segunda-feira, 15 de junho de 2009

Viva como as flores

Um jovem aprendiz, cansado da convivência com as pessoas, pede orientações a seu mestre:
– Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas e ainda sofro com as que caluniam.
– Pois viva como as flores – advertiu o mestre.
– Como é viver como as flores? – perguntou o discípulo.
– Repare nestas flores – continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. – Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.

(autor desconhecido; texto disponível aqui )

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