quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Paz profunda

Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar em uma pintura a paz profunda.
Muitos artistas apresentaram suas telas. O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.
A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um paraíso muito azul com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz profunda.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho... em profunda paz!
O rei escolheu a segunda tela e explicou:
- Paz profunda não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações deste mundo. Paz profunda significa que, apesar de se estarmos em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no santuário sagrado do nosso coração. Lá encontraremos a verdadeira paz profunda. Em silenciosa meditação.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

Nenhum comentário: