quinta-feira, 12 de março de 2009

A sobrevivência dos porcos-espinhos

Durante uma era glacial, muito remota, quando o globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém – vida ingrata – os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
E, então, eles se afastaram, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportarem por mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito! Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram, voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava certa distância do outro; mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim, aprendendo a amar, resistiram à longa era glacial. Sobreviveram!
(autor desconhecido)

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