos os povos à salvação realizada por Deus por meio de seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, que é fermento de liberdade e progresso, fraternidade, união e paz.” Portanto, a Igreja tem como objetivo fundamental transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor.
(adaptado de mensagem elaborada pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A missão do professor

Professor(a), amanhã comemoramos o seu dia. Mas essa lembrança não se reduz apenas a um dia, porque você passa pela vida das pessoas fazendo o bem como “a flauta, através da qual, o murmúrio das horas, se transforma em melodia”. Esse apoio muitas vezes chega através de uma palavra. Outras vezes, pela escuta. Ou ainda no acolhimento silencioso e – porque não? – em forma de uma prece, do seu coração. Prossiga no ideal, sem olhar para trás, contemplando o bem que realizou. Só assim você terá a certeza de que sua gratuidade e doação fizeram muitas pessoas alçarem o vôo para a liberdade. Parabéns, professor, não só por este dia, mas por toda a sua dedicação, pois em muitas manhãs, tardes e noites você já não conheceu a palavra descanso, dando sempre o melhor de si. Obrigado por tudo!
(texto de Celina Helena Weschenfelder, disponível aqui )

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Você, criança!

Você criança, que vive a correr, é a promessa que vai acontecer, é a esperança do que poderíamos ser, é a inocência que deveríamos ter. Você criança, de qualquer idade, vivendo entre o sonho e a realidade, espalham pelas ruas da cidade suas lições de amor e de simplicidade! Criança que brinca, corre, pula e grita, mostra ao mundo como se deve viver cada momento: feliz, como quem acredita em um mundo melhor que ainda vai haver! Você é como um raio de luz a iluminar os nossos caminhos, assemelhando-se ao Menino Jesus, encanta-nos com todo teu carinho!
Você é a criança que um dia vai crescer! É a promessa que vai se realizar!
É a esperança da humanidade se entender! É a realidade que o adulto precisa ver... e também aprender a ser.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil

Na próxima segunda-feira, dia 12 de outubro, comemoramos o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Você sabe por que ela ganhou esse nome? Foi nesse mesmo dia, em 1717, que os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso encontraram a imagem. Eles pescavam no rio Paraíba, ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia. Até que a rede lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo no rio, pescaram desta vez a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.
Durante os 15 anos seguintes, a imagem permaneceu com a família de um dos pescadores e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. Com o passar do tempo a imagem foi sendo chamada pelo povo de Senhora da Conceição Aparecida e depois, simplesmente, Aparecida, que deu origem à cidade de mesmo nome. Foi necessária a construção de uma capela, depois de uma igreja e, mais recentemente, de uma grande basílica que recebe um grande número de fiéis todos os anos, que vão a Aparecida para pedir e agradecer a Nossa Senhora.
É bom lembrar que nós louvamos, porém não adoramos Maria. Nós a louvamos porque é Mãe de Deus, porque respondeu sim, não em favor próprio, mas em benefício de todas as pessoas. Maria não é “deusa” e, portanto, Maria não salva a ninguém. Mas ela é intercessora, medianeira, advogada nossa junto de Deus.
“Consagrar-se a Maria significa deixar-se ajudar pelo seu exemplo e pela sua intercessão, para encontrar o verdadeiro sentido da vida cristã determinado pelo batismo. Como poderíamos viver o nosso batismo sem contemplar Maria, a bendita entre todas as mulheres, que tão bem recebe o dom de Deus?” (Papa João Paulo II).

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dia do Nascituro (Semana Nacional da Vida 04)

Hoje encerramos a Semana Nacional da Vida, celebrando o Dia do Nascituro. Mas quem é o Nascituro? É o ser humano já concebido que se encontra no ventre materno. Portanto, ainda não veio à luz, mas espera-se que nasça dentro de um futuro próximo. Este ser humano possui o direito de ser respeitado na sua integridade e dignidade como a de qualquer pessoa já nascida.

“Caso tenha que escolher entre mim e o bebê, não hesite, -- e eu o exijo -- escolha o bebê. Salve-o!” (Santa Gianna)

“Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos Aids, mas matar crianças inocentes não nos assusta.” (Madre Teresa de Calcutá)

(texto adaptado de folder elaborado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disponível aqui )

Oração

Nós vos louvamos, Senhor, Deus da Vida. Bendito sejais, porque nos criastes por amor. Vossas mãos nos modelaram desde o ventre materno. Nós vos agradecemos pelos nossos pais, famílias e todas as pessoas que cuidam da vida humana desde o seu início até o fim. Em Vós somos, vivemos e existimos. Abençoai todos e todas que zelam pela vida humana e a promovem. Abençoai as gestantes e todos os profissionais da saúde. Dai às pessoas e às famílias o pão de cada dia, a luz da fé e o amor fraterno. Abençoai nossos nascituros, nossas crianças, nossos jovens, nossos adultos e nossos idosos, para que tenham vida plena em Jesus, que ofereceu sua vida em favor de todos. Amém.

(texto de Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da CNBB, disponível aqui )

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Amor e vida (Semana Nacional da Vida 03)

A família reclama o acolhimento alegre e responsável da vida que nasce, o respeito e a defesa de cada existência humana, o cuidado por quem sofre ou passa necessidade, a solidariedade com os idosos, os doentes, os deficientes, a qualidade de vida, a responsabilidade com a segurança pública, a segurança na estrada e no trabalho.
Com este tema, a Igreja no Brasil faz um forte apelo para que a “Semana Nacional da Vida” seja um espaço privilegiado para anunciar, debater e esclarecer as pessoas sobre a grandeza e o valor da vida e contribuir, a fim de que a família seja reconhecida e vivida como lugar de realização humana, a mais intensa possível na experiência de paternidade, de maternidade e filiação.

“É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado.” (Madre Teresa de Calcutá)

“O amor é a fruta da época de todas as estações e está ao alcance de cada mão. Qualquer um pode colhê-lo, sem limites estabelecidos.” (Madre Teresa de Calcutá)

(texto adaptado de folder elaborado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disponível aqui )

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Missionário, mediador da paz (Mês Missionário 02)

É um momento difícil para o padre Angel Calvo, missionário claretiano em Zamboanga, no sul da Filipinas. Durante muitos anos colaborou para as negociações da libertação de pessoas sequestradas pelos rebeldes e milicianos. Desta vez ele negocia a libertação de uma amiga, Esperancita Hupita, voluntária da associação cristão-muçulmana Nagbilaab para o desenvolvimento e a paz, que o missionário ajudou a fundar na Ilha de Basilan. Esperancita foi capturada juntamente com Milet Mendoza, voluntária do Christian Children’s Fund, no dia 15 de setembro, por um grupo armado não identificado. Desde então, o padre Calvo mexe seus pauzinhos, a fim de conseguir um contato com os sequestradores.
“Ser mediador é uma parte inseparável da vida de um missionário”, afirma o religioso, há 33 anos nas Filipinas, que se tornaram o seu segundo lar, mesmo sem esquecer a “linda Valladolid”, cidade da Espanha em que nasceu.
“A Missão é sempre uma missão de paz, de reconciliação, para curar as feridas deixadas pela guerra, pelo ódio e preconceito. Todo dia trabalhamos para construir uma nova cultura de paz e fraternidade, que na nossa experiência dizemos que é cristã, mas que está na base também de outras crenças.”
Zamboanga é uma das áreas mais sensíveis do arquipélago. Nela vivem juntos cristãos, muçulmanos e tribais, imprensados no meio do conflito entre o governo central e as várias facções de rebeldes muçulmanos e comunistas.
“O diálogo é a condição fundamental para a Missão na Ásia: o diálogo com os pobres, com as diferentes culturas, com as outras religiões, numa verdadeira dimensão de participação e respeito.”
Nas Filipinas o nome do missionário espanhol está ligado a dezenas de iniciativas para a paz e estreita cooperação entre cristãos e muçulmanos, incluindo o Movimento Inter-Religioso pela Paz, organização de grupos católicos, protestantes, muçulmanos e indígenas, da qual ele é o presidente. “Nestes dias do Ramadã, os membros islâmicos do grupo foram bastante ativos, convidando os cristãos a participar dos momentos do encerramento do jejum: um ato espiritual, no qual, após se purificar com o jejum, agradecem a Deus pela sua misericórdia”, afirma o religioso. É este forte entrosamento com a sociedade, fruto de anos de trabalho em comum, que sustenta a esperança de encontrar, também desta vez, o caminho para chegar aos sequestradores de Esperancita e Milet e obter sua libertação. (Misna, 28 de setembro de 2008)
(adaptado do folder “Celebrações Missionárias 2009”, elaborado pelas Pontifícias Obras Missionárias, disponível aqui )

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Por que a vida é um bem? (Semana Nacional da Vida 02)

No homem, criado à imagem e semelhança de Deus, reflete-se, em cada fase da sua existência, “o rosto do seu Filho Unigênito... Este amor ilimitado e quase incompreensível de Deus pelo homem revela até que ponto a pessoa humana seja digna de ser amada por si mesma, independentemente de qualquer outra consideração: inteligência, beleza, saúde, juventude, integridade, etc. Numa palavra, a vida humana é sempre um bem, porque “ela é, no mundo, manifestação de Deus, sinal da sua presença, vestígio da sua glória” (EV 34; DP 8).
“O homem é chamado a uma plenitude de vida que se estende muito para além das dimensões da sua existência terrena, porque consiste na participação da própria vida de Deus. (...) O Evangelho do amor de Deus pelo homem, o Evangelho da dignidade da pessoa e o Evangelho da vida são um único e indivisível Evangelho.” (EV 2)
(texto adaptado de folder elaborado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disponível aqui )

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Semana Nacional da Vida

A Semana Nacional da Vida, instituída pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2005, ocorre todo ano entre os dias 1 e 8 de outubro. Ela quer ser um convite, um grito, uma proposta em favor da vida, que deve ser a prioridade das prioridades. A opção pela vida e pelos caminhos da vida nos torna promotores da cultura da vida e profetas defensores da vida desde a fecundação até o seu fim natural. Longe de nós, aborto, eutanásia, violência, depredação do meio ambiente e cultura da morte. O reino de Deus é o reino da vida. O Evangelho de Jesus de Nazaré é o Evangelho da Vida e a missão cristã é estar a serviço da vida. Jesus Cristo faz a vida ser bela, grande, livre e eterna. O papa Bento XVI define a vida como o “capital mais precioso da humanidade”.
Há muitos inimigos da vida, como por exemplo, a mentalidade abortista e anti-natalista, a fome, o suicídio, o alcoolismo, as drogas, as epidemias, o cigarro, o stress, a pobreza. Quem suprime a vida perde o sentido do bem, e a sensibilidade pessoal e social.
A Semana Nacional da Vida é um grito em favor das gestantes, da adoção de crianças e adultos, da doação de sangue e de órgãos. Os mandamentos do motorista querem defender a vida no trânsito. “Escolhe pois a vida” (Dt 30,19). Proclamamos a necessidade da “ecologia humana”. Não podemos defender e cuidar de ovos de tartaruga, dedicar amor aos animais e destruir embriões humanos. Tanto a defesa do meio ambiente como a defesa da vida no útero materno exigem uma revisão do estilo de vida que levamos e uma mudança de mentalidade.
(adaptado de texto de dom Orlando Brandes, bispo católico, disponível aqui )

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mês Missionário

Outubro é, para a Igreja Católica no mundo, o período no qual são intensificadas as iniciativas de informação, formação e cooperação em prol da missão universal. O objetivo é despertar a consciência e a vida missionária cristã, e as vocações missionárias. A ação missionária é essencial para a comunidade cristã. Pelo batismo, o cristão é chamado a se reunir, em comunhão, ao redor de Cristo e participar da sua missão, com o testemunho de vida e o anúncio do Evangelho. É convocado a ajudar na criação e na animação das igrejas locais, no esforço para inculturar o Evangelho nas diferentes realidades, a promover o diálogo inter-religioso, a se aproximar dos mais necessitados e a prestar um serviço concreto de caridade. É no coração da humanidade que somos chamados a viver missionariamente o nosso batismo, pois dificilmente encontraremos outro caminho para viver este sacramento, a não ser pelas estradas missionárias, que nos levam a participar de maneira profunda e explícita da natureza da Igreja. Pois a Igreja é por natureza missionária. Dom Pedro Casaldáliga, numa poesia orante, diz: “se sou batizado, sou missionário, se não sou missionário, não sou cristão”.
E você? Está assumindo seu compromisso de cristão missionário? Está testemunhando a Boa Nova de Jesus Cristo em sua família, na escola, na ajuda aos mais necessitados, no trabalho voluntário?
(adaptado de texto de padre Altevir da Silva, disponível aqui e de texto da Revista Família Cristã, disponível aqui )

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Paz profunda

Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar em uma pintura a paz profunda.
Muitos artistas apresentaram suas telas. O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.
A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um paraíso muito azul com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz profunda.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho... em profunda paz!
O rei escolheu a segunda tela e explicou:
- Paz profunda não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações deste mundo. Paz profunda significa que, apesar de se estarmos em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no santuário sagrado do nosso coração. Lá encontraremos a verdadeira paz profunda. Em silenciosa meditação.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Um dia chegou um homem

Um dia, chegou um homem.
Tinha calor na voz, encanto nas palavras
e fascínio na mensagem.

Um dia, chegou um homem.
Havia alegria nos seus olhos,
liberdade nos seus gestos
e um futuro no seu destino.

Um dia, chegou um homem.
Havia esperança nas suas obras,
força no seu caráter
e lealdade no seu coração.

Um dia, chegou um homem.
Havia amor nos seus gestos,
bondade nos seus olhares
e misericórdia nas suas opções.

Um dia, chegou um homem.
Havia um Pai nas suas orações,
um confidente nas ansiedades
e um Deus no seu grito.

Um dia, chegou um homem.
Havia gênio nas suas obras,
fidelidade no seu coração
e um sentido na sua morte.

Um dia, chegou um homem.
Havia um tesouro no seu céu,
uma vida na sua morte
e uma ressurreição... na sua tumba.

(texto de A. Albrecht, disponível aqui )

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ouse

Não se permita estreitar horizontes.
Para unir forças, construa pontes,
ouse voar pelo céu com as asas do coração.
Não abandone ou desperdice sonhos inocentes.
Ouse vencer desafios, ser um campeão.
É preciso ter coragem, embarcando nessa mania.
Jovem, dos seus sonhos jamais abra mão.

Não se deixe enganar, não se iluda.
Ao escalar a montanha, peça ajuda.
Ouse encontrar a resposta que o fará sorrir.
Caminhe confiante, de cabeça erguida.
Cruze fronteiras em defesa da vida.
Ouse superar seus limites e jamais desistir.
É preciso ter garra e coragem,
embarcando nessa mania.
Jovem, lute confiante: você vai conseguir!

Ouse escalar as montanhas,
inovando seus ideais.
Ouse realizar suas façanhas,
levando a tocha da paz.
Ouse derramar seu suor, lutar por dias melhores.
Jovem, Deus está com você!
Acredite! Você é capaz!

(texto de Luizinho Bastos, disponível aqui )

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Amor-solidariedade (Mês da Bíblia 07)

Andréia acompanhou, por vários anos, o sofrimento de seu irmão Fred na cadeia. Depois da morte trágica de seu irmão, ela resolveu transformar sua tristeza em energia. Teve a ideia de oferecer oficinas de tapeçaria em penitenciárias. O objetivo era resgatar a dignidade e auto-estima dessas pessoas. Motivada pelo amor de Deus, cria então, em Contagem, Minas Gerais, o projeto Fred, em memória de seu irmão. Hoje, o projeto não só atende detentos, mas comunidades carentes, soropositivos e desenvolve oficinas de danças para adolescentes em risco social, na região da grande Belo Horizonte. Mais de 3.000 famílias já foram beneficiadas com este projeto.
A motivação de Andréia para desenvolver o projeto FRED foi o amor de Deus. O amor nos une, nos congrega, nos motiva, nos encanta e nos apaixona para ações solidárias. Por isso mesmo Deus é AMOR. Sua Palavra é criadora, quebra o silêncio do nada, do indiferentismo, do comodismo, do individualismo. Sua Palavra tem um rosto que é Jesus misericordioso, cheio de compaixão e atitudes para com os excluídos.
No final da carta aos filipenses, Paulo insiste no testemunho do amor, manifestado na convivência fraterna, num relacionamento descontraído entre as pessoas. Insiste que não haja inimizades na comunidade. Deixa claro que a alegria da fé não é alguma coisa que circule só dentro da comunidade. Alegria é partilhar a paz, a concórdia com os outros. Ela vem de Deus e se torna solidariedade com as pessoas, gera a ternura do acolhimento, percebido através dos gestos e atitudes. “Seja a vossa amabilidade conhecida por todos” (Fl 4, 5). Isto torna a vida cristã mais verdadeira, justa, acreditável, digna de respeito.
Paulo ficou sensibilizado com a ajuda que a comunidade dos filipenses lhe havia enviado. Embora ele diga que tinha aprendido a viver na necessidade e na abundância, sente, na ajuda recebida, a participação solidária no trabalho missionário. Ser cristão exige um modo solidário de viver. A solidariedade dá sentido à nossa vida. Faz de nossa vida uma alegria e uma doação permanentes.
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Padre Luís Caburlotto e o Ano Sacerdotal

Com a celebração do Ano Sacerdotal, a Igreja quer dizer que se orgulha de seus sacerdotes, os ama, os venera, os admira e reconhece com gratidão seu trabalho pastoral e seu testemunho de vida. Realmente, os sacerdotes são importantes não só pelo que fazem, mas também pelo que são. Ao mesmo tempo, é verdade que alguns deles apareceram envolvidos em problemas graves e situações delituosas. Obviamente, é preciso continuar a investigá-los, julgá-los devidamente e puni-los. Estes casos, contudo, dizem respeito somente a uma porcentagem muito pequena do clero. Na sua imensa maioria, os sacerdotes são pessoas muito dignas, dedicadas ao ministério, homens de oração e de caridade pastoral, que investem toda sua vida na realização de sua vocação e missão, muitas vezes com grandes sacrifícios pessoais, mas sempre com amor autêntico a Jesus Cristo, à Igreja e ao povo, solidários com os pobres e os sofridos. Por isso, a Igreja está orgulhosa de seus sacerdotes em todo o mundo.
Este Ano Sacerdotal deve ser um ano de oração dos sacerdotes, com eles e por eles, um ano de renovação da espiritualidade do presbitério e de cada presbítero.
(adaptado de texto do Cardeal Dom Cláudio Hummes, disponível aqui )

Hoje comemoramos 167 anos de ordenação sacerdotal de padre Luís Caburlotto, fundador do Instituto das Filhas de São José. Ele foi um sacerdote que viveu intensamente o chamado de Cristo para servir seu povo. Atento às dificuldades da população de seu país, acolheu as crianças que passavam por necessidades – especialmente as meninas órfãs – e criou um instituto de religiosas para a educação das crianças e sua inserção na sociedade.
Padre Luís foi, acima de tudo, uma pessoa que soube ouvir. Ouvir os problemas das pessoas, ouvir as necessidades do povo, ouvir o chamado de Deus.
Rezemos por todos os sacerdotes, para que estejam de ouvidos abertos e disponíveis para o serviço ao Povo de Deus. E que possam ver em padre Luís Caburlotto um exemplo de vida a ser seguido.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

É Primavera!!

Podemos flagrar a vida que desabrocha.
As flores despontam e, com elas, os sentimentos sublimes.
A vida renova-se em cores, flores e amores.
Uma pequena flor, encontrada à beira do caminho, rouba-nos um sorriso.

Os nossos olhos brilham e novos sonhos se recriam.
É um novo estado, pleno de singela perfeição.
As cores tornam-se mais vivas e encantadoras.
O aroma que nos circunda recorda tempos memoráveis.

Em cada florescer, a inocência do momento.
Há uma nova energia no ar que contagia.
Revitaliza e aquieta os corações.
O inverno passou... Eis a primavera.
Doce renascimento que há de chegar.
Anúncio de um tempo novo.
Esperanças e oportunidades para novas vivências e encontros.
A natureza cumpre a missão de renascer.

Flores de todas as cores e espécies embelezam o momento.
Em cada vida, algo novo. O nosso espírito também se renova.
Em cada gesto um punhado de beleza.
A linguagem se torna mais fluida e o poeta se inspira no que vê.
A cada novo despertar, a primavera nos convida a renascer.

(texto da irmã Maria Goretti de Oliveira, fsp, disponível aqui )

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Erva de passarinho (Mês da Bíblia 06)

Erva-de-passarinho é uma planta parasita, que geralmente ataca as árvores, sugando sua seiva, podendo até causar a morte da árvore se não for retirada. Ela recebe esse nome porque se espalha com a ajuda dos passarinhos. Eles comem suas sementes que são eliminadas mais tarde nas copas das árvores, juntamente com suas fezes. Nossas comunidades são também vítimas das ervas do “diz-que-disse”, das “conversas atravessadas”, das “fofocas”. Se não ficarmos atentos a essas “ervas” com os seus propagadores, elas podem destruir as comunidades, as famílias.
Na carta aos filipenses, Paulo sente com muita angústia a presença de “ervas de passarinho” querendo confundir a comunidade de Filipos. Trata-se de um grupo que semeava entre os participantes da comunidade a ideia de que para ser cristão era preciso adotar determinados ritos e desprezavam os que não eram de seu grupo. Paulo denuncia esses falsos missionários, que espalham a erva da confusão no meio da comunidade. Diz que esses falsos missionários estão buscando a si mesmos e não a Deus. Paulo age de uma maneira forte, contra aqueles que queriam perturbar a vida da comunidade. Procura “vacinar” a comunidade contra a erva trazida por esse grupo.
Paulo recorda aos filipenses que nenhum ritual externo, nenhuma lei pode salvar a pessoa. A salvação e a justiça são dons de Deus e frutos da fé em Jesus Cristo. Paulo levava muito a sério a sua caminhada de fé. Sabia que não tinha conquistado a perfeição, mas tinha a consciência de ter sido conquistado por Jesus Cristo. Para Paulo, o importante é não perdermos a baliza que é Jesus Cristo. Nunca fazer das mediações um fim.
Refletindo a carta de Paulo aos filipenses, devemos procurar imitar o jeito corajoso de Paulo seguir Jesus. Nunca perder Deus de vista, mesmo diante das dificuldades. Elas nunca foram motivo de desânimo na vida missionária de Paulo. Eram desafios para melhorar a qualidade de sua missão. Deus é a motivação maior de nossos trabalhos na comunidade. Que Ele nos ajude a relativizar os nossos problemas e aumentar cada vez mais a nossa fé.
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hino à vida

A vida é beleza: admire-a
A vida é uma oportunidade: aproveite-a
A vida é bem-aventurança: experimente-a.
A vida é um sonho: faça dele uma realidade
A vida é um desafio: enfrente-o
A vida é um compromisso: cumpra-o
A vida é um jogo: dispute-o
A vida é preciosa: cuide dela com desvelo
A vida é uma riqueza: conserve-a
A vida é amor: doe-a
A vida é um mistério: descubra-o
A vida é compromisso: cumpra-o
A vida é tristeza: supere-a
A vida é um hino: cante-o
A vida é uma luta: aceite-a
A vida é uma aventura: arrisque-a
A vida é felicidade: mereça-a
A vida é a vida: defenda-a.
(Madre Tereza de Calcutá; texto disponível aqui )

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Comunidade pote (Mês da Bíblia 05)

Pote é uma vasilha feita de argila. Inicialmente ele se apresenta vazio. É usado para colocar água, porque ele a conserva sempre fria. Nas primeiras vezes que se coloca água no pote novo, ela fica com um gosto de barro. Com o tempo ele se desfaz de seu gosto de barro para manter a água no seu estado natural. Ele vai se deixando encharcar pela água. De seu lado de fora, ele nos mostra, através da umidade, a altura que está a água dentro dele.
Na carta aos Filipenses, São Paulo nos lembra que, para termos os mesmos sentimentos de Cristo, devemos seguir o exemplo do pote: esvaziarmo-nos de nós mesmos e nos encharcarmos de Jesus Cristo.
Na carta aos filipenses, Paulo fala sobre o dia-a-dia da comunidade. Ele insiste para que evitemos as divisões causadas pelo espírito de competição, de concorrência. Ele nos aconselha a não buscar os nossos próprios interesses. Tal atitude nos leva ao fechamento em nós mesmos, querendo nos promover às custas dos outros. Paulo insiste muito na harmonia interna da comunidade, na virtude da humildade. A divisão da comunidade, além de comprometer a unidade do corpo de Cristo, reproduz dentro dela o mesmo esquema egoísta da sociedade injusta.
São Paulo nos lembra que uma comunidade, para ser fiel ao Evangelho, deve ter os mesmo sentimentos que Cristo teve. Ele nos lembra que, para nós darmos espaço para Deus dentro de nós, precisamos nos esvaziar de muita coisa que insiste em ter a primazia em nossa vida. Rezar o Pai-Nosso com mais sinceridade: “seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”. Quando estou muito cheio de meus interesses, Deus “fica para quando eu puder”, quando eu tiver tempo. Deus fica no “banco de reserva”. Não fazemos igual o pote, que se deixa curtir pela água. A gente deixa de prestar atenção à vontade do Pai. Quando uma comunidade não segue o exemplo de despojamento de Jesus, ela não encontra mais tempo para a reflexão da Palavra, para a oração, para atos de solidariedade. Em vez de comunidade ela se torna uma “comodidade”. Torna-se incoerente, perde a sua credibilidade.
A mensagem final do Sínodo dos Bispos, que aconteceu em outubro do ano passado, em Roma, diz que a Palavra de Deus tem um rosto: Jesus Cristo. Nossos grupos devem ter este rosto, a fisionomia de Jesus. Grupo de reflexão que não tem o rosto de Jesus, não provoca encontro, só faz reunião. Bento XVI, na sua carta “Deus é Caridade” diz que a “finalidade principal de nossa reflexão bíblica não é termos grandes idéias, mas ter um encontro com um acontecimento, com uma pessoa, que dá um novo sentido à vida”.
E você? Já se encontrou com Jesus Cristo? Já descobriu o sentido que ele quer dar à sua vida?
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Deus se revela no chão da vida! (Mês da Bíblia 04)

Cada um de nós conhece a rotina de sua vida. Tudo que tem para fazer desde a manhã até a noite. E existem pessoas que enfrentam uma jornada de trabalho inclusive na madrugada. Este é o nosso dia-a-dia, assim vivemos a maior parte do tempo. E como diz o salmista, em todos esses momentos, sentimos que, de manhã, Deus guia nossos passos e, à noite, aconselha nosso coração (Salmo 121,5-6).
Mas existem momentos especiais na vida em que Deus se faz presente de maneira marcante, inesquecível. Nessa hora, quando nos olhamos no espelho, percebemos que a amizade de Deus fez mudar nosso jeito de ver o mundo e de nos relacionarmos com as pessoas, com a natureza, com nós mesmos e até com Deus. São experiências fortes que ficam gravadas em nós para sempre.
A experiência de Deus deixa marcas em nossa vida principalmente porque ele sempre nos liberta de uma situação difícil, de sofrimento, seja na vida pessoal, familiar ou social. E essa experiência de libertação nos motiva a entrar em um grande mutirão pela vida, para que outras pessoas também possam viver com mais liberdade, dignidade e justiça. No dia-a-dia, nós passamos a nos sentir mais solidários uns com os outros.
Nesse grande mutirão pela vida, participam pessoas do mundo inteiro, inclusive de outras religiões. As pessoas cristãs constituem apenas um grupo dentro deste mutirão, juntamente com vários outros. E, para as pessoas cristãs, existe um livro importante que traz a memória de um povo que também se preocupou em fazer um mutirão pela vida. Este livro é a Bíblia, que conta a memória do povo de Israel. Por isso, ela ilumina a nossa caminhada hoje.
A leitura da Bíblia pode nos ajudar a encontrar caminhos de vida, como disse Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10,10).
Você já leu a Bíblia? Que tal tentar ouvir o que Deus quer falar a você?
(adaptado do texto elaborado pelo Centro Bíblico Verbo, disponível aqui )

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Comunidade nascida junto às águas correntes (Mês da Bíblia 03)

Em Filipos, Paulo encontra um grupo de mulheres rezando à beira do rio. Ele participa da oração delas. Através daquele momento de oração, Paulo anuncia a Boa Nova do Evangelho. Entre estas mulheres estava Lídia, pessoa de iniciativa e de liderança. “O Senhor abriu o coração dela” (At 16, 14). Ela acolhe a Boa Notícia e, juntamente com toda a sua família, recebe o Batismo. A comunidade de Filipos nasce num momento de oração, à beira de um rio. Paulo nos ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer. Ele não está preso a lugares. Está mais ligado às pessoas.
A comunidade, que nasce à beira do rio, vai se firmando na casa de Lídia. Ali vai se formando a Igreja doméstica, centro de irradiação da missão. Lídia se torna a primeira coordenadora da comunidade. A motivação de Lídia pela Boa Notícia do Evangelho leva a comunidade ao encantamento e à paixão pelo projeto de Deus. Talvez, por isso mesmo, a comunidade de Filipos foi a que mais se aproximou do ideal de Igreja anunciado por Paulo. Uma coordenação fervorosa anima de fato toda a comunidade.
Quando uma comunidade leva a sério o Evangelho, ela vai além das paredes da igreja e passa a incomodar os que não respeitam a vida. Foi o que aconteceu em Filipos. Paulo liberta uma mulher que era explorada por homens gananciosos. Paulo e seus companheiros levam uma surra e ficam presos. É o preço da fidelidade ao Evangelho.
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mãos que falam de Deus

Mãos que tecem a vida
Mãos escondidas, mãos cheias de amor
Mãos calejadas, sagradas
Mãos crucificadas, para aliviar a dor
Mãos empunhadas na luta
Mãos na labuta e na luta do irmão
Mãos que acenam e consolam
que agradam e tocam no meu coração.
Toma Senhor, tudo é teu.

Estas mãos me falam de Deus.
Mãos que acalentam crianças
Cheias de esperança, se juntam em preces
Mãos que esperam, alcançam
que tocam e sentem e muito agradecem
Mãos que estão sempre abertas
que rasgam a terra e matam a fome do irmão.

Mãos que escrevem, acolhem
Mãos santificadas, amassam o pão
Mãos que muito abençoam
Mãos que perdoam e colhem a flor
Mãos que acariciam e curam
que buscam socorro e alívio na dor
Mãos que levantam caídos
Acolhem feridos, dizem: Deus é amor
Mãos cheias de ternura
Regaço seguro, ninho acolhedor

(texto de frei Jurandir, ofm, disponível aqui )

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Alegria de servir no amor e na gratuidade (Mês da Bíblia 02)

Durante o Mês da Bíblia 2009, a Igreja propõe a reflexão da Carta de São Paulo aos Filipenses, sob o tema: “Alegria de servir no amor e na gratuidade”. O lema será: “Tende entre vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5). Será uma excelente oportunidade para analisarmos nosso modo de agir no mundo de hoje, fazendo séria revisão de nossa vida cristã, pessoal e comunitária, à luz da experiência exemplar dos cristãos da comunidade dos filipenses. A cidade de Filipos era localizada na região oriental da Macedônia (hoje norte da Grécia). O nascimento desta comunidade é narrado no livro dos Atos dos Apóstolos (At 16,6-40) e revela que, desde o começo, contou-se com importante participação e trabalho das mulheres na evangelização. Junto à família de Lídia, comerciante de púrpura, nasce a comunidade de Filipos com a participação ativa das mulheres (cf. Fl 4,2-3).
Paulo escreve a carta da prisão e demonstra suas preocupações com a Evangelização. Vale notar que a missão junto aos filipenses inaugura o avanço do evangelho para o além-fronteiras. A Igreja alarga seus passos missionários e faz o cristianismo atingir nosso mundo ocidental.
Que a exemplo de Paulo, a leitura da Bíblia reforce em nós a alegria de servir no amor e na gratuidade, tendo em nós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus.
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Palavra

Para escrever é preciso saber: o valor de cada palavra e a essência que ela carrega. É preciso saber de onde ela vem, as transformações porque passou no decorrer do tempo e o que ela carrega em si. Que marcas o tempo lhe deixou.
A palavra é extremamente sensorial: tem som, cheiro, cor, textura, sabor, sentimento, emoção.
Uma palavra pode ter muitos sentidos, por isso, ela não pode andar solta por aí. A palavra tem até espaço, duvida?
Às vezes ela cabe direitinho no que queremos dizer, outras vezes, não. Fica estranha, parece um peixe fora d'água. Aí, precisamos procurar outra palavra. E quando ela confunde a gente? Aposto que já aconteceu com você. Eu já perdi até a conta das vezes que aconteceu comigo. Mas não vamos pros números agora. Que aí é outra história e seria outra crônica.
Eu já ouvi tanta palavra por aí. Palavra que liberta. Palavra que magoa. Palavra doce. Palavra amarga. Palavra de amor. Palavra de paz. Há palavra que escapa, e acaba se perdendo pelo mundo afora. Mas há palavra que fica martelando em nossa cabeça. Umas ficam bem perto do coração, pois entram nele, sem cerimônia alguma. E ficam anos e anos. Espero que sejam boas as palavras que você carrega em seu coração.
(texto da irmã Maria Goretti de Oliveira, fsp, disponível aqui )

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mês da Palavra de Deus (Mês da Bíblia 01)

Neste mês de setembro, a Igreja católica celebra o Mês da Bíblia, o mês da Palavra de Deus. Nas comunidades religiosas, nas paróquias, nos grupos de oração e mesmo em grupos de outras denominações religiosas, a Bíblia é lida, amada, respeitada e praticada.
Foi a Igreja Católica que introduziu o costume de celebrar o Mês da Bíblia no mês de setembro, por uma razão especial, mas muito simples também. É que no dia 30 de setembro celebra-se a festa de São Jerônimo, que traduziu a Bíblia completa do grego, hebraico e aramaico para o latim. Daí derivaram as demais traduções em outros idiomas, dando-nos a possibilidade de termos hoje em mãos a Palavra de Deus, escrita em nosso próprio idioma.
A Bíblia não pode faltar em nenhum dos lares cristãos! A leitura e meditação dessas páginas sagradas nos ajudarão a viver na presença de Deus, colocando em prática seus ensinamentos.
E você? Tem o costume de ler a Bíblia? Que tal aproveitar este mês para começar?
(adaptado de texto elaborado pelo Serviço de Animação Bíblica, das Ed. Paulinas, disponível aqui )

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Grito dos Excluídos: "Vida em primeiro lugar"

O Grito dos Excluídos acontece anualmente em várias cidades brasileiras com o objetivo de levar às ruas uma grande manifestação popular para denunciar as situações de exclusão social e assinalar as possíveis saídas e alternativas. Sempre junto com as comemorações da Independência do Brasil, no 7 de setembro, este ano se realiza a 15ª edição do evento, que conta com o apoio da Igreja católica.
O Grito dos Excluídos, em seus 15 anos de existência vem se afirmando como a mais importante mobilização popular, na Semana da Pátria, em vista da construção de um projeto popular para o Brasil. O tema deste ano, “Vida em primeiro lugar: a força da transformação está na organização popular”, pretende anunciar, em diferentes manifestações populares, os sinais de esperança, através da unidade, da organização e da luta popular, e denunciar todas as formas de injustiça que, em nosso país, causam a destruição e a precarização da vida do povo e do Planeta.
O grito visa também: lutar contra as formas de exclusão e as causas que levam o povo a viver em condições de vida precárias e, muitas vezes, sem perspectiva de futuro; denunciar a política econômica que privilegia o capital financeiro em detrimento dos direitos sociais básicos; construir alternativas que tragam esperança aos excluídos e perspectivas de vida para as comunidades locais; promover a pluralidade e igualdade de direitos, bem como o respeito nas relações de gênero, raça e etnia; multiplicar assembléias populares para discutir a organização social a partir do Município, fortalecendo o poder popular.
Diante de situações de exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e o direito a uma vida digna para todo o ser humano. O compromisso com esta causa nos compromete no esforço de superação da exclusão em nosso País, participando da construção de uma sociedade justa e solidária.
(adaptado de texto de dom Pedro Luiz Stringhini, bispo católico, presidente da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da CNBB, disponível aqui )

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O anel

- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que sou lerdo e muito idiota. O que posso fazer para que me valorizem?
O professor sem olhá-lo disse:
- Sinto muito meu jovem, mas não posso ajudar, devo primeiro resolver o meu problema. Depois de uma pausa, sugeriu:
- Se você me ajudasse, eu poderia resolver logo este problema, e depois talvez possa lhe ajudar.
- Cla-claro, professor - gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor.
Este tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse:
- Monte no cavalo e vá até ao mercado. Venda este anel, pois tenho de pagar uma dívida. É preciso que obtenha por ele o máximo possível, mas não aceite menos de uma moeda de ouro. Vá e volte o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, ofereceu o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o preço do anel. Ao mencionar uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para o jovem, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, ofereceram uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o rapaz seguiu as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro.
Depois de oferecer a jóia a todos os que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. Desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel e livrar assim o professor da preocupação, podendo receber ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse-lhe:
- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse vender por 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar alguém sobre o valor do anel.
- Importante o que disse, meu jovem - contestou sorridente. - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para informar o valor exato do anel? Diga que quer vender e pergunte quanto ele pode dar. Mas não importa o quanto ele lhe ofereça, não o venda... volte aqui com o meu anel.
O jovem deu o anel ao joalheiro. Este examinou-o com uma lupa, pesou e disse:
- Diga ao seu professor que, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
- 58 moedas de ouro!!! - exclamou o jovem.
- Sim - replicou o joalheiro. - E sei que, com tempo, poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas, se a venda é urgente...
O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o ocorrido.
- Senta - disse o professor, que depois de ouvir tudo o que o jovem tinha para contar explicou:
- Você é como este anel, uma jóia valiosa e única. E só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir seu verdadeiro valor? Dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo. Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes valorizem.
"Ninguém pode lhe fazer sentir inferior sem o seu consentimento".
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Família, lugar de segurança (Semana da Família 10)

O tema da segurança tem relação direta com a situação atual das famílias. Primeiro, porque as relações sociais são influenciadas pelo contexto social. Além disso, o espaço familiar é também espaço de educação para a convivência. Assim como se aprende a violência, aprende-se a cultura da paz. Mesmo em meio a todos esses problemas, a família continua sendo um referencial importante para a maioria dos adolescentes e jovens. É dela que ganhamos elementos importantes para a construção da identidade pessoal e social. É no seio da família que o ser humano aprende a ser “verdadeiramente humano”. A experiência da convivência,do perdão, da partilha, da correção, das alegrias e tristezas vividas em família forma o ambiente privilegiado e insubstituível para desenvolver a cultura da paz. Assim, as relações familiares, em borá muitas vezes com dificuldades, devem contribuir eficazmente para o aprendizado da superação de problemas e conflitos e o desenvolvimento de uma mentalidade em favor da paz. A nossa tarefa como cristãos é construir e viver a fraternidade fundada no amor. Em família somos mais fortes, somos melhores, mais capazes. Nossa família é o nosso ponto de encontro, de união, de segurança. É o porto seguro para o qual sempre podemos retornar. E mais bela ainda é nossa família por causa da presença amiga e forte de Jesus, de quem recebemos o novo mandamento do amor que gera a paz.
O Senhor Jesus que viveu com sua família em Nazaré permaneça em nossas famílias, defendendo-nos de todo mal, e nos transforme num só coração e numa só alma. Amém.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Iniciação à vida cristã (Semana da Família 09)

A vida humana, desde o nascimento até a morte, é marcada por mudanças, passagens e novos começos. Viver é recomeçar sempre. O ser humano nasce, cresce, amadurece. Cada etapa é marcada por um rito de passagem: quando passa da adolescência para a fase adulta, quando se torna, pai, mãe, quando inicia uma profissão ou muda de emprego, quando se aposenta. Da mesma forma acontece com a vida cristã: ninguém nasce cristão, torna-se cristão. É na família que acontecem os primeiros passos de iniciação à vida cristã. São os primeiros ensaios no colo da mãe, na oração, na convivência que desperta para a presença de Deus. No aconchego seguro do lar, o primeiro anúncio se traduz pelos gestos de amor, perdão, diálogo, compreensão, respeito, ética, segurança. Portanto, a primeira experiência de comunidade se dá na família, experiência que se prolonga na comunidade de fé, a Igreja.
E sua família? É um espaço para seus membros viverem a experiência de Filhos de Deus? Você colabora para criar esse ambiente de respeito, solidariedade, apoio, acolhida, perdão?
Rezemos para que nossas famílias sejam testemunhas da vivência cristã, espaço de aprendizagem da cultura de paz e espaço para crescimento na fé.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Catequese, o caminho para o discipulado (Semana da Família 08)

Na Igreja católica, comumente, chamamos catequese somente o período de preparação para os sacramentos. No entanto, a verdadeira catequese é um processo contínuo e abrangente, que precisa da participação de diversas pessoas. A catequese é um anúncio, a proclamação de uma Boa Nova, o anúncio de uma pessoa – Jesus Cristo – que deu sentido à minha vida e poderá transformar também o destinatário do anúncio, caso este se abra a este encontro por meio da fé. A pessoa a ser evangelizada necessita de alguém que caminhe com ela, que se aproxime para conhecê-la, que se dê a conhecer, a escute e a oriente na experiência comunitária da fé. A catequese deve ser uma vivência comum da fé e da amizade com Cristo. Fazer catequese significa encontrar-se com Jesus no caminho, ouvir sua palavra, participar de sua vida na eucaristia, viver na comunidade testemunhando a fé, abrir-se à ação missionária. A família é o espaço fundamental para esse encontro com Cristo e a vivência da verdadeira fé.
E você, aceita o anúncio da Boa Nova de Jesus para sua vida?
Você também é chamado a catequizar. Você atende a esse chamado? Você anuncia Jesus Cristo a outras pessoas através de seu testemunho de vida?
Rezemos para que nossas famílias sejam verdadeiros espaços de catequese, de anúncio do amor de Jesus por todos nós. E que surjam de nossas famílias autênticos discípulos, testemunhando o mandamento de Cristo através de suas atitudes cotidianas.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Viva a alegria de ser missionário (Semana da Família 07)

Toda Igreja é missionária. Também nós e nossas famílias somos convocados a exercer nossa missão e anunciar a Boa Nova de Jesus ao mundo. Porém, precisamos despertar ainda mais para essa realidade: ou seremos verdadeiros discípulos e missionários de Jesus ou não seremos nem mesmo cristãos. Discipulado e missão são como duas faces da mesma moeda. Quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só ele nos salva. Num tempo em que se tenta ligar religião com intimismo, consumismo e individualismo, o discípulo de Jesus Cristo é convocado a sair de si, tornando-se cada vez mais missionário. É um desafio que se apresenta não apenas aos cristãos individualmente, mas também às próprias comunidades.
Rezemos para que nossas famílias sejam realmente famílias missionárias, comprometidas na evangelização de tantas outras famílias que precisam experimentar a verdadeira alegria que é conhecer Jesus, o missionário do Pai.
(adaptado do subsídio “Hora da Família 2009”, elaborado pela CNBB)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vocação para os ministérios e serviços na comunidade e na sociedade (Mês Vocacional 05)

A missão dos cristãos leigos e leigas é vivenciar o evangelho, levar a boa nova a todos, principalmente onde a Igreja institucional não alcança, onde os ministros ordenados não chegam e junto às pessoas que não passam perto dos templos. Cabe aos cristãos leigos e leigas procurar responder aos anseios das pessoas que estão junto ao seu convívio, seja no ambiente do trabalho, no ambiente familiar, entre outros. É importante que dêem seu testemunho aos que não conhecem a Palavra ou que foram batizados e agora estão desiludidos, famintos e sedentos de Deus e, às vezes, justamente por essa procura, caminham numa estrada confusa.
Além da vocação comum ao apostolado, alguns leigos sentem-se chamados interiormente por Deus a assumirem diversos serviços na comunidade, entre eles a tarefa de catequistas. Os catequistas são transmissores da Palavra de Deus com a própria vida. São pessoas que procuram, de fato, vivenciá-la no dia a dia. Seu testemunho é fundamental. A prática da catequese na Igreja nos remete aos primeiros cristãos, que têm a sua origem no próprio Jesus, o primeiro e o maior catequista da história.
Rezemos por todos os leigos e leigas que testemunham o amor de Deus em seu cotidiano, levando o Boa Nova de Cristo a todas as esferas da sociedade. Rezemos também por todos que atendem o chamado de Deus nos diversos serviços à comunidade, especialmente pelos catequistas, que com seu testemunho ajudam outras pessoas a descobrirem o caminho da verdadeira vida cristã.
(adaptado do folder do Mês Vocacional 2009, produzido pela CNBB, disponível aqui e de textos disponíveis aqui e aqui )