sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Palavra

Para escrever é preciso saber: o valor de cada palavra e a essência que ela carrega. É preciso saber de onde ela vem, as transformações porque passou no decorrer do tempo e o que ela carrega em si. Que marcas o tempo lhe deixou.
A palavra é extremamente sensorial: tem som, cheiro, cor, textura, sabor, sentimento, emoção.
Uma palavra pode ter muitos sentidos, por isso, ela não pode andar solta por aí. A palavra tem até espaço, duvida?
Às vezes ela cabe direitinho no que queremos dizer, outras vezes, não. Fica estranha, parece um peixe fora d'água. Aí, precisamos procurar outra palavra. E quando ela confunde a gente? Aposto que já aconteceu com você. Eu já perdi até a conta das vezes que aconteceu comigo. Mas não vamos pros números agora. Que aí é outra história e seria outra crônica.
Eu já ouvi tanta palavra por aí. Palavra que liberta. Palavra que magoa. Palavra doce. Palavra amarga. Palavra de amor. Palavra de paz. Há palavra que escapa, e acaba se perdendo pelo mundo afora. Mas há palavra que fica martelando em nossa cabeça. Umas ficam bem perto do coração, pois entram nele, sem cerimônia alguma. E ficam anos e anos. Espero que sejam boas as palavras que você carrega em seu coração.
(texto da irmã Maria Goretti de Oliveira, fsp, disponível aqui )

Nenhum comentário: