sexta-feira, 17 de abril de 2009

A paz positiva (CF 2009 / 14)

A paz que Jesus traz não é uma fuga do desespero diante das dificuldades de nosso tempo, por maiores que elas sejam. Ao contrário, é uma paz concreta, que convoca todos para que sejam seus construtores na sua realidade social, política, econômica, cultural e religiosa. Negar a possibilidade da construção histórica da paz é negar-se a participar do projeto de Jesus.
A paz é uma tarefa permanente da comunidade humana. Uma paz autêntica implica luta, capacidade inventiva, conquista permanente. Deve ser construída, de modo que o cristão seja um artesão da paz. A paz é fruto do amor, da expressão da real fraternidade entre as pessoas. Onde a paz social não existe, onde há injustiças, desigualdades sociais, políticas, econômicas e culturais, rejeita-se o Senhor e seu dom da paz. Todos devem, portanto, colaborar na criação e na construção de uma ordem justa, sem a qual a paz é ilusória e não há segurança.
É urgente o esforço de todos na criação de uma mentalidade de paz, que vença os conflitos e supere o ódio e a vingança. É preciso agir com competência e clareza na mediação dos conflitos, com sabedoria e discernimento à luz de critérios evangélicos. A construção da paz é obra de todos nós, todos os dias.

(texto adaptado do Manual da Campanha da Fraternidade 2009: “A paz é fruto da justiça”)

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