quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Paz profunda

Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar em uma pintura a paz profunda.
Muitos artistas apresentaram suas telas. O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.
A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um paraíso muito azul com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz profunda.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho... em profunda paz!
O rei escolheu a segunda tela e explicou:
- Paz profunda não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações deste mundo. Paz profunda significa que, apesar de se estarmos em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no santuário sagrado do nosso coração. Lá encontraremos a verdadeira paz profunda. Em silenciosa meditação.
(autor desconhecido; texto disponível aqui )

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Um dia chegou um homem

Um dia, chegou um homem.
Tinha calor na voz, encanto nas palavras
e fascínio na mensagem.

Um dia, chegou um homem.
Havia alegria nos seus olhos,
liberdade nos seus gestos
e um futuro no seu destino.

Um dia, chegou um homem.
Havia esperança nas suas obras,
força no seu caráter
e lealdade no seu coração.

Um dia, chegou um homem.
Havia amor nos seus gestos,
bondade nos seus olhares
e misericórdia nas suas opções.

Um dia, chegou um homem.
Havia um Pai nas suas orações,
um confidente nas ansiedades
e um Deus no seu grito.

Um dia, chegou um homem.
Havia gênio nas suas obras,
fidelidade no seu coração
e um sentido na sua morte.

Um dia, chegou um homem.
Havia um tesouro no seu céu,
uma vida na sua morte
e uma ressurreição... na sua tumba.

(texto de A. Albrecht, disponível aqui )

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ouse

Não se permita estreitar horizontes.
Para unir forças, construa pontes,
ouse voar pelo céu com as asas do coração.
Não abandone ou desperdice sonhos inocentes.
Ouse vencer desafios, ser um campeão.
É preciso ter coragem, embarcando nessa mania.
Jovem, dos seus sonhos jamais abra mão.

Não se deixe enganar, não se iluda.
Ao escalar a montanha, peça ajuda.
Ouse encontrar a resposta que o fará sorrir.
Caminhe confiante, de cabeça erguida.
Cruze fronteiras em defesa da vida.
Ouse superar seus limites e jamais desistir.
É preciso ter garra e coragem,
embarcando nessa mania.
Jovem, lute confiante: você vai conseguir!

Ouse escalar as montanhas,
inovando seus ideais.
Ouse realizar suas façanhas,
levando a tocha da paz.
Ouse derramar seu suor, lutar por dias melhores.
Jovem, Deus está com você!
Acredite! Você é capaz!

(texto de Luizinho Bastos, disponível aqui )

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Amor-solidariedade (Mês da Bíblia 07)

Andréia acompanhou, por vários anos, o sofrimento de seu irmão Fred na cadeia. Depois da morte trágica de seu irmão, ela resolveu transformar sua tristeza em energia. Teve a ideia de oferecer oficinas de tapeçaria em penitenciárias. O objetivo era resgatar a dignidade e auto-estima dessas pessoas. Motivada pelo amor de Deus, cria então, em Contagem, Minas Gerais, o projeto Fred, em memória de seu irmão. Hoje, o projeto não só atende detentos, mas comunidades carentes, soropositivos e desenvolve oficinas de danças para adolescentes em risco social, na região da grande Belo Horizonte. Mais de 3.000 famílias já foram beneficiadas com este projeto.
A motivação de Andréia para desenvolver o projeto FRED foi o amor de Deus. O amor nos une, nos congrega, nos motiva, nos encanta e nos apaixona para ações solidárias. Por isso mesmo Deus é AMOR. Sua Palavra é criadora, quebra o silêncio do nada, do indiferentismo, do comodismo, do individualismo. Sua Palavra tem um rosto que é Jesus misericordioso, cheio de compaixão e atitudes para com os excluídos.
No final da carta aos filipenses, Paulo insiste no testemunho do amor, manifestado na convivência fraterna, num relacionamento descontraído entre as pessoas. Insiste que não haja inimizades na comunidade. Deixa claro que a alegria da fé não é alguma coisa que circule só dentro da comunidade. Alegria é partilhar a paz, a concórdia com os outros. Ela vem de Deus e se torna solidariedade com as pessoas, gera a ternura do acolhimento, percebido através dos gestos e atitudes. “Seja a vossa amabilidade conhecida por todos” (Fl 4, 5). Isto torna a vida cristã mais verdadeira, justa, acreditável, digna de respeito.
Paulo ficou sensibilizado com a ajuda que a comunidade dos filipenses lhe havia enviado. Embora ele diga que tinha aprendido a viver na necessidade e na abundância, sente, na ajuda recebida, a participação solidária no trabalho missionário. Ser cristão exige um modo solidário de viver. A solidariedade dá sentido à nossa vida. Faz de nossa vida uma alegria e uma doação permanentes.
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Padre Luís Caburlotto e o Ano Sacerdotal

Com a celebração do Ano Sacerdotal, a Igreja quer dizer que se orgulha de seus sacerdotes, os ama, os venera, os admira e reconhece com gratidão seu trabalho pastoral e seu testemunho de vida. Realmente, os sacerdotes são importantes não só pelo que fazem, mas também pelo que são. Ao mesmo tempo, é verdade que alguns deles apareceram envolvidos em problemas graves e situações delituosas. Obviamente, é preciso continuar a investigá-los, julgá-los devidamente e puni-los. Estes casos, contudo, dizem respeito somente a uma porcentagem muito pequena do clero. Na sua imensa maioria, os sacerdotes são pessoas muito dignas, dedicadas ao ministério, homens de oração e de caridade pastoral, que investem toda sua vida na realização de sua vocação e missão, muitas vezes com grandes sacrifícios pessoais, mas sempre com amor autêntico a Jesus Cristo, à Igreja e ao povo, solidários com os pobres e os sofridos. Por isso, a Igreja está orgulhosa de seus sacerdotes em todo o mundo.
Este Ano Sacerdotal deve ser um ano de oração dos sacerdotes, com eles e por eles, um ano de renovação da espiritualidade do presbitério e de cada presbítero.
(adaptado de texto do Cardeal Dom Cláudio Hummes, disponível aqui )

Hoje comemoramos 167 anos de ordenação sacerdotal de padre Luís Caburlotto, fundador do Instituto das Filhas de São José. Ele foi um sacerdote que viveu intensamente o chamado de Cristo para servir seu povo. Atento às dificuldades da população de seu país, acolheu as crianças que passavam por necessidades – especialmente as meninas órfãs – e criou um instituto de religiosas para a educação das crianças e sua inserção na sociedade.
Padre Luís foi, acima de tudo, uma pessoa que soube ouvir. Ouvir os problemas das pessoas, ouvir as necessidades do povo, ouvir o chamado de Deus.
Rezemos por todos os sacerdotes, para que estejam de ouvidos abertos e disponíveis para o serviço ao Povo de Deus. E que possam ver em padre Luís Caburlotto um exemplo de vida a ser seguido.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

É Primavera!!

Podemos flagrar a vida que desabrocha.
As flores despontam e, com elas, os sentimentos sublimes.
A vida renova-se em cores, flores e amores.
Uma pequena flor, encontrada à beira do caminho, rouba-nos um sorriso.

Os nossos olhos brilham e novos sonhos se recriam.
É um novo estado, pleno de singela perfeição.
As cores tornam-se mais vivas e encantadoras.
O aroma que nos circunda recorda tempos memoráveis.

Em cada florescer, a inocência do momento.
Há uma nova energia no ar que contagia.
Revitaliza e aquieta os corações.
O inverno passou... Eis a primavera.
Doce renascimento que há de chegar.
Anúncio de um tempo novo.
Esperanças e oportunidades para novas vivências e encontros.
A natureza cumpre a missão de renascer.

Flores de todas as cores e espécies embelezam o momento.
Em cada vida, algo novo. O nosso espírito também se renova.
Em cada gesto um punhado de beleza.
A linguagem se torna mais fluida e o poeta se inspira no que vê.
A cada novo despertar, a primavera nos convida a renascer.

(texto da irmã Maria Goretti de Oliveira, fsp, disponível aqui )

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Erva de passarinho (Mês da Bíblia 06)

Erva-de-passarinho é uma planta parasita, que geralmente ataca as árvores, sugando sua seiva, podendo até causar a morte da árvore se não for retirada. Ela recebe esse nome porque se espalha com a ajuda dos passarinhos. Eles comem suas sementes que são eliminadas mais tarde nas copas das árvores, juntamente com suas fezes. Nossas comunidades são também vítimas das ervas do “diz-que-disse”, das “conversas atravessadas”, das “fofocas”. Se não ficarmos atentos a essas “ervas” com os seus propagadores, elas podem destruir as comunidades, as famílias.
Na carta aos filipenses, Paulo sente com muita angústia a presença de “ervas de passarinho” querendo confundir a comunidade de Filipos. Trata-se de um grupo que semeava entre os participantes da comunidade a ideia de que para ser cristão era preciso adotar determinados ritos e desprezavam os que não eram de seu grupo. Paulo denuncia esses falsos missionários, que espalham a erva da confusão no meio da comunidade. Diz que esses falsos missionários estão buscando a si mesmos e não a Deus. Paulo age de uma maneira forte, contra aqueles que queriam perturbar a vida da comunidade. Procura “vacinar” a comunidade contra a erva trazida por esse grupo.
Paulo recorda aos filipenses que nenhum ritual externo, nenhuma lei pode salvar a pessoa. A salvação e a justiça são dons de Deus e frutos da fé em Jesus Cristo. Paulo levava muito a sério a sua caminhada de fé. Sabia que não tinha conquistado a perfeição, mas tinha a consciência de ter sido conquistado por Jesus Cristo. Para Paulo, o importante é não perdermos a baliza que é Jesus Cristo. Nunca fazer das mediações um fim.
Refletindo a carta de Paulo aos filipenses, devemos procurar imitar o jeito corajoso de Paulo seguir Jesus. Nunca perder Deus de vista, mesmo diante das dificuldades. Elas nunca foram motivo de desânimo na vida missionária de Paulo. Eram desafios para melhorar a qualidade de sua missão. Deus é a motivação maior de nossos trabalhos na comunidade. Que Ele nos ajude a relativizar os nossos problemas e aumentar cada vez mais a nossa fé.
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hino à vida

A vida é beleza: admire-a
A vida é uma oportunidade: aproveite-a
A vida é bem-aventurança: experimente-a.
A vida é um sonho: faça dele uma realidade
A vida é um desafio: enfrente-o
A vida é um compromisso: cumpra-o
A vida é um jogo: dispute-o
A vida é preciosa: cuide dela com desvelo
A vida é uma riqueza: conserve-a
A vida é amor: doe-a
A vida é um mistério: descubra-o
A vida é compromisso: cumpra-o
A vida é tristeza: supere-a
A vida é um hino: cante-o
A vida é uma luta: aceite-a
A vida é uma aventura: arrisque-a
A vida é felicidade: mereça-a
A vida é a vida: defenda-a.
(Madre Tereza de Calcutá; texto disponível aqui )

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Comunidade pote (Mês da Bíblia 05)

Pote é uma vasilha feita de argila. Inicialmente ele se apresenta vazio. É usado para colocar água, porque ele a conserva sempre fria. Nas primeiras vezes que se coloca água no pote novo, ela fica com um gosto de barro. Com o tempo ele se desfaz de seu gosto de barro para manter a água no seu estado natural. Ele vai se deixando encharcar pela água. De seu lado de fora, ele nos mostra, através da umidade, a altura que está a água dentro dele.
Na carta aos Filipenses, São Paulo nos lembra que, para termos os mesmos sentimentos de Cristo, devemos seguir o exemplo do pote: esvaziarmo-nos de nós mesmos e nos encharcarmos de Jesus Cristo.
Na carta aos filipenses, Paulo fala sobre o dia-a-dia da comunidade. Ele insiste para que evitemos as divisões causadas pelo espírito de competição, de concorrência. Ele nos aconselha a não buscar os nossos próprios interesses. Tal atitude nos leva ao fechamento em nós mesmos, querendo nos promover às custas dos outros. Paulo insiste muito na harmonia interna da comunidade, na virtude da humildade. A divisão da comunidade, além de comprometer a unidade do corpo de Cristo, reproduz dentro dela o mesmo esquema egoísta da sociedade injusta.
São Paulo nos lembra que uma comunidade, para ser fiel ao Evangelho, deve ter os mesmo sentimentos que Cristo teve. Ele nos lembra que, para nós darmos espaço para Deus dentro de nós, precisamos nos esvaziar de muita coisa que insiste em ter a primazia em nossa vida. Rezar o Pai-Nosso com mais sinceridade: “seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”. Quando estou muito cheio de meus interesses, Deus “fica para quando eu puder”, quando eu tiver tempo. Deus fica no “banco de reserva”. Não fazemos igual o pote, que se deixa curtir pela água. A gente deixa de prestar atenção à vontade do Pai. Quando uma comunidade não segue o exemplo de despojamento de Jesus, ela não encontra mais tempo para a reflexão da Palavra, para a oração, para atos de solidariedade. Em vez de comunidade ela se torna uma “comodidade”. Torna-se incoerente, perde a sua credibilidade.
A mensagem final do Sínodo dos Bispos, que aconteceu em outubro do ano passado, em Roma, diz que a Palavra de Deus tem um rosto: Jesus Cristo. Nossos grupos devem ter este rosto, a fisionomia de Jesus. Grupo de reflexão que não tem o rosto de Jesus, não provoca encontro, só faz reunião. Bento XVI, na sua carta “Deus é Caridade” diz que a “finalidade principal de nossa reflexão bíblica não é termos grandes idéias, mas ter um encontro com um acontecimento, com uma pessoa, que dá um novo sentido à vida”.
E você? Já se encontrou com Jesus Cristo? Já descobriu o sentido que ele quer dar à sua vida?
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Deus se revela no chão da vida! (Mês da Bíblia 04)

Cada um de nós conhece a rotina de sua vida. Tudo que tem para fazer desde a manhã até a noite. E existem pessoas que enfrentam uma jornada de trabalho inclusive na madrugada. Este é o nosso dia-a-dia, assim vivemos a maior parte do tempo. E como diz o salmista, em todos esses momentos, sentimos que, de manhã, Deus guia nossos passos e, à noite, aconselha nosso coração (Salmo 121,5-6).
Mas existem momentos especiais na vida em que Deus se faz presente de maneira marcante, inesquecível. Nessa hora, quando nos olhamos no espelho, percebemos que a amizade de Deus fez mudar nosso jeito de ver o mundo e de nos relacionarmos com as pessoas, com a natureza, com nós mesmos e até com Deus. São experiências fortes que ficam gravadas em nós para sempre.
A experiência de Deus deixa marcas em nossa vida principalmente porque ele sempre nos liberta de uma situação difícil, de sofrimento, seja na vida pessoal, familiar ou social. E essa experiência de libertação nos motiva a entrar em um grande mutirão pela vida, para que outras pessoas também possam viver com mais liberdade, dignidade e justiça. No dia-a-dia, nós passamos a nos sentir mais solidários uns com os outros.
Nesse grande mutirão pela vida, participam pessoas do mundo inteiro, inclusive de outras religiões. As pessoas cristãs constituem apenas um grupo dentro deste mutirão, juntamente com vários outros. E, para as pessoas cristãs, existe um livro importante que traz a memória de um povo que também se preocupou em fazer um mutirão pela vida. Este livro é a Bíblia, que conta a memória do povo de Israel. Por isso, ela ilumina a nossa caminhada hoje.
A leitura da Bíblia pode nos ajudar a encontrar caminhos de vida, como disse Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10,10).
Você já leu a Bíblia? Que tal tentar ouvir o que Deus quer falar a você?
(adaptado do texto elaborado pelo Centro Bíblico Verbo, disponível aqui )

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Comunidade nascida junto às águas correntes (Mês da Bíblia 03)

Em Filipos, Paulo encontra um grupo de mulheres rezando à beira do rio. Ele participa da oração delas. Através daquele momento de oração, Paulo anuncia a Boa Nova do Evangelho. Entre estas mulheres estava Lídia, pessoa de iniciativa e de liderança. “O Senhor abriu o coração dela” (At 16, 14). Ela acolhe a Boa Notícia e, juntamente com toda a sua família, recebe o Batismo. A comunidade de Filipos nasce num momento de oração, à beira de um rio. Paulo nos ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer. Ele não está preso a lugares. Está mais ligado às pessoas.
A comunidade, que nasce à beira do rio, vai se firmando na casa de Lídia. Ali vai se formando a Igreja doméstica, centro de irradiação da missão. Lídia se torna a primeira coordenadora da comunidade. A motivação de Lídia pela Boa Notícia do Evangelho leva a comunidade ao encantamento e à paixão pelo projeto de Deus. Talvez, por isso mesmo, a comunidade de Filipos foi a que mais se aproximou do ideal de Igreja anunciado por Paulo. Uma coordenação fervorosa anima de fato toda a comunidade.
Quando uma comunidade leva a sério o Evangelho, ela vai além das paredes da igreja e passa a incomodar os que não respeitam a vida. Foi o que aconteceu em Filipos. Paulo liberta uma mulher que era explorada por homens gananciosos. Paulo e seus companheiros levam uma surra e ficam presos. É o preço da fidelidade ao Evangelho.
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mãos que falam de Deus

Mãos que tecem a vida
Mãos escondidas, mãos cheias de amor
Mãos calejadas, sagradas
Mãos crucificadas, para aliviar a dor
Mãos empunhadas na luta
Mãos na labuta e na luta do irmão
Mãos que acenam e consolam
que agradam e tocam no meu coração.
Toma Senhor, tudo é teu.

Estas mãos me falam de Deus.
Mãos que acalentam crianças
Cheias de esperança, se juntam em preces
Mãos que esperam, alcançam
que tocam e sentem e muito agradecem
Mãos que estão sempre abertas
que rasgam a terra e matam a fome do irmão.

Mãos que escrevem, acolhem
Mãos santificadas, amassam o pão
Mãos que muito abençoam
Mãos que perdoam e colhem a flor
Mãos que acariciam e curam
que buscam socorro e alívio na dor
Mãos que levantam caídos
Acolhem feridos, dizem: Deus é amor
Mãos cheias de ternura
Regaço seguro, ninho acolhedor

(texto de frei Jurandir, ofm, disponível aqui )

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Alegria de servir no amor e na gratuidade (Mês da Bíblia 02)

Durante o Mês da Bíblia 2009, a Igreja propõe a reflexão da Carta de São Paulo aos Filipenses, sob o tema: “Alegria de servir no amor e na gratuidade”. O lema será: “Tende entre vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5). Será uma excelente oportunidade para analisarmos nosso modo de agir no mundo de hoje, fazendo séria revisão de nossa vida cristã, pessoal e comunitária, à luz da experiência exemplar dos cristãos da comunidade dos filipenses. A cidade de Filipos era localizada na região oriental da Macedônia (hoje norte da Grécia). O nascimento desta comunidade é narrado no livro dos Atos dos Apóstolos (At 16,6-40) e revela que, desde o começo, contou-se com importante participação e trabalho das mulheres na evangelização. Junto à família de Lídia, comerciante de púrpura, nasce a comunidade de Filipos com a participação ativa das mulheres (cf. Fl 4,2-3).
Paulo escreve a carta da prisão e demonstra suas preocupações com a Evangelização. Vale notar que a missão junto aos filipenses inaugura o avanço do evangelho para o além-fronteiras. A Igreja alarga seus passos missionários e faz o cristianismo atingir nosso mundo ocidental.
Que a exemplo de Paulo, a leitura da Bíblia reforce em nós a alegria de servir no amor e na gratuidade, tendo em nós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus.
(adaptado de texto elaborado pelo Movimento da Boa Nova, disponível aqui )

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Palavra

Para escrever é preciso saber: o valor de cada palavra e a essência que ela carrega. É preciso saber de onde ela vem, as transformações porque passou no decorrer do tempo e o que ela carrega em si. Que marcas o tempo lhe deixou.
A palavra é extremamente sensorial: tem som, cheiro, cor, textura, sabor, sentimento, emoção.
Uma palavra pode ter muitos sentidos, por isso, ela não pode andar solta por aí. A palavra tem até espaço, duvida?
Às vezes ela cabe direitinho no que queremos dizer, outras vezes, não. Fica estranha, parece um peixe fora d'água. Aí, precisamos procurar outra palavra. E quando ela confunde a gente? Aposto que já aconteceu com você. Eu já perdi até a conta das vezes que aconteceu comigo. Mas não vamos pros números agora. Que aí é outra história e seria outra crônica.
Eu já ouvi tanta palavra por aí. Palavra que liberta. Palavra que magoa. Palavra doce. Palavra amarga. Palavra de amor. Palavra de paz. Há palavra que escapa, e acaba se perdendo pelo mundo afora. Mas há palavra que fica martelando em nossa cabeça. Umas ficam bem perto do coração, pois entram nele, sem cerimônia alguma. E ficam anos e anos. Espero que sejam boas as palavras que você carrega em seu coração.
(texto da irmã Maria Goretti de Oliveira, fsp, disponível aqui )

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mês da Palavra de Deus (Mês da Bíblia 01)

Neste mês de setembro, a Igreja católica celebra o Mês da Bíblia, o mês da Palavra de Deus. Nas comunidades religiosas, nas paróquias, nos grupos de oração e mesmo em grupos de outras denominações religiosas, a Bíblia é lida, amada, respeitada e praticada.
Foi a Igreja Católica que introduziu o costume de celebrar o Mês da Bíblia no mês de setembro, por uma razão especial, mas muito simples também. É que no dia 30 de setembro celebra-se a festa de São Jerônimo, que traduziu a Bíblia completa do grego, hebraico e aramaico para o latim. Daí derivaram as demais traduções em outros idiomas, dando-nos a possibilidade de termos hoje em mãos a Palavra de Deus, escrita em nosso próprio idioma.
A Bíblia não pode faltar em nenhum dos lares cristãos! A leitura e meditação dessas páginas sagradas nos ajudarão a viver na presença de Deus, colocando em prática seus ensinamentos.
E você? Tem o costume de ler a Bíblia? Que tal aproveitar este mês para começar?
(adaptado de texto elaborado pelo Serviço de Animação Bíblica, das Ed. Paulinas, disponível aqui )

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Grito dos Excluídos: "Vida em primeiro lugar"

O Grito dos Excluídos acontece anualmente em várias cidades brasileiras com o objetivo de levar às ruas uma grande manifestação popular para denunciar as situações de exclusão social e assinalar as possíveis saídas e alternativas. Sempre junto com as comemorações da Independência do Brasil, no 7 de setembro, este ano se realiza a 15ª edição do evento, que conta com o apoio da Igreja católica.
O Grito dos Excluídos, em seus 15 anos de existência vem se afirmando como a mais importante mobilização popular, na Semana da Pátria, em vista da construção de um projeto popular para o Brasil. O tema deste ano, “Vida em primeiro lugar: a força da transformação está na organização popular”, pretende anunciar, em diferentes manifestações populares, os sinais de esperança, através da unidade, da organização e da luta popular, e denunciar todas as formas de injustiça que, em nosso país, causam a destruição e a precarização da vida do povo e do Planeta.
O grito visa também: lutar contra as formas de exclusão e as causas que levam o povo a viver em condições de vida precárias e, muitas vezes, sem perspectiva de futuro; denunciar a política econômica que privilegia o capital financeiro em detrimento dos direitos sociais básicos; construir alternativas que tragam esperança aos excluídos e perspectivas de vida para as comunidades locais; promover a pluralidade e igualdade de direitos, bem como o respeito nas relações de gênero, raça e etnia; multiplicar assembléias populares para discutir a organização social a partir do Município, fortalecendo o poder popular.
Diante de situações de exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e o direito a uma vida digna para todo o ser humano. O compromisso com esta causa nos compromete no esforço de superação da exclusão em nosso País, participando da construção de uma sociedade justa e solidária.
(adaptado de texto de dom Pedro Luiz Stringhini, bispo católico, presidente da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da CNBB, disponível aqui )