sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Leão, o Urso e a Raposa

Um Leão e um Urso capturaram um cervo e disputavam sua posse em feroz luta. Após terem lutado e já muito feridos e fracos devido aos ferimentos, eles caíram no chão completamente exaustos. Uma Raposa, que estava nas redondezas e a tudo observava a uma distância segura, vendo ambos estirados no chão e o cervo abandonado entre eles, correu entre os dois e, agarrando a presa, desapareceu no meio do mato.

O Leão e o Urso vendo aquilo, mas incapazes de impedir, disseram:
- Ai de nós, que nos ferimos um ao outro apenas para garantir o jantar da Raposa!
(texto de Esopo, disponível aqui )

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O que é o CONIC? (CFE 02)

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) é uma associação fraterna de Igrejas que confessam o Senhor Jesus Cristo como Deus e Salvador, segundo as Escrituras e, por isso, procuram cumprir sua vocação comum para a glória de Deus Uno e Trino, Pai, Filho e Espírito Santo, em cujo nome administram o Santo Batismo. Fundado em 1982, em Porto Alegre/RS, o CONIC tem hoje a sua sede em Brasília/DF. Seus objetivos envolvem a promoção das relações ecumênicas entre as Igrejas cristãs e o testemunho conjunto das Igrejas membros na defesa dos direitos humanos como exigência de fidelidade ao Evangelho. Em suas atividades, as Igrejas membros vivenciam concretamente a parceria, o diálogo, a valorização humana mútua, o crescimento da amizade fraterna; aprendem a se conhecer e vão se descobrindo como aliadas. Tudo isso se faz dentro do máximo respeito à identidade de cada Igreja: cada uma contribui para o diálogo sendo exatamente como é. A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, realizada anualmente entre os domingos de Ascensão e Pentecostes é uma de suas promoções importantes. Seis igrejas fazem parte do CONIC: Católica Apostólica Romana; Cristã Reformada; Episcopal Anglicana; Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Ortodoxa Sírian do Brasil; Presbiteriana Unida.
(texto disponível no site do CONIC)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O burro

No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de um famoso palácio real, um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das gozações dos companheiros. Um formoso cavalo árabe, ganhador de muitos prêmios, reparando o pêlo maltratado, as cicatrizes do lombo e a cara tristonha do burro, aproximou-se e disse, orgulhoso:

- Triste sina a que recebeste! Não invejas minha posição nas corridas? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!
- Imagina! - exclamou um potro de origem inglesa - Como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça?
O burro recebia os sarcasmos, resignadamente. Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto:
- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi este miserável sofrendo rudemente nas mãos do bruto amansador. É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice. Não nasceu senão para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia.
As observações insultuosas não haviam terminado, quando o rei entrou no recinto.
- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade - informou o monarca ao chefe das cavalariças - um animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança.
- Que tal o cavalo árabe, Majestade? – perguntou o empregado.
- Não, não - falou o soberano - é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.
- Não quer o potro inglês?
- De modo algum. É muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.
- E o húngaro?
- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.
Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:
- Onde está meu burro de carga?
O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais. O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou enfeitá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho ainda criança, para longa viagem. E ficou tranqüilo, sabendo que poderia colocar toda a sua confiança naquele animal...
(autor desconhecido;adaptado de texto disponível aqui )

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Lição de fé

Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar o pico mais alto de sua região. Mas queria a glória somente para ele e resolveu escalar sozinho, sem nenhum companheiro. Começou a subir a montanha e foi ficando cada vez mais tarde. Como ele não havia se preparado para acampar, resolveu seguir a escalada decidido a atingir o topo. Escureceu e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha. Não era possível enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada. Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens. Subindo por uma “parede" a apenas 100m do topo, ele escorregou e caiu. Caía a uma velocidade vertiginosa e somente conseguia ver manchas que passavam cada vez mais rápidas na escuridão. Sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. Nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que já havia vivido em sua vida. De repente, ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade. Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura. Ficou pendurado, suspendo na completa escuridão. Naqueles momentos de silêncio, não havia nada a fazer a não ser gritar:
- Ó meu Deus, me ajude!
De repente uma voz grave e profunda vinda dos céus, respondeu: - O que você quer de mim, meu filho?
- Me salve meu Deus, por favor!!!
- Você realmente acredita que Eu possa te salvar?
- Eu tenho certeza, meu Deus.
- Então, corte a corda que te mantém pendurado.
Houve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda à corda e refletiu que se fizesse isso morreria... O grupo de resgate conta que encontrou um alpinista congelado, morto, agarrado com força com as duas mãos a uma corda... a somente meio metro do chão.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 (CFE 01)

Neste ano, a Campanha da Fraternidade será realizada de forma ecumênica, reunindo as Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Terá como tema “Economia e Vida” e como lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24). O principal objetivo é “colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura e da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum, em vista de uma sociedade sem exclusão”. É necessário conclamar a todos e a todas para construir uma nova sociedade, educar essa mesma sociedade afirmando que um novo modelo econômico é possível, e denunciar as distorções da realidade econômica existente, para que a economia esteja a serviço da vida.
(texto retirado do Manual da Campanha da Fraternidade 2010)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Quaresma

Desde o início do Cristianismo, a Quaresma marca para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, com o objetivo de chegar à conversão. A Quaresma nos oferece esse “tempo favorável” para deixar o pecado e voltar para Deus. E para isso fazemos penitência. O objetivo da penitência não é nos fazer sofrer ou nos privar de algo que nos agrada, mas ser um meio de purificação de nossa alma. Sabemos o que devemos fazer e como viver para agradar a Deus, mas somos fracos; a penitência é feita para nos dar forças espirituais na luta contra o pecado.
Além do Sacramento da Penitência, a Igreja nos oferece outras penitências que nos ajudam a buscar a santidade, sobretudo, as que Jesus recomendou no Sermão da Montanha: “o jejum, a caridade e a oração”. Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma, a Igreja quer nos ensinar como vencer as tentações de hoje. Vencemos o pecado praticando a virtude oposta a ele. Assim, para vencer o orgulho, devemos viver a humildade; para vencer a ganância devemos ser caridosos; para vencer a impureza, praticar a castidade; para vencer a gula, jejuar; para vencer a ira, aprender a perdoar; para vencer a inveja, ser bom; para vencer a preguiça, levantar-se e ajudar os outros. Essas são boas penitências para a Quaresma.
Então, cada um deve fazer na Quaresma um “programa” espiritual, procurando em sua vida cotidiana formas de fortalecer o espírito para que ele não fique sufocado e esmagado pelo corpo e pela matéria. A penitência não é um fim em si mesmo; é um meio de purificação e santificação; por isso deve ser feita com alegria.
(adaptado de texto de Felipe Aquino, disponível aqui )

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quarta-feira de Cinzas

Com a cerimônia de imposição das cinzas se inicia um período muito importante para todo cristão que quer se preparar para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus. Este tempo se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: "Convertei-vos". Este imperativo é proposto aos fiéis no rito da imposição das cinzas com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás", e nos convida a refletirmos sobre a fragilidade da vida humana, sujeita à morte, e a necessidade da conversão, de voltar-se para Deus.

Na Igreja primitiva, os cristãos jejuavam por quarenta dias para imitar o jejum de Cristo no deserto. Os penitentes eram salpicados de cinzas, vestidos com uma roupa especial e obrigados a manter-se afastados. Quando essas práticas caíram em desuso, o início da Quaresma passou a ser simbolizado pela imposição de cinzas: o cristão recebe uma cruz na fronte, com as cinzas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior.
(adaptado de texto produzido pela Agência Católica de Informação - ACI Digital, disponível aqui )

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Asas para voar

Uma águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. “Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?”, pensou ela.
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. “E, se justamente agora, isto não funcionar?”, ela pensou. Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final: o empurrão. A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia. O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor. Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!
Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Entendimento

Tales de Mileto, filósofo grego, o mais antigo dos Sete Sábios da Grécia (640 a 550 d.C.), durante parte de sua vida foi um bom comerciante. Após enriquecer, retirou-se dos negócios e pôde dedicar-se aos estudos, adquirindo muitos conhecimentos através de viagens. Aprendeu Geometria com sacerdotes egípcios, previu o primeiro eclipse solar no ano de 500 a.C. e determinou a duração do ano. Ainda em vida, foi considerado o pai da Astronomia, da Geometria e da Aritmética. Em certa ocasião, foi inquirido sobre 9 questões. Ei-las, seguidas da respostas de Tales:

1. QUAL A COISA MAIS VELHA DE TODAS AS COISAS? Deus, porque Ele sempre existiu.
2. QUAL A MAIS BELA DE TODAS AS COISAS? O Universo, porque é trabalho de Deus.
3. QUAL A MAIOR DE TODAS COISAS? O Espaço, porque ele contém o que foi criado.
4. QUAL A MAIS CONSTANTE DE TODAS AS COISAS? A Esperança, porque ela permanece nos homens mesmo depois de terem perdido tudo.
5. QUAL É A MELHOR DE TODAS AS COISAS? A Liberdade, porque sem ela não há nada de bom.
6. QUAL É A MAIS RÁPIDA DE TODAS AS COISAS? O Pensamento, porque em um segundo pode voar para o extremo do Universo.
7. QUAL É A MAIS FORTE DE TODAS AS COISAS? A Necessidade, porque ela faz os homens enfrentarem os perigos da vida.
8. QUAL É A MAIS FÁCIL DE TODAS AS COISAS? Dar conselhos.
9. QUAL A MAIS DIFÍCIL DE TODAS AS COISAS? Conhecer a si mesmo.
(autor desconhecido; disponível aqui )

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A oração do alfabeto

Tarde da noite, um pobre lavrador viu-se sem o livro de orações, no caminho de volta do mercado. A roda da carroça tinha se soltado justo no meio da floresta e ele estava aflito porque o dia ia se acabar sem que tivesse feito suas orações. Por isso, fez esta oração: “Senhor, fiz uma coisa muito imprudente. Esta manhã, saí de casa sem meu livro de orações e não consigo dizer uma única oração sem ele. Por isso, recitarei cinco vezes o alfabeto, bem devagar e o Senhor, que conhece todas as orações, poderá juntar as letras para formar as orações que não consigo lembrar”. E o Senhor disse aos seus anjos: “De todas as orações que ouvi hoje, essa foi, sem dúvida, a melhor, porque veio de um coração simples e sincero”.

(texto de padre Anthony de Mello, sj; colaboração da Equipe de Pastoral da ENAU)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A formiga e a pomba

Uma formiga foi à margem do rio para beber água e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar. Uma pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza. A formiga subiu na folha e flutuou em segurança até a margem. Pouco tempo depois, um caçador de pássaros, veio por baixo da árvore e se preparava para colocar varas com visgo perto da pomba que repousava nos galhos. A formiga, percebendo a intenção do homem, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha e isso deu chance para que a pomba voasse para longe.
O grato de coração sempre encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão.

(adaptado das fábulas de Esopo; texto disponível aqui )

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O frio que vem de dentro

Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Cada um deveria colocar sua lenha na fogueira, a única maneira de sobreviverem. O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então, raciocinou consigo mesmo: “Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro”. E guardou-a, protegendo-a dos olhares dos demais. O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou: “eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso, nem pensar!” O terceiro homem era negro. Seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina. Seu pensamento era muito prático: “é bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem”. E guardou sua lenha com cuidado. O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Este pensou: “esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha.” O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil. O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido: “Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos gravetos”. Com esses pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira finalmente apagou. Quando os homens do socorro chegaram à caverna, encontraram seis cadáveres congelados, cada um segurando seu feixe de lenha. Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse: “o frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro”.

(autor desconhecido; colaboração da Equipe de Pastoral da ENAU)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Correndo juntos

Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nos Estados Unidos, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para o início da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos correram muito, com exceção de um garoto que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: "Pronto, agora vai sarar". E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos.

(autor desconhecido; texto disponível aqui )

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Que no dia de hoje...

Que no dia de hoje, o trabalho gere fraternidade, a humildade serene o orgulho, as prepotências e agressões. O perdão apague as mágoas, os ressentimentos e cicatrizes. A paz envolva os corações em conflito. A riqueza espiritual seja maior que a pobreza material. A caridade aqueça o coração dos que não crêem e dos indiferentes. E a esperança ilumine nosso existir.

(texto retirado da Agenda da Felicidade, de padre Roque Schneider, SJ, Edições Loyola; colaboração da Equipe de Pastoral da ENAU)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A enchente

Em um ano de muitas tempestades, o nível do rio de uma pequena cidade subiu tanto que a água chegou a cobrir diversas casas. Nesse cenário, os bombeiros iam, de lancha, retirando pessoas das casas alagadas. Um rapaz estava em cima do telhado de uma das casas, observando a água subir cada vez mais. Ao ver a situação em que ele se encontrava, os bombeiros se aproximaram com a lancha e pediram-lhe que saltasse:
- Venha, rapaz, entre na lancha! A sua casa em breve vai ser levada pela correnteza! Venha logo! E o rapaz, que estava ajoelhado, orando, disse:
- Não, eu não vou. O Senhor vai me salvar... estou orando para isso!
Como havia muitas pessoas em perigo, os bombeiros foram resgatar outras vítimas. Então, um helicóptero, também do corpo de bombeiros, avistou o mesmo rapaz orando no telhado. Vendo que ele corria perigo, a equipe de resgate jogou a escada para que ele subisse e se livrasse do perigo. Mas, mais uma vez, o rapaz gritou:
- Não, eu não vou. O Senhor já vai me salvar...
Diante dessa resposta, esses bombeiros também foram resgatar outras vítimas, já que o rapaz continuava resistindo à ajuda. De repente, a enxurrada levou a casa e, junto, o rapaz que se encontrava no telhado; ele morreu. No céu, percebendo que estava morto, o rapaz pediu para falar com Deus. Levado à presença do Senhor, o rapaz perguntou-lhe, irritado:
- Senhor, me disseste que se eu tivesse uma fé do tamanho de um grão de mostarda eu poderia mover uma montanha... Minha fé era muito maior do que isso, Senhor, e me deixaste morrer! Mentiste para mim, Senhor!
E Deus lhe respondeu:
- Meu filho, eu é que estou aborrecido com você. Como é que pode?! Eu fiz a minha parte: mandei uma lancha, mandei até um helicóptero, mas você não fez a sua parte! Deveria ter aceitado a ajuda de um dos dois! Afinal, você queria o quê? Que eu tivesse descido lá pessoalmente para te salvar?
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O cão de caça e a lebre

Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas depois de longa perseguição ele parou a caçada. Uma cabra, vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo: “Aquele pequeno animal é melhor corredor que você”. O cão de caça respondeu: “Você não vê a diferença entre nós: eu estava correndo por um jantar, mas ela para salvar a vida”.
O motivo pelo qual realizamos uma tarefa é que vai determinar sua qualidade final.

(texto adaptado das fábulas de Esopo; colaboração da Equipe de Pastoral da Escola Nerina Adelfo Ugliengo – ENAU, de Ribeirão Pires/SP, que também faz parte do Instituto das Filhas de São José )

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Dá-nos a paz que se dá!

Quando te pedimos paz, devolve-nos o pedido, que é fácil pedir sem dar...
Ensina-nos a passar da tolerância ao amor; de sermos notas dispersas a sermos uma canção.
Quando entregamos as armas, ajuda-nos a entregar também, abertas, as almas, que a paz apenas sem guerra é pouca paz para nós.
Necessitamos da terra com casa, trabalho e pão, contigo no coração, com todos os povos, juntos, forjando o novo amanhã.
Dá-nos a paz que se faz!
Dá-nos a paz que se dá!

(texto de dom Pedro Casaldáliga, bispo católico, disponível aqui )

Recomeçar (2)

Hoje recomeçamos nossos momentos diários de reflexão. Todo dia, no início do período, vamos reservar um tempinho para pensar, refletir, rezar, pedir, agradecer. Sempre haverá um pequeno texto, especialmente selecionado para ajudar sua reflexão. Aproveite esse momento de contato com Deus. Você vai perceber que seu dia ficará mais alegre, mais cheio de paz.
(Serviço de Ação Pastoral)